https://www.poetris.com/

Minha dor

 
Minha  dor
 
Quisera ter-te em meus braços
Beijar teus olhos, tua boca
Quisera te dar um abraço
E ouvir tua voz rouca.

Quisera te dar o céu
Alcançar uma estrela
Encher teu corpo com mel
Quisera essa paisagem detê-la.

Quisera cantar ao teu ouvido
A canção que fala de amor
Quisera mas...tenho só olvido
E não posso deter minha dor.

Nereida
 
Minha  dor

Só o amor pode curar a dor

 
Só o amor pode curar a dor
 
Fraternidade humanitária internacional

Missão Oriente Médio
Início/Campanhas FFHI/Missões Humanitárias/Missão Oriente Médio

Apresentação
Vídeos e Fotos
Notícias
Saiba Mais

Só o Amor pode curar a dor

A Fraternidade se prepara para sua nona missão de ajuda humanitária, desta vez no Oriente Médio e Europa. Os missionários irão a serviço em campos de refugiados na Turquia e Hungria, levando assistência a milhares de imigrantes da Síria. O grupo, formado por 14 pessoas, embarca com destino à Turquia no dia 19 de janeiro de 2016, com retorno previsto para 24 de fevereiro. Quatorze missionários de diversas nacionalidades farão parte do grupo, todos já com experiência em Missões internacionais em locais como Brasil, Ásia ou África. O retorno está previsto para 24 de fevereiro.

A questão dos refugiados

Milhares de refugiados da Síria fogem do país por causa de uma guerra civil que começou em 2011. Segundo a Organização Internacional de Migrações (OIM), mais da metade da população do país foi forçada a deixar suas casas e fugir. Atualmente mais de três milhões de sírios estão refugiados, tornando-se esta a maior emergência humanitária da nossa era. Cerca de 1 milhão de pessoas precisam de ajuda humanitária e muitos estão enfrentando um inverno rigoroso.

Texto- http://www.fraterinternacional.org/
 
Só o amor pode curar a dor

Carta ao Presidente

 
Senta aqui;
Diz-me o que está acontecendo
Lá fora pessoas aos milhões estão morrendo
Brancos, amarelos, pretos, negros...

Olha aqui;
E veja você mesmo
Estes meus dedos absurdos escrevendo
Eu falo da guerra, da ditadura, da fome e o medo...

Veja aqui;
Olhe o que os jornais estão dizendo
Por aí neste País a economia está crescendo
O Oriente Médio se tornou um novo gueto...

Que faremos com os dólares vermelhos?
Manchados pelo sangue iraquiano;
A gana pelo petróleo alheio;
Porque que as Américas se dividem ao meio?
Não basta Hitler e seu mar de sangue
E agora Bush e sua gangue...
Juntos sois pra sociedade cianureto

Somos judeus ressuscitados
Morreremos pela segunda vez;
Ao ler esta carta Senhor Presidente
Queira desconsiderá-la.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, Março de 2005 no dia 24.
 
Carta ao Presidente

Enigma do Amor

 
Elevo meus olhos à formosura do teu rosto, a observar cada movimento dos teus olhos, que parados fingem não olhar para os meus. Compreendo, pois aí está uma resposta na qual me pergunto; como enganar um sentimento? Foi olhando para os teus olhos que descobri um sentimento de malícia, o brilho surpreendente de um olhar assustado, querendo amar... Descobri que existe um motivo forte para desejá-lo, olhando em teus cabelos então encontrei inspiração, longos cabelos como a noite que se perde na escuridão. Observando seu corpo eu me perdi quando me salta uma vontade louca de possuí-la. Você veio não sei bem de onde, só sei que me fez amar, tuas palavras são como correntes que me cerram em um labirinto de prazer. Admira-me como quer, sem que eu possa me defender, sou escravo das tuas insinuações, me devoras com voraz preenchimento... Neste calabouço, procuro pelo meu subconsciente, mas não o encontro por estarem perdidos nos teus desejos. Procuro forças em meu corpo surrado, consumido pela vontade de te amar, paro então para pensar se me resta ao menos a vida, pois até ela perdi, e sei que não haverá retorno, porém se não mais retornar é por que a ti tenho entregado a vida, estarei amordaçado e feliz, não mais vou precisar lutar com minha própria vida para ter a sua.

*** Carta de um homem que perde a lucidez ao imaginar estar amando a mulher amada. ***

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Janeiro de 1990 no dia 02.
 
