Poemas, frases e mensagens de marcomagal

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de marcomagal

Louco por ti

 
Testando sempre minha lealdade,
Meu corpo é teu, e minha vontade.
O desejo que me invadas com amor,
Nas línguas envolvidas com furor.

Minha fome por ti, é insaciável,
O teu sexo por mim muito rogado,
Minha sede por ti inimaginável,
O meu desejo em ti enclausurado.

Escorrendo em prazer ilimitado,
Anseia minha alma sempre ardente,
Nossos corpos em delírio acoplado,
Explodem num orgasmo plenamente.

Meu sangue por ti corre louco,
Minha alma por ti se incendeia.
 
Louco por ti

Grito de dor por me achar metade.

 
Grito de dor por me achar metade,
E da perda morre-se-me os sentidos,
D'amor, confiança, até a saudade,
Se perde na companhia dos vencidos.

Não mais carrego em luz a idade,
Mas o fardo que vai escurecendo.
Jaz já metade de minha claridade,
O tempo, o que resta vai comendo.

Zarolho que sou, não mais acerto,
Nem um sopro dessa meia, nem ais,
Tão pouco essa sombra esquecida.

Música minha, vida em desconcerto!
O que me cantas quando assim olhais?
Roubas-me a alma matando-me a vida.
 
Grito de dor por me achar metade.

O beijo de fome não mata nem abarca.

 
O beijo de fome não mata nem abarca,
Quando olho para essa louca boca,
Para o desejo que em mim me cerca,
Sinto que a minha boca é pouca.

Beijá-los, não seria boa cura,
Não saciaria a sede de vida,
Esses lábios, fonte de loucura,
Saboreá-los, era ser suicida.

Se os beijar, estarei eu febril?
Para a fome saciar serei gentil?
Não creio que assim haja alguém.

Se esses lábios os meus, beijar,
Haverá alguém para os separar?
Nesta vida...não haveria ninguém.
 
O beijo de fome não mata nem abarca.

Meu Amor...

 
Amor, é a palavra que me ilumina,
Quando sussurrada junto ao ouvido,
Coreografia de lábios que domina,
Incendeias minh'alma, sou vencido.

Teu toque, consome-me num segundo,
Rouba a razão, fico sem orientação,
Estremeço de novo, abalo o mundo,
Resistir? Insensatez, esforço vão.

Sinto como este amor me apetece,
Dos momentos em que me enlouquece,
Nos encontros de prazer ardente,

E sofregamente a ti me entrego,
Nada mais vejo, por ti sou cego,
Ardo amor, por amar-te eternamente.
 
Meu Amor...

Noite de luar

 
A noite evoca o sentimento,
Lembra-me meu amor na janela,
Leve como o toque do vento,
Cheirosa, decotada e bela.

A pele sobre o luar a brilhar,
Longe tocava uma bela sonata,
Por esse amor só queria gritar,
Era minha bela chuva de prata.

Os olhos fecham lembrando-a ainda,
E o vento à minha amada cheira,
Quando a lua, como ela, se faz linda.

Oh! Pobre Lua, não fiques com ciúme,
Mas é o vento, este amigo traquina,
Que consigo traz um antigo perfume.
 
Noite de luar

Navegando contigo...

 
Em meus sonhos, a distância do mar,
É a ponte que me une a ti, presente,
No despertar a luz é o abraço de ar,
Que faz que nunca estejas ausente.

Sinto em festa, a brisa marítima,
Na qual iço belas velas amigas,
Navego em sentimentos de estima,
Em bússolas de belas cantigas.

Nem sei porque agora tal me ocorre
Se algum dia a nossa amizade morre,
Era embarcar na viagem apenas d'ida.

Mas sonho e sonho, e eu tudo vejo,
Não memórias que venham de lampejo,
Mas caravelas da tua amizade querida.
 
Navegando contigo...

Escrevendo em teu corpo

 
Quero imprimir em teu corpo
o que possuo em minh'alma,
Quero ler feito um louco,
e poder contemplar com calma.

Quero tatuar as minhas emoções,
quero marcar todo o prazer,
e sob teu corpo permanecer,
revivendo assim as paixões.

De que serve tudo ter, tudo saber,
Assim se em teu corpo escrever,
Se um dia a memória desaparecer,
Nunca mais te poderei esquecer.

