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AQUELE INSTANTE EM QUE TE PERDI

 
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Se tu soubesses, amor, quanto de vil
Eu tenho no meu imo dilacerado!
Quanto de ódio, quanto de raiva, eu guardo,
Como planeio, secretamente, o meu ardil!!

Amor, quanto de ferida, se tu soubesses!,
De fera, que por vingança vive e reclama,
Tu tremerias, retornarias, como quem ama,
Me calarias, me acalmarias, como se ardesses

Em paixão pura, saudade imensa, força de beijo,
Que aplacasse a fúria atroz da minha dor,
Raiz da mágoa, da guerra aberta, da desavença,

Do ódio cru, de brasa ao rubro, de chama acesa -
Contra o momento, o curto instante daquele sol-pôr
Que te levou e me afundou, só, na tristeza...


Teresa Teixeira


 
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Sterea
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 31/07/2008 07:29  Atualizado: 31/07/2008 07:29
 Re: AQUELE INSTANTE EM QUE TE PERDI
Belo soneto,
tragos de amor e ódio em sintonia.

Bj