Sonetos : 

"ROSTO ÚNICO"

 
Tags:  amor    gratidÃo    salvação  
 

"ROSTO ÚNICO"

Um dia entrou em minhas noites
Um rosto de luz cálida e doçura.
Um rosto único, fúlgido, de ternura
Um mar, que me embala em açoites.

Açoites, em ternas ondas de puro amor
Que fustigam, me afogam em gratidão.
Nesse mar, sou náufrago sem um clamor
Pois submergindo, emerjo em salvação.

Gozo maior não conhece meu coração
E em dias e noites, na hora mais escura
Minh’Alma volta a esse rosto de ternura.

E entrega-se à tempestade e ao furacão
E submersa, sou elevada a nova altura
Na osmose da ternura, sou nova criatura.



(Por Ana C. / Sob_Versiva)




Esquece todos os poemas que fizeste. Que cada poema seja o número um.
*Mário Quintana*

 
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SOB_VERSIVA
 
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Enviado por Tópico
Julio Saraiva
Publicado: 30/08/2008 12:15  Atualizado: 30/08/2008 12:16
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Localidade: São Paulo- Brasil
Mensagens: 4206
 Re: "ROSTO ÚNICO" p/Sob_Versiva
Cara Poeta,

Apesar da velha rima de noite com açoite - eu mesmo já a usei, e não foi uma vez só -, seu soneto ganha beleza e força porque os versos lhe saem naturalmente, sem qualquer arroubo ou rebusco de palavras. Intropesctivo, sim. Triste, sim. Mas sem o melancólico e chato desejo de piedade.

afeto e admiração,

júlio