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Poemas, frases e mensagens de ALINE.LIMA

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de ALINE.LIMA

Padecer

 
Ausência sua, tristeza minha.
Solidão... Realidade covarde e mesquinha, vida a esperar.
Lamento no sorrir, conformidade em meramente existir,
poesia que se perde na estranheza dos dias
que passam dolorosamente devagar.
Indiferença no sentir, padecer disfarçado na frieza do olhar.
Encanto negado, irreparável pesar.
Sorrisos apagados, jeito mais triste de se chorar, pranto calado.
A ilusão do real que o sonhar silencia,
toda a agonia no sussurro do grito sufocado.
Amargura que tudo contagia e adoece,
sina sofrida, emoção contida que a alma
eterniza e jamais esquece.
 
Padecer

Vento

 
Gosto do vento porque ele não tem forma,
porque ele pode ir e vir de qualquer lugar,
sem que ninguém possa vê-lo,
e ainda sim, ter a certeza de que ele está lá.
Aprecio o sentimento de liberdade
que somente o vento é capaz de me dar,
a sua capacidade de constantemente mudar.
Admiro que ninguém possa tê-lo, e que a todos ele possa tocar.
Vento que transforma, que traz e que leva , que me faz voar .
Me arrebata num vendaval, ou me acaricia numa suave brisa.
Seja sopro ou ventania...
Vento que me hipnotiza... Que me faz sonhar.
Na sua lógica natural e intangível, prova que nem tudo o que é real,
é necessariamente visível.
Gosto do vento porque ele me faz crer no impossível.
Que existe mais do que os meus olhos podem ver.
Gosto do vento, porque ele me lembra você.

Reescrito, pois a direção do vento mudou.
 
Vento

Antítese

 
Aprecio o inocente e o impuro.
Em mim céu e inferno se libertam .
Ao divino e ao profano conjuro,
pecado e redenção se completam.
Quando tudo se destrói e se recria,
reverencio morte e vida, caminho iluminado e obscuro.
Na linha tênue entre o caos e a harmonia,
consagro o meu universo de absurdos.
Bênção e maldição, sentir em demasia,
querer inacabado e absoluto.
Compressão controversa, dualidade exposta,
tempestade e calmaria, antítese que me acrescenta
e faz melhor a minha sina de alma velha.
 
Antítese

Ecos ( Dueto HorrorisCausa e Aline Lima)

 
Palavras uníssonas voam projetadas na sombra de cada passo nosso dado.
Batem nas costas, abanam os braços, abrem-se em forma de leque
Para aquele abraço.
Voam pelos céus onde compõem musicais pensamentos migrantes, tal andorinha que anuncia um novo ciclo, planta sementes.
E não me sinto só , apenas estou só sem me sentir.
É o começo de um corpúsculo orbital que se propaga pelo oceano, ecoa no ar.
Forma moléculas químicas depositadas em tubos de ensaio que o tempo reagente fez brotar sucos cristalinos na pele da cumplicidade inexplicável.
Agora vejo-te, agora sei que existes, aqui e agora
E de tão longe estás e de tão perto ficas.
E não me sinto só, apenas estou só sem me sentir.
Desafiando limites da lógica e espaço sideral
esbarra duas almas irmãs que se reconhecem sem se saberem.
Singular e rara circunstância de um acaso predestinado,
Escrito certamente por um universo a conspirar.
Estou só, ou não mais estou,
Tento compreender esta unicidade ou então deixo que penetre a estranheza tão absoluta e real que vai além do racional ou qualquer expectativa inventada no caos do meu equilíbrio.
Pretensa paz que me cerca,
Dádiva da vida, reciprocidade na partilha,
Estou só, mas sinto-me mais completa.
 
Ecos ( Dueto HorrorisCausa e Aline Lima)

Amor de Poeta

 
Nessa vida insana, meu amor às cegas,
é entrega intensa, infinita , completa.
É sentir sem tréguas, sem limites, sem regras.
Amor de alma, de poeta.
É sonho que a realidade engana,
que me salva de mim.
Que me traz e me leva além do desejo
e ao ordinário profana.
Querer que a nada se nega,
que por todos os instantes do tempo me chama,
realiza o seu destino,
eterniza-se o meu começo e o meu fim,
reconhece a minha essência em si,
e a arte do encontro proclama.
 
