Poemas, frases e mensagens de Dinarte

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Dinarte

Rumo

 
Sabes...
Que o tempo cura,
Que o tempo é duro
E que a vida perdura
Num coração puro.
Sabes...
Que o estranho ofusca
Que o impossível cresce
Ao compasso da tua busca
Por aquilo que te enfurece.
Acreditas...
Em mudanças
Em elogios rasgados
Em falsas esperanças
Em olhares maltratados.
Foges...
Para longe, bem perto,
Enfureces as tuas preces
Desligado de um mundo incerto
De um faminto orgulho que mereces.
Vives...
Pensando, incendiado
Originando danos
Travando um estranho lado,
Lado de tamanhos enganos.
Acaba...
O viver preocupado
O viver desafogadamente
Cantando decapitado
Invadindo uma nova mente.
 
Rumo

Refúgio

 
Só, somente só... num único mundo, num estado de espírito renovado. Mundo de exclusão, de sentimento de revolta e decisão, capaz de mudar mentes, fazer brotar novas sementes. Refúgio agudo, sisudo... carregado pelo tempo e embalado pelo momento. Mudanças que surgem, divagando por um corpo moribundo, mundano... profundo. São passagens incertas dentro de mim, imaginando o que podia ser se: se pudesse, se fizesse, se quisesse, se agisse...
Secreto, misterioso... um mundo à parte onde posso sorrir, chorar, pensar em mudar, imaginar, criar. Sinais e gestos surgem nas memórias...secretamente. Neste baú recheado de contradições e omissões, sou eu, sou aquilo que sinto longe do mundo. Fora? Fora tudo o que não pensei, por fora nem sempre cá estiveste. Dá-me medo de aqui ficar, neste mundo à parte insatisfeito, tal como a minha alma. Vazio e frio, este mundo onde estou. Mas também ele...passageiro, este mundo onde estou. Refúgio? Do real, do que sinto que sei que muitos sabem e sentem. Nú como a noite este mundo. Vestido de luzes por instantes, tal como as estrelas...distantes. Balança o "querer" e o "ser", mudam-se os sentidos sempre, sempre oprimidos. Mais que meu, pode ser teu este mundo. Refugiar-se e trazer a paz, completar-se. Refúgio, mais que um estado... as emoções lado a lado. Tal como 1 + 1, a soma de 2 (diferentes) lados. É ter hoje e agora o céu, mas perder-se e ser então o réu. Sintonia, corpo em completo estado de harmonia, forte e harmoniosa sinfonia que explode todas as barreiras, que dá esperança àquele que sempre tudo alcança. Queres pertencer a outro mundo? Por um momento, devido a um contratempo... vive a vida com tempo! Um mundo real, de pensamento irreal, mais que instransmissível...pessoal. Junção de toda a soberba razão.
 
Refúgio

1 mês, um 4 na memória, saudade presente

 
4, um número que fica na memória de todos nós, de todos os que de ti gostavam e te apoiaram.
Porque morreste? Todos sabemos, todos o vivemos. Quanto à nossa saudade? Imensa.

Quantas saudades todos os dias sentimos, mesmo nos momentos mais alegres em que disfarçamos a nossa dor. Quanta a tristeza de ver partir alguém, onde aquele adeus não pude nem pudemos dar. Mais a tristeza disfarçada, daqueles que, perto de ti vivenciaram a tua luta, a tua vontade de viver, a capacidade de não se abater! Marcas-te as nossas vidas, pela tua simplicidade, personalidade, amizade, pelo homem trabalhador que eras, pelo pai e marido que foste, ou por qualquer outro grau de parentesco.