Enigma do Amor

Presença

 
Não é preciso que eu esteja por perto para que me ames, sinta somente a minha presença. Quando estiver só, liberta os teus pensamentos, deixe que ele vá a tua procura, para então poder te pegar levemente e sem que você sinta, te levar até mim. Com certeza ele me encontrará então você sentirá um forte calor te envolver, todo seu corpo tremer, não estranhe e nem fique á procurar em vão o que está lhe causando isto, apenas feche teus olhos suavemente, e sentirás que a minha presença passeia levemente pelo seu corpo. Com certeza você sentirá um arrepio, mas não diga nada neste momento, cale-se somente, apenas chame pelo meu nome, murmure, transforme as tuas palavras em um só gemido, deixe que a minha presença invada teu corpo. Derrepente um molhado irá escorrer em teu seio, irá enlouquecer-te de prazer, você verá que parece tão real, toda vez que chamar pelo meu nome. Como gotas de suor, nossos corpos consumindo pouco a pouco, até que não mais existimos, lembre-se são apenas os teus pensamentos, minha presença arrebentando as correntes dos nossos desejos. Uma excitação irá bater no fundo, não procures por mim, serei apenas o bater revoado das aves dispersas em um oceano, tão profundo e abstrato como um sonho. Não estenda os teus braços, não irá me alcançar, sinta somente a minha presença, pois ela vem para te mostrar que não existe distância quando se ama ela vem para te mostrar que não existe solidão, que nem sempre é preciso o meu corpo tocar, quando a saudade chegar, apenas chame pelo meu nome. Liberte agora os teus pensamentos, deixe as vozes sedentas dos teus beijos, sussurrar aos ouvidos do tempo. Chame por mim, talvez não vá ao teu encontro, mas você trará para si a minha presença, não pare para pensar o que está fazendo, se entregue totalmente por este momento, se acaso perderes de vista a imagem do homem que amas, não te transformem em lamento, apenas chame pelo meu nome. Não chore, não grite não te desespere ao sentir a minha presença, se acaso me perderes, apenas chame pelo meu nome.

*** Carta á uma mulher desesperada a procura de seu grande amor. ***

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, Setembro de 1989, no dia 08.
 
Presença

Os poetas também precisam de carinho!

 
O Homem nasce poeta?
Ou nasce o Poeta homem?

Desconfiando sempre daquilo que motiva a pena tento atentar apenas na palavra. Mastigando-a gostosamente ausente de quem me a deu assim sigo eu.

Aquilo que alguém escreveu é sempre mais Belo que Eu mas o sentido é meu.

Relendo-me vejo claramente aquilo que quero e sou, mas vês-me tu assim? Não creio e nem o queria.

Como a maioria também eu procuro as palminhas alheias e o ocasional afago. Consolando-me assim pelas minhas vãs necessidades acabo enojado de mim e dos lisonjeadores.

Trilhando o fio desta liríca navalha resvalo da minha solitária altivez para a criança carente de aprovação que sempre fui.

O poeta sobranceiro emite pareceres que julga dignos. Distribuindo gratuitamente, ou nem por isso, a sua criação aos indignos dos mortais ansiosos por provar a beleza num corpo alheio.

A criança expectante, aguarda o reflexo dos seus actos buscando livre e inconsciente as balizas para o seu futuro. Sensível e delicada espera o Amor em todas as esquinas chorando quando o não vê.

Lutam os livros por olhos que os leiam e os poetas atraiçoam-se por uma rosa morta e cheirosa.
Sózinhos na página culpam a pena e será que vale?
 
Os poetas também precisam de carinho!

Minha heroína

 
Deixaste-me de rastos...

Desamparado,
angustiado,
destruído.

E tudo para quê ?!

Para seres a ilusão,
roubares-me o coração
venderes aniquilação.

E tudo para quê?!

Poesia fatalista,
um espinho na carne,
vício insaciável ...

E tudo para quê ?!

Para seres minha heroína ?...
 