Amor de Poeta

O Vento e Eu

 
No vento anseio em existir.
Das limitações do olhar poder ir além,
Não me prender a lugar algum,
estar em toda parte,
experimentar a liberdade que somente o vento tem.
Contrariar a lógica do mundo tangível,
transcender a materialidade do físico e visível.
E fazer-me sentir...
Quem sabe em uma lembrança que a mente invade,
E então na brisa ser o toque etéreo que acalma a saudade, que tanto faz chorar alma,
quanto nascer o sorrir.
E na melodia que se ouve ao vento,
sem tempo de chegar ou mesmo de partir,
ser a voz que chama a razão à vida
e deixar o ser fluir.
Expurgar todo o sofrimento e as veleidades,
e num sopro... A felicidade enfim.
 
O Vento e Eu

Indolência do Pensar

 
Trajetórias definidas, almas esquecidas,
vida que segue sem caminhar.
Esperança perdida, realidade corrompida
Na indolência do pensar.
Esperança perdida, exaustão dos dias que passam
dolorosamente devagar.
Diante do espelho, deformidade da alma refletida,
imagem de profundo pesar.
Solidão ressentida, ausência imposta,
calculada e medida, quando o comodismo limita o sonhar.
Visão obscurecida, dormência do sentir,
acende-se a escuridão do olhar.
Mas no silêncio, há uma a voz que se faz sempre ouvir,
mesmo a quem não pode-se mais chamar.
Ouça-a , impeça o partir, desobedeça a ordem estabelecida,
volte a si, então livre, ouse amar.
 
Indolência do Pensar

A Sua Escuridão

 
Sou a que vaga contigo nos caminhos da desilusão.
Vejo na sua alma tudo aquilo
que dos demais você consegue ocultar.
Diante de mim nada se esconde,
todo o desespero a mim responde,
assisto a sua alegria e o seu pesar.
Testemunho dos seus sonhos o nascer e o morrer,
e do brilho do seu sorriso, o acender e o apagar.
Sou companhia do seu lamento, a amante da sua solidão.
Quanto maior, menos podem me ver,
mas estou no seu olhar... Imperceptível.
Sou o grito no seu silêncio depois da canção,
estou na lembrança que seu coração não consegue esquecer.
Então me aceite, sou a sua escuridão, parte inseparável e indivisível do seu ser.
 
A Sua Escuridão

Brasas

 
 
Vivemos e morremos...
Passamos pela vida como estrelas cadentes riscando o céu.
Feitos de eternidade nos perdemos no efêmero.
Instantes de viver, algum calor e claridade,
momentos de luz para aquecer e clarear o inverno.
No calor do fogo, numa grande e linda chama,
de uma vez só queimemos...
Todos morrem , poucos vivem,
e no fim, brasas é o que temos.
Inteiros de muitas partes,
cada qual com a sua alegria e a sua dor,
seu paraíso e o seu inferno.
Nascemos certos do morrer,
mas antes, que o viver venha primeiro.
 
Brasas

Além da Essência ( Dueto com Murilo Celani Servo)

 
Nesta manhã saboreei a mais forte da saudade
Agora mesmo pensei, onde tu andas neste instante?
Desejo tão distante, razão que me priva a liberdade.
Lá fora um sol provocante, luz que te brilha radiante.

Na escuridão o vazio da tua ausência me invade,
Nem o tempo da eternidade me dá de ti o bastante,
Tu, que a tudo completa, faz inteira a minha metade.
Vem... Ilumina a realidade, amor da minha alma amante.

Em cada verso meu coração em fogo, é rima, é o grito.
Do amor errante e infinito, que me transcende a paixão
Além em essência, ao teu espírito, em forma do escrito.

