Poemas, frases e mensagens de FATUQUINHA

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de FATUQUINHA

Uma Rosa e um Café

 
Uma Rosa e um Café
 
Uma Rosa e um Café

Ah, era tudo que eu queria!
Sobre os livros que contavam os romances de outrora...
Folhas amareladas pela erosão do tempo.
E as lembranças de uma época que não volta mais!
Tempos que o romantismo existia na melhor concepção da palavra...
E que o meu amor, ao teu, se consolidava...
Uma rosa e um café.
Disso que eu preciso agora.
Reler poesias nossas, com gosto de saudade...
E a vontade imensa de ter-te novamente a meu lado.
Óleo e água não se misturam, entretanto, café e leite, sim...
Ah, se nada disso tivesse se transformado em pétalas de rosas secas!
Um romance que ainda não teve fim...

Fátima Fatuquinha Abreu
 
Uma Rosa e um Café

NOVAS MONTAGENS

 
NOVAS MONTAGENS
 
NOVAS MONTANGENS

Remonto pedaços cacos que um dia se espalharam...
Remonto caminhos alternativas que aparecem...
Remonto e continuo, embora, muitos achem que devo parar...
O mundo gira; eu também sigo a roda da vida...
Remonto e faço o meu "quebra cabeças": peças que se juntam...
quem sabe um dia, não ficam na mesma caixa?

Fátima Fatuquinha Abreu

Éramos um
Antes
de partir o teu coração
Em cacos fui transformado
Minha insensatez
Os meus caminhos
Eram fartos
De lindas paisagens
Porque o meu caminhar era contigo
Você continua
Eu paro.
Embora muitos
Achem que devo continuar
Os meus cacos não se refundem
Porque parte deles
Era você
O mundo parou
E a roda da vida se quebrou
Para mim não restou “Quebra-cabeças”
E a caixa sempre estará vazia
Falta você

Juarez F. Dias Filho

Remonto nossa história?
Deixar tudo tomar seu rumo?
Já não sei o que pensar...
O vento é meu aliado!
Vou ser brisa ou tempestade?
Ah, quisera saber!
Na verdade, o que me deixa acomodada nessa situação, é bem especial:
Saber que além de tudo que se passou, ainda amo você...

Fatuquinha
 
NOVAS MONTAGENS

AMOR DISTANTE

 
Amor Distante


Ah, se o amor fosse menos distante!

Se as horas não corressem tão devagar, para ele enfim chegar!

Ah, se o momento não fosse tudo que temos !
Se o segundo fosse eterno , tanto quanto essa distância louca , que nos deixa com mel querendo a outra boca ...
_____Tão minha essa dor quanto sua! E choramos...
Tão distante,

Tão verdadeiro esse amor!
Você de lá, e eu de cá

E a vontade que nunca cessa, de estar novamente entre as mesmas cobertas!

(Fátima Fatuquinha Abreu)
 
AMOR DISTANTE

LINDA SEREIA

 
LINDA SEREIA
 
Hoje é o dia do FOLCLORE :)
Tenho alguns contos com figuras do nosso folclore brasileiro, como Iara, o Saci, Curupira, entre outros.
Gosto de tudo relacionado à folclore: danças típicas, lendas e mitos, pratos e festas regionais...
Em meu blog há poesias para uma personagem que não está somente em nossas lendas, como pelo mundo inteiro: A SEREIA.
Então, em homenagem ao dia, vou por aqui uma dessas poesias, retiradas do meu blog LAR:

Linda Sereia

Dos cabelos cor de fogo

Que o luar clareia,

Brasa que a um homem, incendeia...

Linda sereia

De todos os mares ela surge...

Cria de Netuno

Sedução no seu seio, urge.

Linda sereia

Rainha dos oceanos

Pode ser encontrada também

Nos leitos dos rios, em cachoeiras...

Mas, a sedução é a mesma:Seja Iara ou Sereia

Fatuquinha
 
LINDA SEREIA

BEIRANDO A ESTRADA

 
BEIRANDO A ESTRADA
 
Não pronuncio mais palavras de paixão.
Há nos versos dos poetas, um pouco de verdade.
Caso se sinta o que diz nas linhas, melhor abrir de vez o coração.

Quando se está apaixonado, há o encanto que faz as letras soltarem, alguma rima até sai...
Entretanto, o poeta se encontrando em desilusão, só surgem palavras secas:
Como as regiões desérticas do sertão.

Minha melancolia se expande para além do meu próprio eu.
Solto ao vento, qual pássaro alçando voo em suave brisa...
Com palavras de cor parda, para não dizer cinza.

