Poemas, frases e mensagens de MatheusBelfort

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de MatheusBelfort

Memórias de um jovem qualquer

 
Nunca fui e serei alguém no mundo que vivo
Não identificado,deixado na garoa à própria sorte
Desejando por tudo o desabrochar de minha morte
Ironicamente lutando sem nem um pingo de força comigo

Me julgas sem antes olhar para si
Encontre com tua negra alma antes de a minha descobrir
Pois tu é um dos que roubaram-me tudo,sem eu poder reagir
Derramando meu mundo,minha miséria pertence à ti

Às vezes choro,sem ao menos o motivo saber
Minh'alma é doente e em tons,odiosa
Vivendo fora do eixo,de forma duvidosa
Lembrando das coisas que me aconteceram,segundo os "sábios",por merecer

Apodreço como um fruto engavetado por anos,e nem estão à se importar
E vós ainda se acham aptos para em algo se pôr à me julgar?
O pesadelo de minha vida não é só uma ilusão
Como posso viver igual à quem me bate sem perdão?

Minha vida foi rápida,imunda e amarga,certo não sei se estava
Não pude soltar-me da corda que à mim enforcava
Privado de amor e uma alma de felicidade
Fui lacrado em fechaduras sem chaves por toda a eternidade...
 
Memórias de um jovem qualquer

Desejo de lhe ter

 
Encontrei em teus olhos o universo, sem estrelas,brilhando
A escuridão que pensei poder iluminar à mim
Naquela imensidão inacabável,realmente não tendo começo nem fim
Era apenas uma sinfonia desafinada, em dissabores, vagando

Em teu sorriso vi meu mais primitivo "querer"
Almejando a doçura melada de tua boca e alucinações de tuas curvas
Contigo vejo transparecer tudo em águas turvas
Pela grande proporção do desejo de lhe ter

És a imperfeição maravilhosa em nossas mentes desajustadas
Paixão que surfa em fogo mesmo depois das ondas acabadas
Voando no sopro que empurra pensamentos que devo esquecer

Não quero teus olhos,aqueles pedaços do paraíso
Não te quero,pois de você é que eu preciso...
Se a paixão por ti queima como brasa,não há como conter...
 
Desejo de lhe ter

Somos Normais

 
Minha loucura é vital à minha "normalidade"
Sinto que necessito de cada milímetro dessa impureza
Do chorar que traz-me resoluta e única certeza
Que como tu,sou "normal" de verdade

As gotas de chuva que se intensificavam,não são especiais
Quando vejo que o agressivo dilúvio pra ti também se alastra
Que pelo vale de morte espinhosa,tu marcha
Tuas penas são reais,não superficiais

Oh meu deus,somos todos tão "normais"
Conseguimos mais que tudo,sermos assim,tão iguais
Inventando haver alguma diferença... Sem mais

Compartilhamos os mesmos gélidos sentimentos
Presos às mesmas correntes de sofrimento
Acredite,nossa "normalidade" nos torna "anormais"
 
Somos Normais

Vida de Poeta

 
Em seu mundo o poeta pode rir
Lá sente-se livre para voar
Também chorar e se despir
Aprende como se importar
Arruma motivos para na tristeza,sorrir

Contínua busca por paz
Vive a vida tendo às vezes que mentir
Torna a pior mentira na melhor verdade como ninguém faz
Inventa histórias,para intensamente sentir
Querendo acreditar,que ser feliz é capaz

O poeta é um palhaço sem maquiagem
Que de seu público se satisfaz
Cada texto em seu mundo,nova viagem
Amando cada verso cada vez mais
Atravessando sempre toda barragem

O poeta pena,sofre,vive,chora...
É capaz como ninguém
Por prazer,escreve à toda hora
Enquanto procura por alguém
Que como ele,ame sua obra"
 
Vida de Poeta

Chuvas de Verão

 
No derramar de vastas rosas espinhosas
Que aos poucos, gotejavam-me as nuas derradeiras
Em cada pingo contendo aquelas tuas glosas
Soando a cada hora passada, mais verdadeiras

Eu chamava-te em toda densa escuridão
Esperando por vir um grito para cá
Pois sei que a lástima onde, por mim, tu está
São rosas em tuas gotas, chuvas de verão

Te desejo, rodopiando meu próprio eixo
Lançando olhares a todas suas direções
A ti perder eu me recuso, não lhe deixo

Mantenho a chama de nossos vis corações
Fazendo-me realmente despencar o queixo
Pelo brilho envolto de tantas emoções
 
Chuvas de Verão

Dedico-te

 
Em mim,desague os receios
Amarguras condensadas
Por estes sinuosos meios
Destas dádivas não dadas

Tua seiva correrá em mim
Saturada de tua essência
Com ares de querubim
Não mais pedindo clemência

Pois és meu céu,mar e terra
És também espaço e tempo
Perigosa como a guerra
Delicada como o vento

À ti quero por inteiro
Em meu mundo e meu universo
Para provar que ainda creio
Eu te escrevo em cada verso
 
Dedico-te

Vago Solitário

 
Minhas memórias remetem à solidão,
Por ter meu espírito dilacerado.
À mim já tinha esperado,
Para poetizar,penar em castigo sem perdão.

