Poemas, frases e mensagens de kahpoeta

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de kahpoeta

Meu querer

 
Ouvi dizer de ti
E pus-me a te entender
De tudo que ouvi
Te fez meu bem querer
Tão aguardada sem ao menos perceber
Iluminada sem luz a pertencer
Parte do sonho
Que insisti a interceder
E tudo
Porem tudo
Que eu menos quero
O dever de te esquecer
Se o destino deu-me a você
Só me resta envelhecer
E enraizado em ti, permanecer
 
Meu querer

Assim seja

 
Se for pra chorar
Que seja agora
E não uma outra hora
Se for pra chorar
Não espere a aurora
Deixe o que aprisiona ir embora
Se for pra sorrir
Não pense mais
Queira gargalhar
E algo mais
Se for pra viver
Chore e sorria
Da vida nada se leva
Mais é lembrada pela alegria.
 
Assim seja

Uma hora a vida

 
Tudo que mais quero na vida é sorrir
Se, porém chorar, irredutivelmente persistir
Ferir-me em cada passo
Com singelo olhar a possuir
Iludir-me com o futuro
E me deixar seduzir

Respirar toda torpeza
E aspirar leve sonho
Quem fabrica da tristeza aquilo que proponho
Voar sem asas, sem cair de si
Fantasiar um mundo louco
Cantar por aí

Verossímil amanheça
De inertes pesadelos
Fugaz, esclareça
Os meus velhos conselhos.
 
Uma hora a vida

CORAÇÃO QUE AMA NÃO OBEDECE

 
Tudo tenta me dizer não
Tudo contribui para que eu não consiga
Tudo o que me rodeia me leva pra longe
Bem que eu gostaria de escutar o tudo
Mais meu coração não para de dizer sim
Dizendo pra persistir, ir além
O coração não me deixa olhar pra traz
E continuar o que era antes
Foi só te conhecer senhorita
Que meu coração não mais obedece
Não cabe no peito de tanto amar
Não me deixa olhar em outra direção
Sei que ao seu lado tudo está turvo
Tudo tão confuso e turbulento
Meu coração enxerga por entre as neblinas
Neblinas do possível ou impossível
Meu coração apaixonado, não descansa
Ele vê além dos espinhos no caminho
Vê seus olhos que brilham ao longe
Vê seu coração pulsando amor recíproco
Vê o que meus olhos falhos não vêem
No amor não sabemos controlar o coração
Que tende a dizer o que é melhor
Mostrando que tudo é válido quando se ama.
 
CORAÇÃO QUE AMA NÃO OBEDECE

Retorno

 
Ainda pouco me fui, não sei se por iludir-me por persuasão alheia...
fuji das fagulhas de farpadas aqui nascidas e quando retorno, estilhaços de granadas do tamanho de palavras ameaçadoras de baixo calão...
o mundo de fora das letras é tão feio.

(Por favor vamos falar de amor?)
 
Retorno

SEU AMOR...

 
Nem a lua nem as estrelas
Possuem seu brilho
Nem o vento nem a brisa
Possui o frescor do seu sorriso
Nem a terra é tão firme quanto teu olhar
Nem o mar é tão imenso com seu abraço
Nada pode descrever a sua presença
Nada pode substituir seu pensar, falar e agir
Não existem palavras que expressem
Na certeza do que significa os seus beijos
Erraria se tentasse te entender
Pois aventureiro não entende, explora
Corajoso não arrisca, consegue
E quem ama não desiste, prossegue.
 
SEU AMOR...

Intimidades do amor

 
Essa intimidade que me leva pros teus braços
Essa intimidade que me traz aos seus ouvidos
Tal intimidade que revela nossos segredos
Que muda até o respirar
Que transforma o imutável
Que transcende de amores passados
Curando toda mágoa, apego e desleixo
Mostrando que a vida tem cores que os olhos não vêem
Tem ventos que o corpo não sente
Tem sentimentos escondidos em desabafos
Tem amor carregando amor nos braços
Onde tudo se faz conforme o amor apraz
Custando pouco e pagando muito
Vem a cura da alma ofegante
Amor sempre
Constante.
 