Seja por encanto ou fantasia,
Quero rescender a nossa paixão,
Quero que tu e eu sejamos magia.
Não quero que seja uma ilusão.

Por tudo isso...

Quero imprimir em teu corpo
o que possuo em Minh'alma.
 
Escrevendo em teu corpo

Tango

 
Banhados pela luz prata da lua,
Toda a tua figura me insinua,
Sobre o vestido te vejo nua,
Gladiamo-nos dançando na rua.

Ao som do Tango entrelaçados,
Ao som de amantes disfarçados,
Sensuais carícias cobiçados
Por mil olhos embeiçados.

Em cada impedimento um pagamento,
Em cada movimento um sentimento,
Do gemido da viola o sofrimento,
O desejo pede aprofundamento.

A luz e o espaço esquartejo,
Ao som do Tango te desejo,
E em rodopio te manejo,
E sobre a lua tudo vejo.

Ao som do Tango te seduso,
Onde cada passo é selvagem,
Danço num passo confuso,
Pois tudo em ti é vertigem.
 
Tango

Mulher

 
Ah... Coisa ruim, e tão gostosa,
Minha desgraça tão preciosa,
Loucura total, vil prosa,
Ilusão constante e carinhosa.

A dor que me fazes sentir,
O desejo proíbido do teu corpo,
És a tentação que finge vir,
És a promessa que não encontro.

Luto com ondas de rimas,
Abismo temperado de sal dor,
O Atlântico, mar de lágrimas,
Não condimenta o nosso amor.

Provocado pela ânsia.
Mergulho de atrevimento,
Mas afogado pela distância,
Que tanto provoca o tormento.

Como desejo atravessar,
Para nadar em teu corpo,
Mergulhar-te para amar
Animado por teu sopro.

Ah... Esse corpo em movimento,
Como Sonho em nadar assim,
Vem mulher, e por esse momento,
Traz o desejo e o frenesim.
 
Mulher

Apenas por um momento I

 
Sim, apenas por um momento,
Se a coragem tivesse tido,
De revelar meu sentimento,
Nosso amor teria vivido.

Sim, apenas por um momento,
Se pudesse atrás voltar,
A vida teria novo alento,
Por meu amor se manifestar.

Sim, apenas por um momento,
Pudesse esquecer este lamento,
Pudesse viver sem sofrimento,
Nosso amor teria um rebento.

Sim, apenas por um momento,
Queria que tudo fosse correcto,
Pudesse ao amor fazer o juramento,
Para o futuro não percorrer incerto.

Sim, apenas por um momento,
Eu ter-te-ia então amado,
E contigo elevar-me-ia decerto,
Meu grande amor imaginado.
 
Apenas por um momento I

De que vale ter e não sentir

 
De que vale ter e não sentir,
É como da desgraça apenas rir,
É ser um eterno insatisfeito,
E direito, o gozo sem efeito.

Como olhos que olham o escuro,
Sem passado presente e futuro,
Ter o sol e não ter sua sombra,
Querer no escuro ver a penumbra.

É ter os pulmões gritando por ar,
E estar presente no fundo do mar,
Viver em guerra estando em paz,
Sem esperança nem o que isso traz.

É ter um aperto e não ter peito,
É viver, sempre sempre desfeito.
É como viver no desinteresse,
Como se mistérios não houvesse.
 
De que vale ter e não sentir

Duas bocas, estão loucas, e tremem.

 
Duas bocas, estão loucas, e tremem,
As doces línguas, são moucas e gemem,
Não fogem, mas invadem, como selvagens,
Outras bocas e línguas, outras margens.

Tocam, estão nuas, sempre nuas, as duas,
Estão vivas, são dunas, são meias luas,
Independentes, impacientes, são carentes,
Protestam, atacam, mordem os presentes.

E dançam e nadam e suam, insatisfeitas,
Navegam corpos nos rios por si feitas,
Ateiam fogos, em corpos já ensopados,
E seus beijos são poemas declamados.

Poemas em versos de rosas perfumados,
Rimando nas línguas, de dois achados.
 
Duas bocas, estão loucas, e tremem.

Amor sem dor

 
Existe algo maior que o amor?
Algo tão grandioso sem essa dor?
Junto ao abismo tão intensamente,
Me perguntara idealisticamente.

Misericordiosissimamente,
O vento me sussurrava assim.
Maior que o amor contundente,
Só o amor sem grande frenesim.

