O ESPELHO. JULGAR SEM ÓCULOS.
Olhei para o meu espelho
E vi um homem que me parecia velho.
Coloquei os meus óculos,
Meu Deus... mas sou eu!
Fiquei incomodado
Não por ser eu!...
A minha consciência interroguei;
Sem óculos, quantas pessoas
Infelizmente eu já mal julguei?
Antes de se julgar quem quer que seja, devemos primeiro nos interrogarmos a nós mesmos e se tivermos consciência, nos julgarmos. Todos nós sem excepção, temos uma nódoa em qualquer parte.
De A. da fonseca
VALSAR COM A VIDA
Olá, poetisas e poetas do nosso Luso!
Cá estou de novo e espero que desta vez seja para ficar.
Agradeço a todas as poetisas e poetas pelos votos de melhor saúde que me dirigiram e para comemorar... VAMOS TODOS VALSAR
Ò vida minha
Que te amo tanto
Tu és tão meiguinha
Numa valsa dançando.
Um passo para trás
Dois para a frente
Ope lá!
Uma voltinha
Uma segunda
E uma terceira
Uma quarta ainda
Ò minha vida
Tu és tão lindinha.
A morte estava sentada
Ao canto, no seu lugar
Fizemos-lhe um careta
E fomos os dois valsar.
Um passo para trás
Dois para a frente
Ope lá!
Uma voltinha
Uma segunda
E uma terceira
Uma quarta ainda,
Ò minha vida
Tu és Rainha.
À noite fomos para a cama
Para nos irmos deitar
Mas tu com a tua chama
Preferiste ir valsar.
Um passo para trás
Dois para a frente
Ope lá!
Uma voltinha
Uma segunda
E uma terceira
Uma quarta ainda.
Ò minha vida
Tu és Joaninha.
E pela vida fora
Foi sempre a dançar
E até à aurora
Era só valsar.
Um passo para trás
Dois para a frente
Ope lá!
Uma voltinha
Uma segunda
E uma terceira
E uma quarta ainda.
Ò minha vida
Tu és andorinha!
A. da fonseca
FUI VISITAR AS POETISAS DO LUSO
Fui ao Jardim da Vérita
Ó i ó ai
O que foste lá fazer
Fui visitar a Avósita
Porque me fazia prazer
Estava lá a Pedrita
Ó i ó ai
Que também me queria ver
Visitei a Antónita
Numa vila do Alentejo
E cumprimentei a Rosita
Natural do Ribatejo
Fui depois até Leiria
Ó i ó ai
Visitar a Vónita
Que se fez toda bonita
Quando soube que eu lá ia
Fui também ao Norte
Ó i ó ai
Conhecer a Conceiçãozita
Que estava a escrever
Sendo especialista da escrita
E feliz por também me ver
Ó i ó ai
De lá fui à Madeira
Dançar um tango de Gardel
Dançado bem à maneira
Com a Liliana Maciel
Ó i ó ai
Voltei fui ao Cartaxo
Provar um tinto velho
E saí de lá borracho
Com o tinto da Ana Coelho
Ó i ó ai... ó i ó ai, ó i ó ai
de..pois..fui fui fui fui fui
Já não me lembra aonde
Pois que aquela pingarola
Deu-me cabo da cachola
E o cérebro não responde.
Ficaram muitas por visitar, será para a próxima saída, desculpem!
A. da fonseca
QUE AS POETISAS QUE ESQUEÇO, ME PERDOEM
Hoje não escrevo!
É feriado em França, é segunda-feira de Páscoa.
Sendo assim vou descansar a minha mente.
Que me desculpem as minhas fãs, mas hoje não escrevo.
Que me perdoe a Carolina, que me chama malandreco
Estou com muita sorte, ela não me chama marreco.
A Betha e a sua gentileza, Maria Sousa, a flor
A Ledalge, que é como mulher um amor.
Helen que até é Rose e qui écrit si bien ses proses
Alcina a simplicidade e gentileza que diz que eu fui maroto
A Stela e a Angela as românticas cá do site.
A Gaivota que na ilha procura amor
Mas que muito dá assim como a Liliana, enfermeiras de valor.
A todas peço desculpa, mas eu hoje não escrevo!
Nem sequer vou vou ver o Luso.
Ah... Também a Mel, que me deu um açoite
Porque eu disse que não me considerava poeta.