Intimidades do amor

Caindo nas minhas feridas

 
Eu vivo caindo onde mais amo
É onde me entrego que perco a esquiva
E vou... Sem pensar na sorte
Vou entregue a corte que aplaude ou difama
De vento em riba, sem escudo que me faça voltar
E simplesmente mais uma vez
Sou ferido pela minha única brecha
Sou ferido pela única causa que me faz respirar
E me machuco nas garras da minha fraqueza
Quem sou eu?
Pensei não gostar de tropeçar
Mais vejo que meus passos errados
Modelam minha caminhada...

Caminhada sem razão... Mais cheia de intenção...
 
Caindo nas minhas feridas

foi-se

 
Qual é sua tão mensurada paixão
Qual não reluz para mim
Pétalas sem destino no vento
Rumo ao rebento

Donde as mesmas surgiriam

Rasgam em mim as feridas
Cujas as pedras que perdi em ti
Estilhaçadas, rumo a mim
Num arder de partida

Suavemente se vai
Rumo a névoa branda
Nuvem branca
Onde nunca ninguém sai

E para onde retornariam.
 
foi-se

Carta pra fome

 
Risos e mais risos
Será graça?
Vestes de maltrapilho
Corroído por traças
Lá vem...
Ninguém quer te entender
Nem ao menos te olhar
Ninguém vai se ofender
Com suas esmolas á implorar
Vem com seus restos
Seus fardos e balaios
Vejo que escreves, a quem te dedicas?
Dedico a fome, para que viver me permita.
 
Carta pra fome

A rima perdida

 
Eu me calo
Simplesmente me calo, e saio
Ressentindo
Querendo chorar
Mais não choro
Sinto o vento
Olho pro tempo
Sinto a vida se movendo
E vejo fluir o que não pensa
Vejo flores aguardando chuva
Todas sem perder a pose
Vejo arvores perdendo folhas
Na certeza de uma nova estação
Vejo joaninhas aparentemente sem rumo
Mais conhecem a direção
Vejo trilhas das impensantes formigas
Aliadas em cadeia
Parecem tão amigas
Amam as alheias
Vejo a beleza torneando-me
Sinto uma emergência em me levar
Dirigir-me por nada
Me perder na estrada
Sorrir sem possuir nada
Encontrando a perdida rima
Sendo levado pela vida.
 
A rima perdida

Quando parti

 
Logo cedo
Guardei os segredos
Fugi de mim mesmo
Viajando em ti
Foi por medo
Escondi meus anseios
Anseios os mesmos
De quando parti
Mais voltei firmemente
Para seus braços quentes
Que outrora recusei
E me privei de sorrir
O céu me mostrou
Que não importa onde estou
Sou o mesmo que aqui
 
Quando parti

O ódio

 
Notório é o ódio­
Peço a ti que vás­
Perturbe a ti mesmo­
Quiçá, outdoors reve­larem,
suas injúrias sobre ­mim
Seu prefácio ao meu ­respeito,
não culmina em nada­
Apenas é uma de outr­as
Conversas bastardas­
Totalmente reversíve­l sou,
diante de tua doloro­sa proposta
Porém, te digo, e di­go alto
Não amanheça em mim ­com o sol
Não se refaça jamais
Serei autodidata de ­felicidade...

do ódio, não quero ne­m a metade!

Kauê J. Duarte
 
O ódio

MALTRAPILHO DE SUA REALEZA

 
Sou sim...
Sólido como a rocha
Firme como a terra
Molhado como a água
Secreto como o céu
Singelo como o sino
Doce como o mel
Poeta como a lua
Brilhante como as estrelas
Amado quando estás comigo
Contigo não existe castigo
Posso ser o tapete que pisas
O sol que te bronzea
O creme de tua pele
Tudo o que me pedires
Oh imperatriz de minha história
Senhora de meu jogo
Rainha do meu tabuleiro
Deusa do meu tempo
Quero ser seu pequeno escudeiro
Defensor de seus sonhos mais intensos
Permita-me tal elegância
Adentrar seus palácios de prazer
E assim estar
Só por ti
Estrela da aurora
Sempre teu
O bobo de sua corte
O maltrapilho que recebe suas migalhas
Suas pequenas misérias são referencia
Pro meu coração amante.
 