Não sei tomar conta dos meu passos.
Eles estão vacilantes no momento.
O meu erro maior está no sentir. Queria ser diferente e não ter medo de nada.
Como viajante beirando a estrada...

Fátima Abreu FATUQUINHA
 
BEIRANDO A ESTRADA

A PRINCESA & O BARDO

 
A PRINCESA & O BARDO
 
DUETO FEITO EM: 26/07/2016
LEIA-SE: DC= DELONIR CAVALHEIRO
FA= FÁTIMA ABREU FATUQUINHA

A tua amada em noite enluarada, se vê presa a lençóis de outrem...
Enfim, é a vida!
Quando o amor se perde para a dor...
A tua amada avança pensativa à janela...
Olha para o brilho da lua, o que será que espera?
Teria dado ao seu amado poeta, motivo para voltar?
Percorreria terras distantes, por rios ou mar?

Fátima Abreu FATUQUINHA

DC:
A dor ensina a viver
Se de outro se enamora
Não era de ser
O que tiver de ser meu
O futuro trará
Talvez nas noites
Um ou outro corpo
Me aquecerá

FA:
Será que o perfume de rosas em seus cabelos, ele vai relembrar?
Dele, ela tem somente o cheiro, em seu travesseiro...

O corpo se aquece, com o amor que bem se merece!

DC:
De que adianta trôpego passo
Amanhã ela me receberá?

FA:
Embriaga-se a amada do bardo, em vinho tinto e suave... esqueceria-o?
Não! Pois essa não era sua vontade...
Receberia sim, dentro do corpo ardente, que pede o dele, clemente!

DC:
Talvez a canção da lira
Ode ao luar
Que faço eu para te amar?

FA:
Faça apenas o que seu coração manda, poeta que me encanta!
A tua lira trovará para mim, e meus olhos se perderão aí então se fechará meu pranto...

DC:
Enfim debruça a noite gélida
Quisera ter teus lábios quentes e teus abraços a me aquecer.
Talvez teu corpo quente. Em alvos lençóis a me receber

FA:
Ah, mas essa saudade há de passar! E o encanto do trovador, na minha memória há de ficar!
Recebo-te, qual iguaria para sua boca...
Abro o que queres de mim, tal qual rosa que desabrocha

DC:
Saudade, saudade
Passa e não demora
Fere meu peito
Ferro em brasa
Chegue o amanhã
De novo vou te ver
De lira em punho
Fazer amor até amanhecer

FA:
Toma-me agora! e percorreremos juntos, a geografia de nossos corpos
O amanhecer encerrará a noite inteira que de amor, se terá
E o trovador poeta de nascimento, cobre suavemente sua bela amada, como sua brisa a tocar-lhe macia o corpo desnudo, na cama já fria...

DC:
Passear por montes
Dedos corpóreos
Desvendar o segredo e te fazer poesia
Na noite de amor
Inteiramente minha

FA:
Tua! sim, que meu corpo seja estrada nua!
Ah, quisera ter-te em todos os momentos, é verdade!
Bardo que me acalma toda as vontades!

DC:
Estrada nua pra mim
Caminho reto
Campo certo
Para de novo te amar
Estrada nua
Me acende
E me acalma
A alma
E assim
Este poeta vagabundo
Parte do mundo
Em paz
Por que amou
E foi amado

FA:
A alma branda, enfim junta-se a tua!
E no soar do cantos dos pássaros ao amanhecer estaremos juntos poeta e musa...
Eu e você
 
A PRINCESA & O BARDO

DUAS POESIAS PARA VOCÊ

 
DUAS POESIAS PARA VOCÊ
 
Ah, Saudade!

Palavra que a língua portuguesa detém!
Sentimento ímpar.
Da dor por um alguém...

Saudade, dor dilacerante!
Da música que ficou a quem ela correspondia...
Do perfume, do som da voz, da lembrança daquele trejeito...
Ah, saudade! Lança aguda no peito!

Você se pega falando de quem não mais está.
Relembrando momentos de outrora...
E quando pega uma fotografia, enfim, você chora.

Saudade, ausência que arde.
De uma época que não volta mais...

Fátima Abreu Fatuquinha

Abram Alas a Poesia!

Minha, sua...
Voe sobre mares e vales.
Sinta na pele as palavras versadas com amor...
Prove da sensualidade, que as letras provocam...
Fuja da sua rotina, menino, menina!
Permita-se voar na poesia...
E crie sensações dentro de si.
Quem lê poesia e a sente, da asas a mente!