A Vera Silva , que nos seus cometarios, aprecia meus trabalhos. A Zélia Nicolodi , senhora que nunca vi mas tem um ar simpático
Á Tãnia Camargo, a sensual, lá do outro lado do Oceano, à Conceição Bernardo que ficou se não me engano a ler e a reler um poema que escrevi.
Sei que esqueço muitas, a todas peço perdão, não só por as ter podido esquecer, mas por também por hoje não escrever.
Mas escrever... hoje não! è um feriado, e o reposo é algo que muito respeito, posso mesmo dizer, mais que o trabalho!
Aos poetas nada digo, Porque alguns andam sempre em guerrinhas e com criticas baratinhas
Se eu hoje escrevesse poderia dizer o que penso, mas é melhor assim! guardo as palavras para mim.
Desculpem as que eu esqueci, desculpem porque eu hoje nada escrevi.
A. da fonseca
A MULHER, É A MAIS BELA DAS FLORES
DIA DA MULHER
Acabei de fazer uma soneca
E venho levado da breca
Para começar a escrever.
Sobre o quê? sobre a mulher!
Dela não há nada a dizer.
Sim! Todos sabem que a mulher
É um símbolo de beleza
É um símbolo de amor
E também sabem com certeza
Que a vida nela é concebida.
É a mais bela das flores
Ela é orquídea, ela é rosa,
Quando esposa é um primor,
Como mãe é a mais querida,
Seu corpo é uma prosa
Uma enciclopédia da vida.
Festejá-la só num dia
Acho que é puro engano
Sabemos que ela merecia
Elogiá-la todo o ano.
A. da fonseca
EMIGRANTE PORTUGUÊS
Um emigrante é um português de segunda
Cavaleiro andante que traz no peito Portugal
Pelo estrangeiro para ganhar a vida, vagabunda
E as lágrimas correm quando chega o Natal.
Traz com ele um velho fado e uma guitarra,
Um garrafão o presunto e o choriço do país
Aquece-se com as brasas da sardinha assada
E canta um fado, pois que o fado é a sua raíz.
Deixa a familia, mulher, filhos, e os amigos
Deixa a aldeia ou a vila que um dia o viu nascer
Deixa o mar deixa a praia e deixa o trigo
Do seu Alentejo onde ele queria um dia morrer
É um emigrante português que não é jamais ouvido
Mas que no seu peito alimenta do seu País a saudade.
Não esquece Portugal, mas por ele é esquecido
Pois que de lá não vem nem um pouco de amizade
A. da fonseca
HOMENAGEM ÀS POETISAS -(SEGUNDA VAGA)
NANDA, LILIANA-ROQUE SILVEIRA-TEREZA-AMORA-VANDA-MARGARIDA-IBERNISE-MARIASOUSA-CONCEIÇÃO-ET,ETC,
Tenho a precisar que, dizer que são avózinhas,
não passa de uma bricadeira
a maior parte são jovens
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Bem, vamos lá à nova vaga
Para que isto não me traga
Ciumes ou confusões.
Pois que as nossas avózinhas
São todas, todas tão sensiveis
Mas nunca serão puníveis
Se fizerem reclamações.
Hoje, começo pela Nanda!
Que mora na outra banda
Avózinha muito zelosa
Avózinha repleta de bondade.
Olha por eles com carinho
Tenta levá-los pelo caminho
De uma melhor felicidade.
Vanda, falar dela, é falar de Paz.
Nome predestinado, que me apraz,
Escreve sempre coisas lindas.
Fatinha e os seus poemas de esperança.
Cléo, como é bela a sua poesia
A sua cabeça ficou fria
Quando alguém a fez entrar na dança.
Depois temos uma avó Raposinha.
Trata dos velhotes e das vélhinhas
Com a amor e sabedoria.
E os seus poemas eróticos
Põe-nos a cabeça em água
E é mesmo com muita mágua
Que só como frutos exóticos.
Ibernise... uma das intelectuais
Ainda bem que há muitas mais
Que fazem parte do nosso Luso.
Que prazer a sua declamação!
Também em fruto, temos Amora
Tem sentimento, também chora
As lágrimas do coração.
Ai a Carolina a Carolina!
Professora linda e ladina
É uma das nossas jovens avós.
Ontem lá fez a sua reclamação!...
Como a Tereza, o fez da Ericeira
Que come sempre a Lagosta inteira
E nem sequer pensa em nós.
Também cá temos a MariaSousa
Ainda bem e como ela tão ousa
Ao os mostrar curtinhos.
Estou a falar dos seus poemas
Lindos e com bom teor.
Eficazes a primor
Sinceridade e amor são seu lema.