Esse amor na complementaridade,
Com naturalidade por aí existe,
Graciosamente vence a brutalidade,
Muito raramente o deixará triste.

Olha, e descobrirás na amizade,
Esse 'amor', essa grande verdade.
 
Amor sem dor

Ler-te

 
Deixa-me ler teus pensamentos,
Que teu corpo seja como pergaminho,
Para que nesses breves momentos,
Eu te leia com imenso carinho.

Do movimento estranho que revelas,
Quero conquistar o significado,
Quero dessa leitura, sequelas,
Soletrar o teu corpo endiabrado.

Os teus gestos são poesia,
Declamada em cada rodopio,
E com toda a fantasia,
Esse teu livro copio.

Meu coração avança na cadência,
O tempo recua em cedência,
Quando leio tua correspondência,
Renasce toda a minha existência.

Que sotaque é esse no teu jogo?
Que me faz ir perigosamente,
Ao encontro do fatal epílogo,
Que queria adiar eternamente.

E de repente, salto em frente,
Numa viagem repentina, dormente,
Meu olhar não mais se encontra,
Teu livro li secretamente.
 
Ler-te

O nosso amor.

 
Reflectindo na pele, teu rio sua,
Teus olhos gritam, boca crua,
Teu corpo em pedaços, toda nua,
Fragrâncias de luz fogem da lua.

De luz adornando tua silhueta,
Líquida história te desenha,
Louca te percorre como uma seta,
Cobrindo-te de forma estranha.

Luz traquina de espelho partido,
Nas águas reflectem esse teu rio,
Meu corpo vibrante, enlouquecido,
Salta sobre o teu escorregadio.

E por um momento o mundo pára.

A lua cega pelo brilho solar,
Nem os passarinhos a chilrar,
Nem o vento feroz a assobiar,
Apenas tu sobre meu abraçar.

A Lua testemunha cega no alvor,
Ouve a exuberância da existência,
De dois corpos dançando no calor,
Da mais bela tórrida noite d'amor.
 
O nosso amor.

Sonho de Verão

 
Sabes, talvez não saibas, mas,
oiço o teu coração bater, e o meu,
pula de alegria, quando te sente junto.

Nessa eterna ternura, do infindável abraço,
desse momento que jamais é longo,
por muito longo que seja.

E as tuas palavras? Haaaa, todas elas mágicas.
Quando as oiço, o meu mundo fica preenchido,
são inúmeros contos de fantasia que criam,
onde a personagem principal és tu.
Só podia...

Sabes,
Sempre gostei de te beijar,
depois de saíres desse horizonte azul,
O teu corpo gelado,
contrastava com o calor da tua língua,
com um ligeiro toque a sal.

Não consigo esquecer esse gosto...

Nem desse, nem do teu atrevimento,
quando me arrastavas de volta,
para o azul frio.
Sempre aquela horrível sensação de quem
vai ser criogenado, mas, logo passava.

Logo que as tuas coxas me envolviam,
depois de se libertarem da opressão
da civilização, sentia a natureza.

Um vulcão em erupção que se acoplava
junto do meu ventre, queimando-me com
o seu magma.

Sabes,
Sempre foi bom essa tua rebeldia,
Os teus risos ainda ecoam na minha cabeça,
muitas vezes trazidos pela brisa,
vem juntos com os sussurros de prazer,
abafados pelas vagas.

Ainda sinto os teus bicos erectos contra
o meu peito, e o teu movimento de ancas,
em sintonia com as vagas, que me envolviam,
onde cada carícia se transformava em saudade.
e em cada saudade, a entrega de dois corpos,
ousando a plenitude do amor.

Por momentos,
A vertigem percorria todo o meu corpo,
estava em lugar nenhum, em tempo incerto,
sentir-te era o mesmo que ser invadido,
por indescritíveis sentimentos.
Nesses momentos o tempo dilatava,
não existia nada, nesse azul mar,
apenas eu tentando te amar.
 
Sonho de Verão

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.

 
Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me cega são os olhos.

São como lagoas cristalinas,
Ou a imensidão do universo,
Ou talvez luas traquinas,
Revirando meu mundo ao avesso.

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me provoca fome é a boca.

Larga, como uma cesta de fruta,
Oferecendo seus lábios frutuosos,
Em forma de coração para que desfruta
O dançar de línguas afectuosos.

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me ensurdece são os Ouvidos.

