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Poemas : 

A Providencial Ignorância da Razão ou a Razoável Ignorância da Providência

 
Eu era como sou!
Como queriam que não fosse
Um Homem que o mundo negou
Feito pela miséria que o trouxe.

A mim ninguém pagou!
A vida sucedeu-se e consumou-se
Fez-se inteligente quando matou
E tornou-se mentira, apagou-se.


O génio egoísta calou-se!
Acasalou com a estupidez que o amou
Tornou-a num eunuco e perfilhou-se
De um pedaço de gente que enganou.

Mas certo dia acabou-se!
O ignorante abriu os olhos, acordou
Fartou-se, diz ele, fartou-se
E por fim a farsa acabou.

A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/07/2009 14:33  Atualizado: 03/07/2009 14:33
 Re: A Providencial Ignorância da Razão ou a Razoável Igno...
Quando nascemos uma história começa a ser escrita. Nos primeiros anos, alguém ou algo dita e ordena as linhas dessa história, nos outros anos, vamos mostrando nossos entendimentos e traumas sobre tudo o que aconteceu no princípio. No capítulo final viramos um produto do meio e da sociedade. A providência vem com a morte, a ignorância está na mente de cada um, a Razão se estabelece conforme o interesse de cada um. O que pode ser razoável pra mim, pode não ser para outra pessoa. Eu só sei de uma coisa: a vida é uma ilusão.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/07/2009 12:10  Atualizado: 04/07/2009 12:10
 Re: A Providencial Ignorância da Razão ou a Razoável Igno...
Olá,

Gostaria de lhe deixar este poema, pois parece-me um boa interpretação do seu excelente poema.

"Para ser grande, sê inteiro

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."

Ricardo Reis


Abraço.


Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 04/07/2009 22:16  Atualizado: 04/07/2009 22:16
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11126
 Re: A Providencial Ignorância da Razão ou a Razoável Igno...
Amigo,
Nem sempre a vida é fácil e as provações são muitas.
Mas há males que, por vezes, vêm por bem e só mais tarde tomamos essa consciência.
Beijo
Nanda

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