Depois a Conceição Bernardino.
Escreve que é mesmo um mimo
Poemas muito sensíveis
A Ana Coelho, gosto muito de a ler.
O seu marido é caçador
Caçou-a, meteu-a no assador
Dois coelhinhos vieram a nascer.
Para plagio ou coisa que valha
Uma advogada,linda, jovem, Huuum! não velha,
Lá vem ditando as leis que nos regem.
Roque Silveira, mas não agreste.
Poeta que não tinha rosto
E que eu ri com muito gosto
Da sua condição, eu estava a Leste.
E então a Liliana Maciel?
Com quem dancei um tango de Gardel
Em sonhos, lá no Funchal.
Mas como ela dança bem, pois então?
Fiz para que vogasse nos meus braços
E assim estreitamos os laços
Ela é especialita de coração
A Ana Alves que muito tem sofrido
E com um desejo bem sentido
De continuar a ser feliz.
Mas a vida é uma surpresa tamanha.
Deixou as belas praias da Madeira
Fez do destino a sua bandeira
E veio viver muito perto da montanha.
Para esta maratona terminar
Da Angela Lugo eu vou falar
E dos seus poemas lindos, de amor.
É o seu tema preferido
Acho que faz bem, tem muita razão
Especialista em maleitas do coração
Ela, tem sempre nela o Cupido.
Desculpem quem esqueci, recebam todas sem excepção, uma grande beijoca de amizade e respeito, cá do vosso bisavô
A. da fonseca
Mas há tantas, tantas outras lindinhas,
São nossas, são do Luso, não são minhas
Que de certeza eu as equeci.
Acreditem, foi só por omissão.
Tudo não pasaa de bricadeira
Quero as ter na vida inteira
Sempre, sempre, no coração.
NADA TENHO PARA VOS OFERECER
Hoje como ontem, nada tenho para vos oferecer.
Esqueci as palavras, esqueci frases verbos e rimas.
Tento dar um lugar em mim a um pouco de inspiração.
Mas nada no cérebro, nada na alma, nada no coração
Na minha cabeça, tenho uma massa que nem sei se é cinzenta
As palavras ele não as transmite às minha pobre caneta.
Que chora lágrimas pretas ou azuis, ela desespera.
E a folha de papel continua branca, continua à espera.
A inspiração, essa , continua escondida e ri-se de mim
Com ar cretino e com um ar brejeiro fazendo caretas.
Então meu velhote? Se não for eu, nada consegues inventar!
Fala com a Lua, talvez ela uma vez mais te possa ajudar..
Estou envergonhado com esta sua e má malandrice
Continuo a fazer um esforço, mas nada me obedece
Acorda meu cérebro, acorda minha alma e meu coração.
Dêem-me um pouco de saber sem precisar da inspiração.
A. da fonseca
HOMENAGEM AOS POETAS.
Sou pessoa, sem ser Pessoa.
Pessoa nunca poderei ser
Eu escrevinho versos à toa
Pessoa, ele, sabia escrever.
Nunca escrevi em cativeiro
Só no campo, entre melões;
Ter um olho e ser o primeiro
Só poderia ser um, Camões.
Esperando a última moda
Bocage, o eterno mal vestido
Pôs muita cabeça à roda
Com improvisos atrevidos.
E eu? Que faço eu? Pouco!
Para não dizer, nada faço.
O meu cérebro está louco
Nem dá para escrever um traço.
Eu chamo-me apenas Alberto
Mas Al Berto era grande poeta.
Escrevo com o coração aberto
Ele escrevia com uma caneta.
Logo, que ando eu aqui a fazer?
A ocupar um espaço que não é o meu,
Escrevo apenas por escrever
Não escrevo como Al Berto escreveu.
A. da fonseca
BELEZA.
Beleza!...
Que tu venhas do Céu
Que tu venhas da montanha,
Tu és a Deusa que tudo embeleza.
Tu embelezas os vales, os rios.
Tu dás à vida o perfume da natureza.
Sem ti, não haveria Aurora,
A Primavera que dá vida à flora,
As cores ás árvores no Outono.
A beleza de natividade
A beleza da dignidade
O Sol nascente e o Sol poente.
A Lua prateada que está contente,
De ser a inspiração dos poetas
Que com as suas belas canetas
Tentam escrever sobre um Mundo perfeito,
Com sinceridade, que não seja só fachada
Mas para a arte de um pintor,
A beleza... só a pode pintar desnudada.
A. da fonseca