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Arde o corpo
Leva-me para o além mortalha de papel
Cobre-me com a manta fria do destino
Serpenteando em redor com lábios de fel
Queima-me com esse teu pano fino
Arde o corpo sem razão nem sentido
Esmagando-me na terra prometida
Prometida ao homem que se sente perdido
Perdido, só, rasgado e ferido
Deixa passar o tempo, grita a uma nova ode
Chora as lágrimas de sangue do ser
Se puderes foge, pois ninguém te acode
Ninguém, ninguém te ajuda a crescer
Tudo que preciso é simplesmente paz
Paz para crescer, viver e morrer
Ter uma casa uma cova onde o corpo jaz
Ter uma luz para o caminho conseguir ver
Agora vem o medo a agonia e a solidão
Perdido no tempo da loucura sombria
Deixado na berma da estrada da razão
A salvação era somente o que eu queria
Acordo para mais um dia de credo
Frio, sem vontade de sair de partir
Nesta hora que nem é tarde nem cedo
Nesta hora em que nas sombras vou cair
"Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que nela habita!"