Poeta, é uma pessoa perigosa, porque o leitor acaba se incluindo nas palavras que lê...
Ser poeta e conquistar outros com aquilo que vem de seu interior.
Poeta, um adivinho de sonhos e desilusões...
De magoas e paixões.
Ser poeta encantar quem nunca te vislumbrou.
De se apaixonar, quando um dia te encontrar.
Sou poeta, nasci assim
E deixo sempre na minha escrita,
Um tanto de mim...

Fátima Abreu Fatuquinha
 
DUAS POESIAS PARA VOCÊ

MOÇA NA JANELA II

 
MOÇA NA JANELA II
 
MOÇA NA JANELA II

Inconformada, a moça ainda espera por trás do vidro da janela...
Teme a notícia, talvez, a desesperança.
Apararam suas asas, cortaram seu sonhos.
Perante o vidro frio, e um pouco embaçado do final de inverno, ela espreitava:
Será que a vida a deixaria triste de vez?
Ou sorriria com traços de boas novas?
A esperança de total liberdade a movia:
Dali em diante, aguardaria ansiosa.
Anjos não devem ter sua liberdade tolhida.
E amores não devem ser forçados.
Seu sequestro, seria descoberto.
E depois disso, ganhando asas de anjo novamente, alçaria voo livre...
Percorrendo todos os espaços.
E voltando ao amor verdadeiro, que nela, ainda vive.

Fátima Fatuquinha Abreu
 
MOÇA NA JANELA II

INSISTA & PERSISTA!

 
INSISTA & PERSISTA!
 
REFLEXÃO LOGOSÓFICA:

Penso que a dor seja inevitável. É comum ao ser humano. Em doses diferentes para cada um.

O aprimoramento e a evolução dependem disso também.

A coragem está em aguentar-se.

Nem sempre somos o suficiente.

Entretanto, cada dia nasce para que tentemos.

Fatias de um grande bolo, chamado planeta Terra.

INSISTA E PERSISTA

A viagem no orbe continua:

Trilhas tão minhas, quanto suas.

Somos UM.

Partículas do Pai Eterno:

Dentro de nós, Ele habita.

Então não desista:

Dos amigos,

Da família,

Da vontade louca de ser feliz!

Tampouco, do sonho que dentro de si escondia...

Apenas sinta a brisa que toca seu rosto...

Pare, pense, sinta!

Nas pequenas coisas é que encontramos a felicidade.

Reflita que suas dores são menores que de milhares de pessoas espalhadas por aí.

E que pode fazer o BEM, para alimentar a Centelha Divina que carrega dentro de si.

Dessa forma, fará alguém sorrir.

Ainda que mares de choro brotassem de seus olhos límpidos,

Encontrará forças na meditação/oração, ou como quiser chamar.

Refletimos para nós, o que fazemos a outrem.

Faça então o seu melhor, e somente o BEM.

Fátima Abreu FATUQUINHA
 
INSISTA & PERSISTA!

Francisco De Toda Parte

 
Francisco De Toda Parte
 
A jovem era uma rebelde sem causa, acabara de sair da adolescência, fase difícil, quando os hormônios mandam mais no corpo do que a razão...

Caminhava pela estrada encolhida pelo frio e chuva. Não tinha ideia aonde estava naquele momento, tinha sido deixada ali, após um sequestro relâmpago no estacionamento do shopping center.
Horas antes havia se divertido muito com a sua turma do primeiro semestre da faculdade.
Resolveu pegar a moto e ir embora antes que a cerveja a deixasse sem controle da visão ou do equilíbrio...
Despediu-se então da turma e seguia para o estacionamento, quando alguém a abordou pelas costas, e ela conseguiu sentir a lâmina roçando em sua carne...
Ele sussurrou baixinho ao ouvido:
- Quietinha garota! Agora sobe normalmente e vamos embora...
Ela obedeceu sem tentar olhar o rosto do seu agressor.
Virou a chave e ele subiu em seguida, segurando a jovem pela cintura. Ele ainda com a faca ameaçadora apontando para suas costas, por baixo da jaqueta.

Saíram dali sem chamar atenção. Pareciam apenas namorados.