Exemplar, uma palavra que diz tudo daquilo que agora é um nada, que é tudo para nós. Vives-te e morreste na nossa história, e sei e sabemos que chegaste a ter medo do futuro, naquilo em que a tua doença poderia resultar ou se transformar. Certamente a solidão da tua companheira e dos teus filhos é grande, porque o "gostar" era tanto, e tanto ficou por dizer. A nossa solidão também é grande, porque afinal, morreu alguém feliz, alguém que derrubava os obstáculos da vida com calma e...um sorriso! Muitas vezes quiseste fugir da realidade, que cada vez mais se aproximava. Não quises-te resignar-te à tua doença, ou ao pior dos cenários. A luta continuou, desde o início, e nunca mais parou! Uma luta tua, nossa e de quem em ti acreditava. Foi nestas alturas que pensamentos negativos surgiram, e em que eu os tentava afastar, para uma família preocupada acalmar.

Um dia, todos nós nos vamos separar, e a saudade vai permanecer, quando os momentos passados juntos, todas as conversas, descobertas que fizemos, sonhos, risos e momentos que compartilhamos, alegrias e tristezas... forem verdadeiros. A saudade e a lembrança, está presente até nos momentos de angústia, e para ti, nada disto acaba.
Em vida, cada um vai para o seu lado, seja pelo destino, por desentendimentos, por opção, por trabalho, enfim... cada um segue a sua vida. Mas talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe. E contigo, acontecerá o mesmo, um dia!

A dor foi forte, foi grande, muito ingrata. A luta foi grande, foi forte, e muito ingrata. Mas uma coisa que não foi ingrata, foi a nossa união familiar, e os constantes telefonemas, as viagens e as videochamadas que realizávamos quase todos os dias, só para te ver e para nos veres!

Reclamamos tanto da vida, julgamos tanto, zangamo-nos tantas vezes... e quando a morte chega, chega o momento da verdade! Chega a saudade, a saudade de quem se gosta. Saudade de uma presença, agora ausente.
Mas é certo que a tua ausência preenche um grande vazio nas nossas mentes, nas nossas vidas...nos nossos corações.
Se não houvesse união, a nossa força para superar tudo isto, era menor.

Ganhámos força, coragem e confiança, e aprendemos a encarar qualquer doença como tu, com força de vontade e a acreditar que é possível acabar com o cancro, até ao fim! Não conseguis-te, mas lutas-te! Porque o importante não foi venceres todos os dias, mas lutares sempre. 1 mês, que para nós será eterno. Estejas onde estiveres, não estás sozinho.

Cuida sempre de nós, faremos-te feliz. OBRIGADO por tudo! Descansa em paz, tio! *
 
1 mês, um 4 na memória, saudade presente

Instante inconstante

 
Olhares sedentos de inverno,
Sangue frio e quente
Andando no meu e teu inferno
Vivendo na tua mente.

Que caminho cinzento e ofuscado
Pegadas das feridas dos derrotados
Onde percorro a estrada, obcecado
Onde vejo as almas dos agoniados.

Vidas passadas, futuro ausente
Gestos e mágoas de um olhar inocente,
Numa mudança constante
De um ciclo vicioso e alucinante.

Confronto o destino,
Ofereço a minha sentença
Sou por momentos assassino
Da vida que lhe pertença.

Quero viver, quero sofrer
Quero sentir, não ter nada a perder
Não pedi para nascer,
Não pedirei para morrer...
 
Instante inconstante

(Des)encontros

 
(Des)encontros

Que olhares desfigurados,
Que vida débil e desamparada
Caminhos incertos de uma alma desolada
Afinidades de gestos afortunados.

Erros, de um erro passado
Promessas de um futuro antecipado
Versos de ambiguidade
Onde permanece a saudade.

Tu, ser obstinado
De doçura amarga implacável
De direitos e fraqueza admirável,
Comigo partilhaste o espaço desaforado.

Da tua triste ironia
Capto a essência da verdade
De dois mundos fora de sintonia
Onde vislumbro tremenda e fútil falsidade.

Num abraço apertado,
Nunca antes realizado
Levo-te de maneira inconsciente
Perco-te de maneira ciente...