Minha heroína

Conjectura Leviana

 
Hoje acordei pensativa, talvez duvidando da minha própria imagem
Ao olhar o meu rosto no espelho da imaginação, procurei-me dentro de mim
Encontrei-me em um semblante sincero e sofrido, que apesar de abatido brilhava como luz intensa;
Então me perguntei o porquê desta tua conduta leviana;
Quando sentastes perante o tribunal das ilusões e fizestes um pré-julgamento em tua consciência
Não te importastes com o meu direito de defesa
Ao contemplar o meu semblante diga-me o que é que o teu olho te traduz?
Por ventura te acredita o que vês em tua frente?
Como podeis julgar a beleza de uma rosa sem amenos sentir o seu perfume
Não reconheces o ouro quando pisa os teus pés?
Por não teres a capacidade de antes tentar lapidá-lo;
Deixando assim escapar o brilho pelas tuas mãos
Quem és tu que observa e julga aparências?
Ou tens a soberba em teu peito a ponto de dizeres que em tua vasta jornada conheces o segredo de uma mulher?
Então me diga o que sinto quando olhas em meus olhos?
Quando toca as feridas no meu corpo?
Com toda a tua experiência não ouvistes dizer que o caráter é a porta da razão;
Colocastes-me diante de falsos juízes, recém formados na escola da vida
Entregastes-me nas mãos de promotores desonestos, quão colecionavam derrotas em seus currículos questionáveis não reconhecidos perante a sociedade da razão;
Porém como advogado de defesa, a ti, apresentou a transparência de minha alma
E não encobri da tua visão o que vestia o meu exterior
Porém na tua indulgência, não destes a ti mesmo a oportunidade de buscar no mais profundo oceano do coração de uma mulher as chaves para abrir um baú de sonhos;
Não acreditastes em teu potencial ao ignorar a tua própria reputação
Planejastes um cortejo fúnebre em teus pensamentos, a menos que tenhas enterrado a ti mesmo em tua própria concupiscência;
Lembre-se ao entrar em juízo pela aparência de uma mulher, por mais que tenhas uma promotoria competente, baterás de frente com a derrota;
Saberás que jamais poderão condenar os sentimentos de uma mulher, por não terem provas o suficiente, e mesmo que testemunhes falso, não poderão entrar em um coração para julgar o que ele sente;
Se passares por mim e não me veres, não voltes a procurar por mim novamente;
Estarei escondida nos mínimos detalhes ignorados pela pobreza dos teus olhos.

Carta oferecida há certo Sr Advogado, após ignorar certa pessoa pela sua aparência em decorrência ao seu caráter. Em defesa de C. Ribeiro dos Santos.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Abril de 2002 no dia 18.
 
Conjectura Leviana

Não sei explicar a Saudade

 
Não sei explicar a dor que sinto, mas sei que é forte;
Não sei explicar o amor que sinto, mas sei que me consome. Minha paciência me incomoda, já não posso mais esperar aqui sozinho. Alguma coisa acontece comigo, tira a minha paz por completo, deve ser a paixão. Por que ficarmos um longe do outro, quando desejamos os mesmos sonhos, para que o orgulho ferido se possamos nos entregar sem medo de se machucar. Não devemos guardar segredos, pois sabemos que fomos feitos um para o outro, e não há nada que possa mudar este destino que nos une um ao outro. Não podemos fugir daquilo que é a nossa própria vida, não existe outro lugar, nem outro mundo, eu já procurei, eu já estive lá, e não encontrei amor, somente a solidão esculpida em meu rochoso coração, que se fez como pedra para não mais sofrer. Acho que nasci para viver só, quando não sei explicar o que sinto, a minha cama tem lugar para dois, eu e a solidão. Não sei explicar a saudade, pois perdi a minha identidade, talvez eu viva para explicar a minha verdade, onde eu vivo mentindo que não te amo, para nunca mais sofrer.

*** Carta de um homem à beira da esquizofrenia ***

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, Julho de 1987 no dia 06.
 
Não sei explicar a Saudade

NA BACIA DO RIO DOCE

 
Homem, a natureza tem limites!
Não suporta mais o louco peso da ganância;
Não suporta mais a violência da ignorância,
Não suporta mais o tanto quanto você nada conhece.

E agora? Viajo na contra mão, sem entender, sem saber por quê. Vou correndo.
Tiraram o poema do poeta e a fé do Santo que feito de barro pro barro voltou!
Rasgaram as almas e enterram a inspiração de um povo com sua própria terra.

Agora vejo um mar de lama e sangue beijar as águas de um mar num porto inseguro.
Borrado, choro no porto de tanta dor que mudou o cio das terras e das montanhas.
Mesmo quando o homem pede o fim de um povo, a calma pede tolerância, amor e fé.

Canta alma, coração acelerado, procurando corpo no barro, na lama, na ponte caída!
Sejam grandes homens: peçam perdão por todos e tantos erros. Não fiquem tristes vida inteira
Não seja culpado por este amor que pode fazer. Ainda há tempo para escapar da condenação!
 
NA BACIA DO RIO DOCE