Palavras perdidas, sentimento maior a tudo o que já dito.
Amor que desperta a vida e os sentidos, seu lugar é a imensidão.
Cumpra o seu destino, traga para a ilusão o real que te faz mito
 
Além da Essência ( Dueto com Murilo Celani Servo)

Fatos e Obviedades

 
Doçura não é falta de firmeza, sensibilidade não é fraqueza,
sinceridade não precisa ser sinônimo de grosseria e ser bom, não é o mesmo que ser tolo.
Silêncio não significa concordância. Compreensão está longe de ser subserviência.
Intuição, graças a Deus não é loucura !
E paixão, por ser intensidade , não deve ser confundida com falta ou qualquer tipo carência.
O amor inevitavelmente rima com dor,
traz em si contentamento, encanto
e também uma certa tristeza, mas por ser profundidade
e generosidade em essência, nunca,
mas nunca mesmo, nasce da vaidade, do orgulho e certamente não combina com superficialidade
ou falta de inteligência.
Estar perto nem sempre é estar junto, há saudades que são bem mais que uma ausência.
Viver passa depressa demais ... O tempo como um vendaval tudo traz, tudo leva, tudo desfaz.
Por sermos tão breves , sejamos leves.
O melhor que podemos fazer é nos deixarmos em paz.
É... A vida de vez em quando pode até ser doce,
mas assim como uma boa *rapadura, definitivamente, não é mole não.

*rapadura- doce de origem açoriana ou canária , produzido a partir do caldo de cana-de-açúcar de massa bem sólida, muito conhecido por ser uma sobremesa típica da região Nordeste do Brasil.
 
Fatos e Obviedades

Noite Escura

 
O dia está partindo, eis que a saudade caminha e chega com o seu adeus.

Já é tarde, o anoitecer se apresenta e traz consigo a lembrança do amor que desconheço e apenas imagino os carinhos seus.

Não há luzes na cidade, só posso ver a escuridão no céu.

Mesmo se, uma constelação em frente
ao meu olhar brilhasse, tudo permaneceria no mais profundo breu.

Nem todas as estrelas do universo poderiam me iluminar, diante de mim, em toda parte,
há somente um denso véu.

Nenhuma sombra irá me assustar.
Pois, hoje em verdade, o escuro da noite sou eu.
 
Noite Escura

O Amor E A Sua Solidão.

 
No amor não há misericórdia
descanso, ou solução.
Não há derrota ou vitória,
pecado, e nem mesmo salvação.
Não há certezas, nem respostas,
O amor nada e tudo comporta
não cabe em si, transborda,
no imenso vazio do que não se define,
é preciso em sua inexatidão.
O amor não tem começo, nem fim,
mas imensidão.
Nele inexiste o bom ou o ruim,
culpados ou inocentes, castigo ou absolvição.
No amor há amor somente, e sua solidão.
 
O Amor E A Sua Solidão.

Devaneio

 
Tome a minha boca com paixão,
mostre-me o vigor do seu desejo,
entregue-me mais do que o seu coração.
Transforme tudo o que eu conheço, num beijo,
prove o gosto do pecado e da redenção.
Sinta o paraíso ao alcance do toque dos nossos dedos,
no livre bailar das nossas mãos.
Almas que se procuram, ideias que se encontram,
corpos que se entrelaçam e se misturam…
Querer que alimenta e devora, veneração.
Palavras que provocam, intensidade de quem adora.
Como não te sonhar ? Devaneio... Amor de perdição.
 
Devaneio

Sentir É Mais Que Saber.

 
Entendo o seu pensar com o meu sentir.
Eis a minha maneira de compreender,
sentindo, é assim que sei.
Sentir é muito mais que saber...
Quando razão alguma é capaz de explicar,
quem sente, entende.
Na emoção encontro o meu porquê...
Sentindo, faço viva a poesia, sei o que é vida,
perfeita sabedoria, sinto o que é viver.
 
Sentir É Mais Que Saber.