Não te espero, não te chamo,
Nesta minha rebelde solidão
Falsamente te amo
Verdadeiramente tens minha gratidão.
 
(Des)encontros

Sentido inverso

 
Sentido inverso

Bruscamente, luto
Calmamente, luto
Posso e quero, luto
Luto... sou astuto.

Guerreiro da batalha perdida,
Vencedor da guerra conquistada
Desejo a vida...
Desejo tudo, não quero nada.

Enterro os males no peito,
Já nem sei se razão tenho
Depois de um plano perfeito
O ar que me falta sustenho.

Problema? Insignificante..
Virtude? Conquistada...
Minha alma abundante
Dá tudo, não tem nada.

Sinto-me sufocado,
Por dentro vive a revolta
Liberta-se o grito ajaulado
Um vaivém que já não volta.

Já não creio, desprezo
Se não lutar obstruirei
Liberto-me deste peso
Que outra escolha terei?
 
Sentido inverso

Adeus, realidade...

 
Inspiração, paixão,
Duas palavras, uma só razão.
Que pedes tu mais?
Que queres tu mais?
Ser eu e tu, num só eu,
Vingar a verdade de um sonho teu.
Sinto o momento, digo adeus ao fingimento...
Adeus irmandade da podridão
Adeus almas perdidas, sem coração
Sem força de vontade... pura realidade.
Falam de ti, falam de mim...
Por trás disso?
O que sentem, o que são, o que pensam, e o que tu pensas, de real nada tem.
Realidade irreal, de páginas rasgadas por cabeças com mentes naufragadas.
No fundo... não vives,
Profundo... sobrevives,
Imundo, deixa-os livres!
Esses mudam, vivem por eles, não pelos outros.
Esses lutam, lutam por eles, não pelos outros.
Então luta por ti, vive por ti, sente por ti... acredita em ti!
Elogia e condena, a palavra é o que mais ordena!
Cansei-me de promessas provisórias,
De inglórias vitórias.
Agora mudarei, e para que servirei?
Para lembrar o tal passado, e trazer a tal falta para algum lado.
O meu silêncio feroz, aquece minha voz,
Afasta a tal superioridade, alegra-me a vida e torna-me naquilo que sou hoje, alguém de verdade!
 
Adeus, realidade...

Jogo

 
Saber dizer...
Degustar os momentos
Acalmar o enxame de sentimentos.
Alimentar o desejo real,
Torná-lo num momento fatal
Que no escuro te acompanha
Dá luta, e nem sempre ganha.
Dançando pelo sono,
À espera por um sonho,
Pequeno, irreal... medonho.
Estúpido jogo
Que se resguarda
Que num risco se torna
E a maldade entorna.
Serve a mesma verdade,
Fica o discurso proferido
Fica a tremenda saudade.
E o prometido? Só inveja, mediocridade.
 
Jogo

Momento

 
A cada palavra, a cada instante,
Nada esqueço e não mereço
Ter, uma vida amante
Que não tem tempo, nem preço.

Longe, de mãos fechadas,
Nada resta de mim
Perto, de esperanças passadas
Uma melancolia sem fim.

Um dia, um final
Palavras mudas saudosas
Num silêncio terminal
Onde se ouvem mentes ansiosas.

Quero ser tu
E que tu sejas eu
Quero guardar num baú
Aquilo que é meu e teu.

Minhas mãos frias
Sedentas por um lugar
Minhas palavras ocas, vazias
Mudam a cada único olhar.

Ausência, falta...
Sonhos que o tempo congela
Vida vivida na ribalta
Um dia darás por falta dela.
 
Momento

Mentiras

 
Muitos são aqueles que omitem a verdade...
Entrenham-se nas portas da mentira,
Nunca manifestam a sua sinceridade!
Tantos são aqueles que se perdem na ingenuidade,
Impostores de tamanha falsidade.
Realidades que se tornam irreais
Atitudes que se dizem leais...
Sorria! Bem-vindo ao mundo da mentira!
 