Sem compaixão,miserável...
Aprisiono-me para libertação alheia
Para o amadurecer daquele que anseia
À felicidade e um sonho estável

Perco-me na escuridão de palavras mortas
Emanando luz por elas mesmas
Para dar-te aquilo que tu queiras
Em versos sinuosos e estrofes tortas

Vago à solidão portando uma caneta e nada além
Enfrento os frios e arrepiantes pesadelos
Que para textos,são como modelos,
Pois onde há um,há mais de cem
 
Vago Solitário

Pobre Solitário

 
Lá estava o pobre solitário
Escrevendo sua profunda poesia
Expressando tudo que sentia
Em seu esplêndido mundo imaginário

Afastava sua grande tristeza
Esquecia todo o sofrimento
Mesmo que só por um momento
De nada mais tinha certeza

Quanto mais palavras anotava
Mais rápido o tempo passava
Crescendo a vontade de escrever

A caneta era sua única amiga
Que através de sua escrita
Lhe dava um motivo para viver
 
Pobre Solitário

Beijo no Rosto,Tapa na Nuca

 
Teus beijos confortam-me os pesadelos
Por adocicar a boca e alma de meu ser
Eu faria tudo para novamente tê-los
Mesmo depois de tudo que veio à me fazer

Estapeou-me a nuca quando estava escuro
Mas beijava o rosto quando estava bem claro
És bijuteria em pele de diamante raro
Que tira os vergalhões à sustentar meu muro

Lobo em pele falsificada de cordeiro
A carta lida,nunca vindo à ser escrita
O todo sem estar comigo por inteiro

Aquela que pisa,e ainda sim,acredita
Ser a única que completa o rachado meio
Peneirado em migalhas por toda esta vida
 
Beijo no Rosto,Tapa na Nuca

Tu Não Merecia

 
Por que junto à ti não subi
Os imensos degraus sem fim?
No horizonte realmente vi
Tua triste alma vagando em mim

Mas isto tu não merecia...
A tua carne estão à perfurar,
E até não sendo profecia,
A vida tu veio à entregar

O sangue escorreu de teus dedos
Pintou o chão de pura tristeza
Apertando aqueles meus medos
Que brilham com muita clareza

Mesmo isto tu não merecendo
A brisa de dor te soprou...
E lhe cavou morte sabendo
Do ódio que tu não desejou
 
Tu Não Merecia

Apenas meu amor

 
A vós entreguei meu baú do tesouro
Recebendo também duas pérolas azul cristal
Que incendeiam meu mais profundo desejo carnal
Tão brilhoso quanto todo aquele meu ouro

Procuro-te em cada sujo pensamento
Lambendo os resquícios de doçura em teu corpo
A mais cara caravela do mais belo porto
Que navega os sete mares de cada singelo sentimento

Quero tocar-te com minhas mãos quentes
Quero tua alma e tudo que tu sente
Sem hora para, nas colinas,minha paixão se pôr...

De tanto te olhar,já lhe vejo transparente
Vejo teu desejo em um espírito ardente
Que apenas se acende na presença de meu amor
 
Apenas meu amor

A Peleja

 
De cá onde navegava alguns olhares
Tua boca de mel a mim, satisfaz
Quando a peleja que aqui vem e traz
Consigo, repouso em meus bravos mares

E lá, via um oceano teu, magistral
Assemelhando-se ao amanhecer solar
Ou até aquele teu sorriso de luar
Sacudindo todo o mapa astral

Voava o cabelo em meus compridos dedos
A brisa acesa de vil esperança
Em tua voz, esvair tantos segredos

Tão carentes de minha segurança
Regados por teus assombros e medos
Pela peleja nula em confiança
 
A Peleja

Solidão

 
Não há nada como a solidão
Tão amargo como o navegar em um mar de tristeza
Frustrante como o sabor da incerteza
Desconfortável sentimento de eterna rejeição

Me sinto como se estivesse vendado
À beira da depressão e inseguro
Temendo ao meu próprio futuro
Aprisionado às lembranças do passado

Passo por cima de todo sofrimento
Por todo pensamento em um enorme lamento
Rezando e imaginando um dia melhorar

Mas continuo neste tormento
Sentindo o gosto deste veneno
Que lentamente vem à me matar
 
