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Domingo sombrio

 
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Em mais este ano da des Graça dos senhores o balanço vem mais cedo que o esperado. Vem e vai, vem e vai, tocando ao de leve alguém que resolveu cagar nisso, até ele se decidir pela análise.
O espirito matemático e equacionador entra em acção e tudo o que é deixa de ser, transformado em mera constantes ou variáveis.
O Eu tenta decompor os factos na louca ânsia de entender aquilo que já passou, que já não É, esquecendo que uma Vida é muito mais que os actos durante ela praticados.
Aberta a jaula do Ego a realidade altera-se e a vida torna-se miope e centrada num ponto. As dores surgem e não aceitamos que sem elas o progresso e evolução nunca seriam possiveis.
As ideias trocam-se a si mesmas e em breve somos bestas sem memória, desligadas de tudo o que nos é vital. Recusando as nossas raizes dificilmente daremos frutos.
Trocando a vida por um pálido reflexo dela alguns não mais cerram a jaula, vivendo ao sabor dos caprichos dum montros que não precisa de amigos. O Ego.


A necessidade estará em escrever ou em ser lido?
Somos o que somos ou somos o queremos ser?
Será a contemplação inimiga da acção?
Estas e outras, muitas, dúvidas me levam a escrever na ânsia de me conhecer melhor e talvez conhecer outros.

 
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Paulolx
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