Mentiras

Olhar

 
Ando por aí...
Perdido na imensidão turva de um olhar,
Perdido na verdade pura de um lugar.
Esse lugar por que tanto anseio,
Foge-me das mãos num eterno segundo
Encontro-me numa realidade ou num sono profundo?
Esse teu pasmar triste, domina o meu mundo.
Mais que a tristeza, a amargura
Mais que a ilusão, o perdão!
Se não posso ver a tristeza, porque a sinto?
Se não posso olhar a verdade, porque minto?
Entre olhar e ver, que grande diferença...
Entre o sintético e o analítico,
Com uma simples visão te critico.
Acabo com esta situação,
Fujo para longe, perto do coração,
Coração de quem sente, que neste mundo há que ser prudente!
Vivo numa solidão inconstante, amarga e angustiante.
 
Olhar

Desconhecido

 
 
Faz-te luz,
Faz da vida o teu momento
Algo estranho de conduz
Nada mais que um contratempo.

Subitamente, desaparece...
De modo inocente
O tempo que a vida enaltece
Libertando a mente inconsciente.

Alma, insana e profunda
Diluindo o sangue exaltado
Numa cabeça vagabunda
Duas vidas, de um só lado.

Repreendendo o coração
Num sentido inverso
Afastando de novo a emoção
Pobre pensamento perverso.

Seduz, a luz imensa
Mostra a verdadeira razão
Que claridade, que ofensa
Ofusca o teu mundo, intensa.

Fim? Inalterado...
Procuro? O meu lugar...
Fujo ao teu passado
No auge, um leve sugar.

:)
 
Desconhecido

Inveja

 
Desligo-me do mundo,
Torno minha alma amável
Sentimento forte e profundo
Ignoro o ignorável.

Único, exclusivo,
Capacidade de um ser vivo
Fazer uma avaliação
Tão superior quanto o perdão.

Superiorizar, mudar, ganhar...
Fazer sem falar
Retribuir e não omitir
Agir sem mentir.

Um ser individualista
Por vezes egoísta,
Com a arte da verdade
Não peca pela vontade.

Valores concebidos e maltratados,
Caminhos para seguir, mudados
Insignificantes destinos
Atitudes em versos cristalinos.

À beira do abismo, da plateia,
Empurra-os com delicadeza
Foge de quem te odeia
Mostra a tua verdadeira beleza.
 
Inveja

Efémero

 
Efémero

Eterno passageiro...
Mudança presente, um coração frio e ausente.
Ora quente, ora frio...mas vazio.
Revolta constante, de uma vida cansada,
Que se perde na escuridão, que foge do perdão!
Porquê ser infeliz, no meio da felicidade?
Porquê tornar infeliz, o valor da amizade?
Foram valores, foram conselhos...
Partiram-se os espelhos.
Só meu, mas pode ser teu
Num meu amargo, a teu cargo.
Tu sabes como me sinto, sabes que não minto,
Afastas-te e pensas apressadamente
Como quem desdenha minha mente
E com um olhar no tempo, morres no momento.
Morres para mim, vives para os outros,
Morres mas não tens fim, quando se foram muito poucos!
Algo irrecusável, para mim imperdoável
Sou humano, vivo e sinto
Sou humano, não estou extinto!
Que vida a minha, efémera...
 
Efémero

Encontrar

 
Entediante vida, de passos largos
Negando os momentos profundos
Começando de novo, com novos estragos.
Onde se perde uma alma, um sufrágio
Nasce, implora, morre e renasce,
Tratando de procurar um destino
Raramente traçado, raramente
Abatido, pouco orgulhoso
Rebelde e imaginário!
 
Encontrar

Obstáculo

 
Os obstáculos não têm barreiras!
 
Obstáculo