Poemas : 

SEPULTO

 
SEPULTO
(Davys Sousa)

Olhares perdidos, inconscientes permanecem sobre os seus rostos.
Exposto sobre a mesa de jantar, um corpo deitado.
Estava dormindo,
O sangue dilatando-se por fora, instigado
Pela boca.
Todos, ali, sentem correr no pensamento
O choque ante a antecipação da morte,
Mero acaso ao conhecido - a ilusão,
A penúria, a renúncia, a desvairada
Dos herméticos em aversão
Do infinito caráter que aglutina
A languidez em sonos subterrâneos.
Lá!, estavam em pleno sepulto do morto,
Tomando café, falando de coisas descabíveis,
Dando gargalhadas de poço, de roer os pés,
Beijando-se, abraçando-se como o último dia
Sobre a Terra, que "Tanatus" lhes dera e fará.
Enquanto o sol queimava seus corpos,
Não havendo tantos motivos.
[Davys Rodrigues de Sousa]


Davys Sousa
(Caine)

 
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caine
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