Horizonte ( Dueto com Murilo Celani Servo)

 
Vida na arte pela contemplação ao mar
Olhos fixos pela harmonia do instante
Paralisante a alma que a cor ao olhar
Leva-a ao tempo de um infinito distante

Sem barreiras pela liberdade do voo e lugar
Na velocidade da luz que a torna brilhante
Respirando os sonhos pelo alcance do ar
Em que a visão pelo seu estado errante

No seu caminhar, andarilha do vento
Toca o sentir, transcende o sonhar
Desejar expresso no romper do firmamento

Viajante sem destino, além do seu tempo
no alvorecer do pensamento faz do céu o seu lar
Segredos confessos no silêncio do esquecimento.
 
Horizonte ( Dueto com Murilo Celani Servo)

Alma Liberta

 
Ilusão que entorpece, transfigura a realidade.
Vejo a ausência de cor dos dias que passam mas não acontecem,
quando quem que pode ser tudo, escolhe ser apenas saudade.
Num grito mudo ecoam as palavras que os pensamentos não esquecem, descortinam o véu, mostram a face da verdade.
Noites sem estrelas no céu,
na escuridão em que a vida se esconde,
morremos pelo conformismo da prudência covarde que nada arrisca, acorrentados à mesmice da mediocridade.
Mas eis que num vislumbre do absurdo,
por um instante de segundo os sonhos tornam a alma liberta.
Assim o poeta transcende o caos do mundo,
e testemunha o clarão da eternidade.
 
Alma Liberta

Reminiscências de Um Morto Vivo

 
Sei que diante do espelho não consegue mais se reconhecer.
O seu reflexo distorcido traz apenas tristeza e pesar.
Sua alma petrificada não mais sorri diante do que vê,
apenas os seu receio é capaz de lamentar.
E este seu medo é de quê ? É medo da vida ou é de viver ?
O horror deste mundo paralisado pelo conformismo
é o que deveria te assustar...
Um mundo sem amor, feito de covardia e egoísmo,
onde seu espírito foi vencido pelo comum,
em que você é apenas mais um e nada mais do que isso.
Condenado a viver dias iguais e vazios,
antes seu olhar tão singular e emotivo,
agora é ordinário e frio, desprovido de essência,
marcando uma existência sem propósito,
sem motivo.
Dos teus sonhos e desejos sobraram-lhe apenas reminiscências.
Lembranças cristalizadas, promessas esquecidas
no coração de pedra de um morto vivo.
 
Reminiscências de Um Morto Vivo

Amores de Conveniência

 
Realidade fria, de amores ordinários e emoções vazias,
onde os sentimentos se curvam a conveniência.
Todos vagam sem intensidade , sem essência.
Rebanho obediente as mesmas regras, cordeiros vazios de verdades,
cheios da mais absoluta covarde prudência.
Relacionamentos pautados na frieza do pragmatismo e seus interesses racionais ,
sempre de acordo com o comodismo e a ignorância dos padrões sociais.
Corações de pedra adormecidos na capacidade de amar
e de serem amados dolorosamente esquecidos.
Resistentes ao despertar, vagando por noites escuras na ilusão de já haver amanhecido.
Quem não conheceu o amor pode até ser perdoado por se contentar com tamanha subserviência.
Agora para quem já o conheceu e se entrega ao mundo onde ele morreu , penitencia o pecado,
paga o preço amargo pela sua demência.
 
Amores de Conveniência

Incompreendido

 
Pensamentos seus que me consomem,
tanta vontade de conseguir te ler...
Acabar com os espaços que te afastam
e te levam de mim,deixando aqui
o que eu não sei de você.
Na ausência dos dias que não acontecem, castigo,
adormecem a minha razão, emoção e sentidos.
Saudade, certeza da felicidade
que eu não sei deixar ir embora.
No vazio que me completa, eternas horas,
na presença do amor arredio
que mostra o seu desejo de estar só.
Naquilo que me dói procuro abrigo,
lembrar o melhor,
o meu querer nunca esquecido.
A chuva lá fora, até parece que chora
é triste a certeza do que não quer ser compreendido.
 
Incompreendido