Meu rio se estende entre as montanhas
Flui rápido na planície até a floresta
A vida não é algo que se entende
Da superfície às profundezas
Ela termina e começa
E os acidentes da terra são transpassados
Por minha alma desapegada e viajeira
Hoje sou o que ontem não era
Se me turvo de mágoa
Deságuo em chuva costeira
E quando estiver perto do fim
Espero que meu espírito aventureiro
Tenha deixado, em seu rastro, enfim
A beleza das flores sob o pastoreio