Poemas : 

Lúcida

 
Alucinada por um único grão de açúcar,
bato cabeça num labirinto de outras coisas mais doces
que não consigo enxergar.
Eu sabia voar,
agora sou uma formiga sem colônia
com medo da chuva
desenhada no espelho.

Que merda essa cerveja sem álcool!



 
Autor
Amora
Autor
 
Texto
Data
Leituras
854
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
10 pontos
10
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
(re)velata
Publicado: 20/07/2009 19:27  Atualizado: 20/07/2009 19:42
Membro de honra
Usuário desde: 23/02/2009
Localidade: Lagos
Mensagens: 2214
 Re: Lúcida
Gostei da originalidade do teu texto (em especial do final!). Por muita que seja a lucidez, há coisas que não conseguimos mesmo ver.

Um beijinho


Enviado por Tópico
Maria Verde
Publicado: 20/07/2009 19:35  Atualizado: 21/07/2009 03:31
Colaborador
Usuário desde: 20/01/2008
Localidade: SP
Mensagens: 3489
 Re: Lúcida
Oi Amora, querida,
seu poema é estupendo...
a idéia que traço? Constatações...
beijo

Maria verde


Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 20/07/2009 22:33  Atualizado: 20/07/2009 22:33
Colaborador
Usuário desde: 19/04/2009
Localidade:
Mensagens: 4812
 Re: Lúcida
Imagens complexas, encadeadas e surpreendentes. E se o verso final é um achado, seria redutor centrar-se apenas nele, que todo o poema é um conjunto. Gostei muito.

Abraço
arfemo


Enviado por Tópico
Carlos Ricardo
Publicado: 20/07/2009 22:34  Atualizado: 20/07/2009 22:34
Colaborador
Usuário desde: 28/12/2007
Localidade: Penafiel
Mensagens: 1801
 Re: Lúcida
Um belo momento poético. Até que ponto nos é dado avaliar sem grande engano sobre o grau da nossa própria lucidez? Não será uma questão como a do alcoólico que diz que a realidade é uma fantasia provocada pela ausência de álcool?
Abraço.


Enviado por Tópico
Vergílio
Publicado: 20/07/2009 22:57  Atualizado: 20/07/2009 22:57
Colaborador
Usuário desde: 22/03/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 786
 Re: Lúcida
imagens quase absurdas que explicam estados de alma. Gostei.
Beijo grande