Prosas Poéticas : 

Molestado pelo amor só (Sob o signo de Freud)

 
Se te dissesse o que quero
Saberias que almejo a luz firme.
Sei que iluminado sou diferente,
Portentoso, confiante.
Consigo inferir em mim
Um ser amolgado na sua proporção,
Molestado pelo amor só.
Não ignoro a tua presença
Por não existires aqui, na intimidade,
Mas amo-te.
Fantasio novas experiências
Neste tubo de ensaio que está dentro
Deste corpo indeterminado
Na sua forma e substância.
Contenho a súmula
De uma composição gasta no amor.
Quero readquirir a nova brandura
E servir, de novo, na bandeja da luxúria
A libido louca, sob o signo de Freud,
No incessante instinto de viver.

30 de Junho de 2009


© Gonçalo Lobo Pinheiro

 
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Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 06/07/2009 23:54  Atualizado: 06/07/2009 23:54
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 Re: Molestado pelo amor só (Sob o signo de Freud)
Gonçalo,

Quando o ego se fortalece nós sentimo-nos num superior estado, quase sublimados. Seja sob uma perspectiva da psicanálise ou da mera poesia, sustento:

- Grande poema criaste!...

Bjs

Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 07/07/2009 00:29  Atualizado: 07/07/2009 00:29
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 Re: Molestado pelo amor só (Sob o signo de Freud)
o desejo da quimica do amor re-inventada,da força da líbido e do instinto...quem não quer essa "luz firme"?...excelent,my dear glp.

Enviado por Tópico
luisalpsimoes
Publicado: 16/07/2009 16:10  Atualizado: 16/07/2009 16:10
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 Re: Molestado pelo amor só (Sob o signo de Freud)
Gonçalo excelente prosa poética.

Beijinhos