MALTRAPILHO DE SUA REALEZA

raízes

 
Que construamos nossos lares na certeza, que as alturas de nossos padrões não nos tire do olhar os nossos alicerces, que o sofrimento inicial, responda a consequência do que se finda, não por merecermos de fato, porem, para sermos respondidos de acordo com nossos esforços...Toda e qualquer honra venha do nosso suor, sangue, imposto como penhor dos nossos sonhos.
Que a sentença remanescente brote da magia em que foi plantada.
 
raízes

O pedinte

 
Sou pobre
Sou sim
Sou pobre de bens, de amores
De alimento ou cobertores
De amigos, afeto talvez
Me encontro na embriaguez
Sou feio, dizem que sou
Sou pardo, que o sol me tornou
Sou fraco, covarde também
Mais não abaixo a cabeça há ninguém
Porem...
Sou o brilho que seus olhos não puderam ver
Carrego o consumo de suas migalhas pra sobreviver
Trabalho o dia em humilhação a te esmolar
A pequena moeda não vai te faltar
Estou magro sem corpo algum, reconheço
É no trabalho que amanheço
Meu esforço alimenta um irmão
Partilho o pão
Minhas mãos insensíveis ao tocar
Trabalham duro pro estômago não gritar
Eu me pego falando comigo
Me expressando, só assim consigo
E se seu olhar eu não atrair, sei porque
A certeza da vida é morrer
 
O pedinte

A ROSA E O ESPINHO

 
Se na vida tudo é rosa
Quero ser o espinho
E ficar o tempo todo colado
Se tudo é prosa
Quero ser a rima
Pra dar seqüência na história
Se tudo é fogo
Quero ser a brasa
Incandescente por conseqüência
Se tudo é real
Quero ser a fantasia
Que inunda de sonhos e desejos
Se tudo é vida
Quero aproveitar sem tempo de partida
Sem pensar na ida
Se tudo é amor
Quero ser o combustível
Que explode de tanto amar
Não nasci pra ser sozinho
Você é a rosa eu sou o espinho.
 
A ROSA E O ESPINHO

Gestação

 
Ainda assim, um mero abraço
Possuindo nossas carências
Amarrados com num laço
Censurando nossas tendências

Entre um casal apaixonado
Pontapés, socos
Nem mesmo um perfil encaixado
Nos tira desse bom enrosco

O que nos une amorosamente
Sela nosso amor
Separa fisicamente
Salienta teu lindo pudor

Oh...semente belíssima
Me transborda de heroísmo
Semana após semana
Entre saltos de otimismo

Gera o sonho eterno
Da nossa vida tão breve
Me conduz ao mundo paterno
Dessa gravidez tão leve

Que bom ser distanciado de ti
Por um recheio tão vivo
Até onde posso investir
Nesse abraçar tão nocivo
 
Gestação

CHORO DE REDENÇÃO

 
Deu-me vontade de chorar
Não tenho motivos
E nem preciso
Só preciso de lágrimas
Sei lá, mais encontro a redenção
Chorando porque sou fraco
Chorando porque sou forte
Chorando porque sinto, alem de um coração
Sinto além de um pensamento
Choro além de um lamento
Choro por chorar
Lavar as vestes da iniqüidade
Pra lavar o rosto do pecado
Pra purificar e dar lugar as situações
Vazão ao choro, aspecto puríssimo
Pois quando choro, percebo que sou real
E não um corpo ambulante
Vagueando por entre corpos vagueantes
Mais não, sou esse choro de berros
Esse choro só de lágrimas
Choro de perda, de conquista
Ou apenas choro
Quando choro me humanifíco
E permito Deus enxugar minhas lágrimas.
 
CHORO DE REDENÇÃO

MÃE, A FLOR DO MEU JARDIM

 
No jardim da minha casa encontrei uma flor
Diferente, seu aroma enfeitiçava
Se alastrava por entre as gramíneas
A flor era tão bela, cuidadosa
Crescia pequena para dar espaço a suas vizinhas
Suas pétalas eram macias
E seu tronco numa delicadeza que nunca vi igual
Fiquei encantado para saber o nome de tal flor
fiquei sabendo que Deus havia dado um nome com três letras
Como céu, porem algo mais extenso que o céu
Mais só quando todas as flores á sua volta estavam grandes
Essa pequenina se entregou aos ventos
E se deitou sobre si deixando só as demais
vim então a descobrir o nome dela
MÃE...
 
MÃE, A FLOR DO MEU JARDIM

Saiba que fui, sou e serei... mais que um maltrapilho, menos que um rei, causando repulsa, honra ao mérito talvez, queimando palavras, expelindo as batalhas, mudando de rumo, buscando outras estradas, uma tal, que me leve ao longe, se perder na linha d...