Já em certa altura, ele pediu que ela lhe desse a bolsa para ver se tinha cartão de banco ou dinheiro.
Encontrou apenas dinheiro e um celular de última geração que deveria lhe render um bom dinheiro...
Então ele pegou o que realmente interessava, e enfiou no bolso da calça jeans surrada, e rasgada na altura do joelhos.
Depois disso, pediu que ela parasse e descesse ali, no acostamento da estrada que levava à Vargem Grande.
Ela obedeceu sem abrir a boca para reclamar: Naquele momento, a rebeldia foi calada...
O delinquente então, tomou seu lugar na moto, e virou-se para a jovem dizendo:
- Bonitinha como é, logo tem gente te dando carona.
Ela segurou um palavrão, que chegou a vir na ponta da língua... Mas, as poucas aulas de psicologia que recebera, ajudaram naquele momento.

A boca que muitas vezes respondia seus pais em casa, fechou-se num mudo nervosismo...
Ele saiu rindo da cara dela.
A moça "bonitinha" não achava que ali, aquela hora da noite, numa estrada escura, tivesse a chance de alguém socorrê-la...
Colocou a mão na jaqueta, ainda com um impulso involuntário de pegar o celular para ligar para seus pais... Sempre o levava rente ao corpo, por que dessa vez, teve que colocá-lo na bolsa?
Balançou a cabeça achando-se uma tola, com tal pensamento: Seria óbvio que ele acharia o celular de um jeito ou de outro... Nem que tivesse que apalpá-la para isso.

Seguia de cabeça baixa, olhando o chão molhado, e sem muita esperança de algum carro passar por aquele atalho...
Era uma estrada pouco usada, só conhecida pelos moradores do local.

Foi assim desanimada, e sem prestar atenção em nada além da imensidão que aparecia em sua frente, que uma pickup apareceu com faróis altos. Ela então saiu daquele quase "transe" em que estava, para bloquear o desespero e a vontade de chorar...

Um homem dos seus 40 anos aproximadamente, parou com o carro e falou abrindo o vidro:
- Menina, o que te aconteceu para estar aqui só, pegando essa chuva, nessa estrada quase sem iluminação?

Ela olhou já com uma lágrima descendo pelo rosto, e respondeu:
- Acabei de passar por um desses "sequestros relâmpagos"... Pode me dar uma carona para sair daqui?
- Venha, entre logo, antes que pegue uma pneumonia! Deixo você em casa ou numa delegacia?
- Em minha casa, tudo que eu quero agora, é um banho morno e minha cama... Pela manhã dou queixa.

O homem nada disse, e apenas destrancou a porta para que ela entrasse e a levou para casa.
Seguia um itinerário que não era o seu realmente, só para poder ajudar aquela jovem: Pensava que poderia ser uma filha, sobrinha, que pudesse estar nessa situação, e que agradeceria à Deus, que alguém tivesse a mesma atitude...
Ao deparar com a porta do edifício onde morava, ela desceu do carro, e disse virando-se para o homem:
- Eu estava tão preocupada comigo mesma, que não perguntei o seu nome...
- Meu nome é Francisco. E o seu?
- Meu nome é Madalena, mas me chamam apenas de Lena... Obrigada pela carona, do fundo do coração! Como posso ajudá-lo, retribuir esse grande favor? Talvez uma ajuda...
- Não quero nada, Lena, fiz porque se fosse alguém da minha família, na mesma situação, iria agradecer muito se alguém ajudasse da mesma forma. Mas, você pode retribuir um favor a outra pessoa, isso se chama "CORRENTE DO BEM". Já ouviu falar?
- Não, só em filme...
- Então, ponha em prática na vida real a partir de agora, e em breve essa corrente pode chegar até o outro lado do mundo!
- Sim, farei isso! Obrigada mais uma vez... Chico.

Ele sorriu, percebendo que ali começava uma nova perspectiva de vida... Apertou a mão da moça, e disse:
- Diga ao seu pai para lembrar do dia quatro de outubro.

A jovem estranhou, mas, fez que sim com a cabeça.
"Ah, deveria ser porque hoje era esse dia, e ele teria de lembrar..."
Quando Lena fechou a portaria do prédio, deu mais uma olhada pelo vidro, e não viu mais a pickup.
Chico deveria estar com muita pressa mesmo... Afinal, tinha saído do seu caminho para levá-la até ali.

Ao entrar em casa, ela relatou tudo aos pais. E por último, deu o recado que Chico havia pedido...
O pai imediatamente ficou aturdido. Lena e a mãe notaram a mudança de expressão no rosto do homem.
A mãe dela, então perguntou:
- Mas, o que foi homem?
- Foi exatamente há um ano, que passei por essa mesma estrada, e atropelei um cãozinho que atravessava... Nunca contei por esquecimento talvez, sei lá... Fato que não me importei, e segui sem parar para ver se ele ainda vivia...
Lena então disse ao pai:
- Eu estranhei tudo isso... Mas, vou fazer o que ele me pediu, retribuir um favor a outra pessoa.