A magia das bobagens ao ouvido ditas,
Sussurros de amor, sensações estimuladas,
Palavras simples ou até mesmo interditas,
Arrepios soltos, invasões articuladas.

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me segura são os Cabelos.

Cabelos são ondas, são devaneios,
Trazem a brisa para eu navegar,
Tal como as crinas, são freios,
Quando me encontro a ofegar.

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me sustenta é o Pescoço.

Leito de mil mordidas e mil beijos,
Onde nasce a voz que reclama o desejo,
Pilar de fragrâncias escondidos,
Torre de marfim, santuário de meu festejo.

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me apega são os Seios.

Adoro quando se libertam de seus cativeiros,
Quando se erguem de bicos rijos e febris,
De novo entregando-se às mãos, prisioneiros,
Ofertando redondas maciezas belas e gentis.

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me dá vida é o ventre.

Esse vale místico de fertilidade,
A ligação umbilical da humanidade,
Afrodisíaco leito de minha insanidade,
Planície infinita de minha felicidade.

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me prende são as mãos.

As mãos de uma mulher são poesia,
Seus dedos, bailarinas de fantasia,
Bailando provocam-me arritmia,
Deixando-me entorpecido ou em extasia.

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me deslumbra são as costas.

Contemplar umas costas descobertas,
É maravilhar-se com a doçura,
São como persianas entreabertas,
Mostrando sua alma natura.

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me faz correr são as pernas.

Se torneadas por Deuses desconheço,
Mas são magníficas torres de seda,
E tropeço perante, porque enfraqueço,
Perante a mais bela visão recriada.

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me calca são os pés.

Se dourados pelo Sol lembram-me
Folhas alaranjadas simulando o Outono,
Se as cores se lhe evaporam,
Lembram-me flocos de neve,
Ou pétalas bailando ao vento.

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me endoidece é o seu quadril.

As nádegas, são Montes de ternura,
É a eterna formosura,
Que em momentos de penúria,
É o regalo da fartura.

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me aprisiona são as coxas.

Se entre duas coxas imobilizado,
Deixo de ser civilizado,
Desbravo esse teu império,
Até às portas de teu mistério!

Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.
Direi que o que me subjuga é o seu sexo.

Já não gosto deles guedelhudos imagine,
Lembram-me a barba do Aiatolá Khomeini,
Gosto rentinhos ou que me lembrem Lenine,
E que aparentem o núncio Buccarini.

Libertando-me escraviza-me de facto,
Nesse mistério me rende fiel,
Mas o que me envolve de facto,
é a sua alma de Mel.
 
Se me perguntarem o que mais gosto numa mulher.

Sobre ti, acordar.

 
Por Deus Dioniso possuída,
Ofertas teu corpo endiabrado,
E o meu de vontade destituída,
Sobre o teu caí deslumbrado.

Contorces voluptuosamente,
E eu gramaticalmente,
Soletro profundamente,
Esse teu outeiro ardente.

Desmancho-me em loucuras,
Nessa vastidão de prazer,
Submeto a carne às torturas,
E junto sinto-me enlouquecer.

Do duelo amoroso extenuado,
Na doce pele quero adormecer,
Esqueço-me em ti apaixonado,
Para te recordar ao alvorecer.
 
Sobre ti, acordar.

Apenas por um momento - II

 
Se por um momento eu tivesse,
Um controlo remoto universal,
Meu infortúnio seria benesse,
E toda a vida circunstancial.

Poder parar no momento certo,
Fragmentos preciosos de vida,
Os bons momentos a descoberto,
Os maus jamais seriam ferida.

Andar para trás quando errado,
E para frente se não interessa,
Como seria bom ter esse aliado.

Aperto Pausa quando é frenesim,
Ou no Standby se cansado ficar,
De volta ao Play, se no camarim.
 
Apenas por um momento - II

Sou teu prisioneiro.

 
O teu ser, o vento acariciava,
Erguia torres em tuas naturezas,
O doce mel sobre as maciezas,
Que minha língua serpenteava.

Minhas mãos, por ti aprisionadas,
E como, o vento, em ti vagueavam,
Entre montes e vales, condenadas,
Com o prazer as graças semeavam.

Sentimos o crescente arquejo,
Aprisiona-nos o ardente desejo,
Nosso amor não murcha, não cansa,

A lava que de paixão nos queima,
O laço poético nos corpos rima,
O quadro pintado de esperança.
 
Sou teu prisioneiro.