Solidão

Querida Mãe

 
Querida mãe,aqui escreve um filho teu
Apenas para prestar-te minhas glorificações
Metamorfoseando palavras em ações
Para honrar o posto de filho que tu me deu

Para lembrar-te que teu amor é cristal
E demonstrar dentre as linhas deste caderno
Que preciso que de mim fique perto
Pois a cor de teu mundo torna o meu surreal

Doce mãe,desculpe pela demora
Perdi a noção das horas
Mas tu precisa agora saber

Que és a melhor dentre qualquer moça
Sendo minha luz,sustento e força
Mulher alguma lhe irá suceder
 
Querida Mãe

Júlia

 
O preço do "para sempre" contigo,nunca haverá quem pague
Para ter a eternidade à teu lado,o eterno não é demais
Tua luz envolta de beleza torna a escuridão em minha paz
Os olhos cristalinos sopram-me beijando em brisa suave,tu sabe

Eis aqui quem almeja teu diamante mais precioso
Que pulsa meu espírito em tons de rosa e vermelho
Preenche-me os oceanos de todo o ardente e farto desejo
Enquanto me passam pensamentos... um florido,outro malicioso...

Conto as horas em meu relógio solar
Para reencontrar-te em cada fim de tarde
Pintada em aquarela e emoldurada como obra de arte

Observando o contraste entre vós e o luar
Que se encontra em cada olhar estrelado
Em cada segundo que tu passa à meu lado
 
Júlia

Pare de me ligar

 
Pare de me ligar,
Entender ainda não conseguiu?
Por com veemência me rejeitar,
Por ti todo meu amor sumiu.

Se importar não precisa fingir.
De meu mundo fique longe,meu amor.
Pois quando resolveste ir,
Matou também minh'alma de dor

Não me ligue,meu amor
De você criei horror
Não mais beberei da fonte do sofrimento

Diferente podia ter sido
Se comigo compartilhasse o infinito
Ao invés de nosso lamento
 
Pare de me ligar

Dia Cinzento

 
Que dia mais cinzento e sem graça!
Nem se quer uma alma atreveu-se à aparecer
Devido ao choro das nuvens,já consigo saber
Que um dia infeliz nunca rápido se passa

Mas que dia mais solitário e modesto!
Contemplo no céu o bater de panelas de brilho branco
Por mim tanto faz,frio,faz tanto...
Por isso que dias assim,realmente detesto.

De minha caverna não posso sair.
Enquanto essa melancolia daqui não sumir,
Observo nuvens à rodopiar e dançar

Batucando,rabiscando toda aquela pintura
Será que como eu,há alguém,que também atura
O dia cinzento que teima em não acabar?
 
Dia Cinzento

Menina da saia rodada

 
Linda e toda abobada
Anormal e cheia de graça
Oque será que se passa
Com a menina da saia rodada?

De onde será que ela veio?
Como vem à ter tanto poder sobre mim?
Mesmo com ela não estando,anseio
Com ela mesma ser o meu fim...

Será que mereço amor,afinal?
Amor de menina da saia rodada
Dos olhos de um azul cristal
Da pele como a neve,tão clara...

Encontre o caminho para meu amor
Liberta-me da gaiola a qual estou
Eu preciso de teu calor
Pois sem você meu amor,nada sou...
 
Menina da saia rodada

Não me importa

 
Não me importa o assaz pesar de vidas passadas
Tampouco a vida que corre dentre espinhos e arames de farpas
Resisto à toda dor de sentimentos condensados
Enquanto estou à tripudiar meu ser,andando por caminhos mastigados

Forte eu eis de ser,embora meus olhos queiram navegar
Em vis cascatas e correntezas,vir à se afogar
Fazendo-me ansiar a espada de tinta,dela vir à me apoderar...
Meu preterido coração não para de soluçar

Ter de lutar,não mesmo,não quero mais
Um viver reto,liso e brando é como imagino ser a paz
Prefiro entregar meu espírito,o pôr à crucificar,
Ao invés de viver em benefício alheio e de mim,em detrimento,abdicar

Tornei-me a esperança de uma alma que brilha culta
Aprendi que o maior golpe é se abster
Me poupo quando não quero entrar em desnecessária luta
A mais poderosa arma que posso ter
É a que anota meus temores e amores para que todos possam ler
 
Não me importa

Ódio

 
Às vezes sinto-me só
Tão como estava Jacó
Em sua luta com o arcanjo
Vi distintas direções
Que implicavam más ações
Repudiadas por meus anjos

Vagante estrela enxergava
Em sonhos eu saltitava
Sob excrementos de dor
Que mais e mais eu tragava
Quando não mais respirava
Os perfumes de meu amor

O sol não mais tem sabor
Ódio corrompe seu odor
Faz meu coração parar,
Me agredir,sou masoquista
Existência não benquista
Neste ódio vou me afogar
 
Ódio