A mãe disse:
- Faz muito bem, minha filha.
Foram todos deitar, entretanto, Lena mesmo depois do banho morno e relaxante de banheira, e estando em sua cama, não conseguia dormir...
Foi até a janela olhar a rua, e do alto do quinto andar, viu uma figura vestida como um monge. Ele tirou o capuz sobre a cabeça, e acenou exatamente para a janela, como se soubesse que ela estava ali...

Não conseguia identificar quem era, mas, de uma coisa sabia:
Teria que seguir os sinais.
A Corrente do Bem recomeçava...

Fátima Abreu Fatuquinha
 
Francisco De Toda Parte

A MALA DA GATINHA FATUQUINHA

 
A MALA DA GATINHA FATUQUINHA
 
A MALA DA GATINHA FATUQUINHA- FÁBULA

A gatinha Fatuquinha tinha que mudar de casa, pois ali onde morava, adquirira asma.
Pediu aos seus amiguinhos, os animais da floresta, para ajudá-la a procurar uma nova casa...
E dias foram passando, até que o cavalo Adriano, seu mais novo e dedicado amigo, conseguiu achar uma moradia, que satisfizesse aos anseios da gatinha Fatuquinha.

No dia combinado para a mudança, todos os animaizinhos se ofereceram para ajudar a colocar as coisas da gatinha no caminhão. Embora ela não tivesse lá muitas coisas, devido a enchente que havia acontecido meses antes...
Como precisava de ajuda, aceitou, desde que fosse Joana, a joaninha, encarregada de tomar conta das coisas. A joaninha com lápis e papel na mão, dava o visto, enquanto eles punham tudo no caminhão...
Sim, ela era a melhor escolha para organizar tal tarefa:
Apesar da baixa estatura, tinha muita percepção, era decidida e de personalidade forte e transparente.
Na verdade, cada bichinho da floresta era um ser ímpar!
O garanhão Adriano, se encarregou de amarrar tudo, com uma corda bem forte, por cima do caminhão, ao terminar tudo.
A bicharada foi seguindo o caminhão, até o final da estrada.
Era ali, a tal casa que a gatinha agora moraria.
A gatinha Stella, amiga de longa data de Fatuquinha, desde os tempos da adolescência, agora era esteticista, mas, ao saber que sua amiga precisava de ajuda na decoração da nova casa, ofereceu-se para tal tarefa.
Stella gostava de cantar e Fatuquinha, de cantarolar...
As duas começaram juntas na maior animação! Fatuquinha foi para o piano tocar e cantar uma animada canção. MPB das antigas, dos anos 70/80, era as que elas mais gostavam de cantar...

Os animais acompanhavam fazendo aquela festa! Uns trazendo os móveis para dentro, e cantarolando juntos, outros com caixas de papelão nas mãos, dançavam animados...
Patty, a águia ibérica, vinda da Espanha para uma visita aos amiguinhos, dançava animada com suas castanholas, até que olhou da janela para fora...

Muito observadora, amiga de todos, de personalidade forte, e cativante ao mesmo tempo, disse para os demais:
- Não é melhor acabar logo com essa arrumação, gente? Olha, que já vai cair a tarde, logo escurece...
Todos concordaram.
No dia seguinte, a gatinha Fatuquinha, arrumando todas as caixas, para organizar finalmente sua nova casa, percebeu que faltava sua mala. Olhou daqui e dali e nada! Foi quando o seu novo amigo, Adriano, chegou para uma visita, saber se ela estava bem acomodada.
Ela disse então, ao amigo garanhão:
- Cavalo Adriano, minha mala sumiu!
- Como assim?
- Ela não está dentro de casa... Será que caiu do caminhão, na estrada? Não vou ficar de braços cruzados aqui... Tenho que agir!

O garanhão Adriano, quando soube do acontecido, prontamente se ofereceu para fazer uma reunião na clareira da floresta no sábado seguinte, quando todos estariam de folga.
Disse para a gatinha Fatuquinha:
- Melhor fazer uma investigação! Todos são suspeitos. Ninguém está livre disso não!

Na verdade, a gatinha não gostou do que seu amigo dissera:
Porque em seu coração amoroso, todos seriam incapazes de roubá-la!
Porém, uma atitude tinha que tomar... A gatinha Fatuquinha não tinha muita coisa na vida, não tinha interesse em coisas materiais, para ela, o importante era manter as amizades, ter o carinho e atenção e dar da mesma forma, aos seus amiguinhos... Temia que os animaizinhos da floresta, entendessem mal, tal investigação...

Triste com aquilo, Fatuquinha começou a agir de seu jeito:
Saiu perguntando a um e a outro bichinho que encontrava, se tinham visto uma mala pela estrada.
Ninguém!
Enquanto isso, o garanhão Adriano, começava sua investigação:
Saiu com sua lupa pela floresta, procurando pistas e pegadas... Mas, claro eram muitas, pela longa estrada!

A gatinha encontrou sua amiga, Stella, que saía de casa para fazer a estética da vizinhança.
Fatuquinha lhe disse lamentando:
- Amiga, estou tão triste! Na mudança, perdi minha mala... Logo isso foi sumir! Tinha tanto valor para mim...
- Não se preocupe, amiga. Vamos reunir os amiguinhos e pedir que procurem por todos os cantos. Iremos encontrar sua mala. O que ela tem dentro?
- Coisas muito minhas, segredos de gatinha...
- Vejo que nem a mim quer revelar... Tudo bem, mas, vamos procurar!

Veio bichinhos de toda parte, até os que não estiveram na mudança do dia anterior:
A ovelha Kátia que era terapeuta dos animaizinhos, o canário sertanejo Tay, a meiga corujinha Ivy, e a sorridente e até meio cômica, morceguinha Eliza...

A pergunta foi feita:
- Vocês viram a mala da gatinha Fatuquinha?
- Como? - dizia um...
- O quê? - dizia outro...
- Sumiu? - perguntou mais um...

A cadelinha Frann mostrou-se muito preocupada com tal sumiço... Afinal, ela era uma amiga querida da gatinha Fatuquinha e não queria que ela ficasse triste.
Frann era de bem com a vida, bonitinha, e muito certinha também! Não gostava de que seus amigos ficassem deprimidos com nada! Ela foi a motorista do caminhão, e se achava bem envolvida naquilo.
Começou a perguntar a um e a outro, o que fizeram depois da mudança.

A gatinha Fatuquinha ficou até sem jeito com a atitude da amiga...
Entretanto, Frann era uma cadelinha que levava muito a sério as coisas: Não admitiria que alguém houvesse roubado sua amiga!
Uma confusão então se formava:
Um bichinho acusava o outro, e Eliza com seu bom humor, a situação contornava...

Já o cavalo Adriano, queria dar uma de detetive Sherlock, e não se intimidava em cuidar disso...
Disse em alto e bom tom:
- Todos são suspeitos agora! Vou então, começar minha investigação...

Houve um burburinho...
A unicórnio Lílian (ser mágico que era), fez um encantamento para acabar com aquele reboliço, protegendo a todos, uns dos outros...
Muita justa e centrada, disse então, depois de realizar sua magia:
- Meus amigos, não é a gatinha que desconfia de vocês, é o garanhão Adriano, pois quer levar a fama de detetive, para se promover em meio a bicharada! Justiça tem que se fazer! Caso haja um culpado, vamos encontrá-lo! Mas, sem violências verbais, por favor!

Tendo dito isso, os bichinhos se afastaram, ainda um olhando desconfiado para seu vizinho...
Porém, aquele mal estar geral, havia cessado.

Durante quinze dias, a investigação foi realizada. Mas, o garanhão não encontrou nada...

A gatinha Fatuquinha nesse ínterim, recebeu a visita da unicórnio Lílian, muito respeitada por todos, era advogada. Muito centrada nas leis, e muito reservada também, pôs-se ao dispor da gatinha, caso quisesse processar alguém...
Entretanto, Fatuquinha era da paz, já não queria saber de mais nada:
Ficara triste pela confusão formada.
Não gostou de saber que seus amigos se estranhavam uns aos outros, suspeitando de cada vizinho.
Nada disso ela queria!

O leão da floresta, garboso que era, e rei da bicharada, não se achava suspeito de absolutamente nada...
Egocêntrico, achava-se o próprio sol do sistema solar!
E quando o cavalo Adriano veio interrogá-lo, se achou afrontado!
- Aonde rei Delonir Leão, sua majestade estava, no dia da mudança da gatinha?
- EUUUU? -gritou o rei
- Sim, Vossa Majestade...
- Que afronta! Não sabe que sou livre de qualquer suspeita?
- Ora, desculpe-me, rei Delonir Leão, mas, não é por ser o dono da floresta, que fica isento de investigação!
- Só pelo seu atrevimento engulo-te todo, cavalo rabugento!

E de uma só investida do rei Delonir, o garanhão Adriano, perdeu a vida...
A notícia correu rapidamente a floresta:
O encarregado de tal façanha, fora o esquilo Sílvio César, pois adorava "o circo pegando fogo"...
Ele era muito engraçado, entretanto, muito provocador também. Fazia musculação na academia da cidade.
E as moçoilas da floresta, o achavam cheiroso e atraente...
O esquilo Sílvio não parava quieto, sempre correndo de um lado para outro...

A cadelinha Frann, Joana, a joaninha, mais experientes que as demais, tinham ficado ressabiadas com o esquilo... Porque gente que muito ri, fazendo troça de tudo, tem que se ter certa desconfiança: Vai que esconde um segredo...

Já estivera antes na investigação do cavalo Adriano, e também ficara incomodado:
Onde já se viu? Desconfiar dele, logo o mais cobiçado!

A gatinha Fatuquinha ficara desolada: O rei dera cabo de seu amigo fiel, por causa de sua mala!
Nunca imaginaria tão triste final, para o garanhão Adriano...

Uma nova investigação fora decretada: Dessa vez pelo próprio rei Delonir Leão.
Achava que o culpado tinha que aparecer, antes que ele comesse os seus súditos por indignação!
A patinha Nanda, esperta, centrada, observadora, fora chamada: Estudava comportamento humano e isso, servia também para toda bicharada! Era também a melhor nutricionista da região! Passava dietas e ensinava a um e outro, a boa alimentação...

A patinha prontamente aceitou sua missão, afinal, seria um bom estudo prestar atenção a cada um...
Ela mesma já tinha pensado em iniciar uma investigação!
Nandinha, como era chamada pela gatinha Fatuquinha, de celular na mão, foi tirando fotos daqui e dali, gravando vídeos do cotidiano de cada animalzinho que estivera envolvido na mudança...

Ela chegou numa tarde de domingo, com seu violão na mão, na varanda casa de Fatuquinha, convidando-a para cantarem uma canção: Sabia que a gatinha gostava de "brincar de cantar", como ela dizia ronronando...
Os bichinhos da floresta, ouvindo a cantoria, se aproximaram, achando tratar-se da mais nova dupla sertaneja formada!
De fato, faziam uma boa dupla a gatinha e patinha... Pela diferença de idade entre ambas, podia-se dizer como mãe e filha!
A patinha Nanda na verdade, queria avaliar uma suspeita:
Sendo a gata Fatuquinha, tão desprovida de materialismo, (via-se pela casa mesmo, que nada tinha de luxo ou muito valor) não deveria ter na mala desaparecida, nada que outrem quisesse além dela própria!
O que seria então, de tão valoroso para a gatinha?
Teria de ser por certo, algo muito sigiloso e especial, pois ela até aquele momento, não revelara a ninguém o conteúdo da mala...

Depois disso, os animaizinhos retornaram cada um, ao seu local de origem.
Permaneceram somente ali:
Patty, a águia ibérica, Frann, a cadelinha, Stella, a outra gatinha, e a coelhinha branca Naná, com a patinha Nanda, que a gata Fatuquinha amava essas últimas, como filhas...
E bate papo pra lá, bate papo pra cá, a hora foi passando...
E já era noite, quando unicórnio Lílian chegou, com Ivy a corujinha, que só saía de noite, como toda coruja...
Essa, muito inteligente, já havia tido o mesmo pensamento que a patinha Nanda:
A mala de Fatuquinha tinha algo de especial, que só a ela importava... Será então que ela esquecida como era, e pelo déficit de atenção, não escondera dos outros no dia da arrumação, e não se lembrava?
Sim, talvez fosse por aí, a chave do mistério!

A unicórnio Lílian, tinha uma revelação e esperou até o final da noite, para fazer:
- Quero dizer minhas queridas, que havia feito um encanto de proteção para todos os bichinhos da floresta no dia da reunião.

A gatinha Fatuquinha disse:
- Mas, parece que para o garanhão Adriano, isso de nada adiantou... O rei Delonir o devorou!
- Você se engana! Tudo não passou de mera ilusão, por mim criada! Adriano, não é um cavalo, e sim, aquele gatinho apaixonado e amigo, por tempos desaparecido... Ele me pediu um encanto para ficar mais perto lhe observando, sem dar muito na pinta... Transformei-o em um garanhão garboso, mas, o encanto se desfez, quando o rei tentou comê-lo... Criei uma fantasia na cabeça do rei, de que ele o havia devorado, com muito bom grado... No entanto, ele escapou quando em gatinho, de novo se transformou...
- Ora, se tudo isso é verdade, aonde está o gatinho Adriano?
- Em minha casa, o castelo das fadas. Logo ele retornará. Aguarda somente meu aval...
- Ah, mas que maravilha! Fico aliviada, pois carregava um peso nas costas, da perda de um amigo...
Nesse momento da conversa, a patinha Nanda, reparou que a gatinha Fatuquinha estava sentada em cima de uma mala!
A coelhinha Naná, foi aprimeira a gritar:
- A MALA SUMIDA!
E todas se entreolharam, repetindo em coro:
- A MALA!!!
A gatinha pulou da mala para o chão e olhou... Sim, era a mala desaparecida!
Não teve jeito de não mostrar seu conteúdo, pois a coelhinha Naná, sempre muito esperta, foi abrindo sem pestanejar...

Ali continha lingeries de todo tipo e cores. A gatinha Fatuquinha, era apaixonada por essas coisas! Afinal, ela teve antes, alguns amores...
As amigas começaram, a revirar a mala e pediram a gatinha, se poderiam provar tais lindezas!
"Claro, o que é meu, é de todas as minhas amigas também!" - disse a gatinha.
Foi quase uma festa do PIJAMA...

Mas, já era começo da madrugada, quando o gatinho Adriano, surgiu na varanda miando...
Fatuquinha pediu que entrasse e ele se espantou com aquilo que encontrou: Todas ali,de lingerie!

A gatinha foi à cozinha e trouxe duas taças contendo vinho para brindar o seu retorno.
Para suas amigas, a gatinha ofereceu um bule com café quentinho, e distribuiu na poucas xícaras que tinha...
Depois do brinde feito, a gatinha revelou:
- Eu procurava tanto essa mala, porque o conteúdo verdadeiro, para mim é muito importante...

O gatinho Adriano que por ela era apaixonado, disse com ciúme:
- Sim, as lingeries que usou com seus amantes...
- Não! Imagine... Olhem no fundo da mala.

A corujinha Ivy e a águia Patty, foram as primeiras a olharem: havia um papel dobrado.
Naná tirou da mão da corujinha, pedindo licença, e leu pasma, dizendo alto:
- É UMA LISTA! E SABEM DE QUÊ?

A gatinha Fatuquinha respondeu antes dela dizer:
- São os nomes dos membros da IP!

A patinha Nanda, havia tido um sonho um dia antes, que ia ao tribunal falar em juízo, o que lembrava daquele dia... Um sonho alternativo, do que talvez seria:

..Lembro-me bem daquele dia ! Estávamos ajudando na mudança da Gatinha Fatú.
Para agilizar, ela e a Gatinha Stella, foram alguns minutos na nossa frente.
No caminhão de mudança, íamos a Coelhinha e eu (Patinha) cuidando do Espelho da sala, claro que a Gatinha Fatú, não é apegada a bens materiais, mas, aquele espelho é única ferramenta de "Selfie" que ela tem!
Joaninha estava grudada na cabine com medo de cair...
A corujinha e a unicórnio estavam batendo papo, sentadas numa poltrona empilhadas de coisas...
Foi quando eu vi a cadelinha e o esquilo, tentando empurrar uma mala para fora do caminhão, correndo ao lado, estavam o cavalo e o rei Leão de conchavos...
Fiquei assustada, e pedi para a coelhinha gritar! Ela gritou até ficar vermelhinha, foi quando a corujinha trouxe- nos um recado do Leão:
Dizia para ficarmos quietinhas, para não virar carne moída!
Joaninha levantou as mãos aos céus pedindo ajuda...
Estávamos coagidas, pois o cavalo correndo ao lado, estava relinchando algumas palavras de terror!
Melhor que todos ajudássemos a empurrar a mala da Gatinha ...
Oh ! Conseguimos derrubar a mala, com a coleção de Poesia da Gata Fatú !
Bem ... na verdade a mala que eles pegaram eram de “Lingerie Sensual”e agora inventaram que a mala sumiu! A mala estava escondida com o cavalo, lá no sítio em Saquarema ...

Na verdade, o sonho tinha um pouco de realidade: A mala continha as lingeries da gatinha!

Escrita por mim, Fátima Abreu, mas, idealizada por mais duas pessoas:
Adriano de Alvarenga e Fernanda Freitas.

Cada personagem foi escolhido por um membro do nosso grupo na "Imaginação Poética" (grupo gerenciado por mim, no whats app) correspondendo a um animalzinho.
 
A MALA DA GATINHA FATUQUINHA

Fátima Abreu Fatuquinha