Poemas, frases e mensagens de lud

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de lud

No Futuro Distante(Monoverso 5)

 
No Futuro Distante(Monoverso 5)
 
No Futuro Distante

Em épocas futuras seremos
Como seres alados, angelicais,
Puros e totalmente devotados
Ao Bem e ao Amor Eterno.
 
No Futuro Distante(Monoverso 5)

O Navio da Morte

 
O Navio da Morte
 
O Navio da Morte

​Naveguem neste navio, oh almas poluídas de pecados
Absconsos e feios, naveguem neste navio, pois ele
Levará vocês ao Umbral do Medo e do Desejo.

Levem bebidas que serão seus grandes mártires,
Comam tudo que puderem, pois o navio entrará
Na própria face da Necessidade e da Fome.

Navio da Morte, todos nós queremos que você
Embarque toda a humanidade, pois ela já está
Morta há muitos séculos e milênios sem fim.

Quando os séculos passarem, este navio da
Morte será encaminhado ao grande inferno,
E vós, espíritos malditos e infames, poderão
Com ele ter todas as alegrias e desânimos
Que todo mortal ou imortal desejam na Vida.
 
O Navio da Morte

Pianista Trancado em Uma Sala(Sketch 8)

 
Pianista Trancado em Uma Sala(Sketch 8)
 
[i]Sketch 8

Pianista Trancado em uma Sala

A cena se passa em Londres, em 1930.

Cena única

No palco, vemos duas divisões bem claras. Uma porta fechada e outra parte livre. Na parte fechada, um homem chamado Félix está tocando. Ele já está lá há quase duas horas. Sua mulher, Lilian, bate na porta.

Lilian- Querido, você já está aí há quase duas horas, e não comeu nada hoje. Pare de tocar um pouco e venha comer (Ouvimos o barulho do piano sendo tocado. Lilian bate mais algumas vezes e Félix continua tocando. Ela desiste de chamá-lo e sai.)

Pelos próximos cinco minutos ouvimos Félix tocar, quando outra pessoa, dessa vez sua filha Mary começa a bater na porta.

Mary- Papai, a mamãe insiste que você saia da sala e se junte a nós. Titio e titia estão aqui. (Continuamos ouvindo o som do piano sendo tocado. Mary sai).

Passam-se agora dez minutos e continuamos ouvindo a música sendo tocada. Ela não para por um segundo. É como se Félix não cansasse nenhum pouco. Vemos um homem bem vestido entrar em cena. Ele se chama George, é irmão de Félix. Ele bate na porta insistentemente.

George- Meu irmão, por favor, precisamos conversar assuntos importantes com você. Não é apenas sobre a sua estada aí, precisamos conversar sobre os próximos concertos (Nenhuma resposta, mas o piano continua tocando. George desiste e vai embora.)

Passam-se mais dez minutos e duas pessoas vem chamar Félix.

Pessoa I- Senhor, insistem que você saia dessa sala. Parece que realmente você não está me ouvindo. Você está me ouvindo? (Félix não diz nada, mas o piano continua tocando).

Pessoa II (a primeira pessoa) - Deixa, daqui a pouco ele sai.

Pessoa I- Por favor, senhor Félix. Saia um pouco desse lugar. Sua mulher quer muito vê-lo.

Nenhuma resposta. Apenas a música. Eles dão de ombros e vão embora.

Mais cinco minutos passam e mais três pessoas chamam e batem na porta, mas a música é apenas o que ouvimos. Por quase dez minutos apenas ouvimos a música tocando sem parar. Logo as luzes começam a enfraquecer e o palco fica completamente escuro por mais dez minutos. Quando a lu acende, há sete pessoas no palco. Todas extremamente preocupadas. O tempo se passou de uma semana.

Lilian (a um homem vestido de enfermeiro) - Por favor, abra a porta de qualquer jeito.

O enfermeiro vai até a porta e abre-a com força, logo vemos o enfermeiro trazendo Félix nas costas. Ele está abatido. Lilian chora um pouco. Todos muito surpresos.

Lilian- Vamos levá-lo ao hospital, o mais próximo que tiver.

Félix- Oh, estava chegando a perfeição das Rapsódias de Liszt! (Fecha os olhos).

Todos saem de cena, mas ainda ouvimos o piano sendo tocado. As luzes se apagam e o pano desce.

Fim.[/i]
 
Pianista Trancado em Uma Sala(Sketch 8)

A Catedral do Sono(Sketch 10)

 
A Catedral do Sono(Sketch 10)
 
A Catedral do Sono

A cena se passa na Escócia, em 1948.

Cena Única

Um dormitório superior em uma catedral, quase como se fosse um porão. Lá há antigas estátuas, um ou dois guarda-roupas antigos, uma poltrona quase ao centro com um homem que está deitado nela dormindo. Perto dele está uma garrafa vazia e um charuto. Ele se chama George Mccalum. Não há muita luz nesse lugar, então vemos pouco como ele realmente é. Entram duas figuras vestidas de negro e encapuzadas.

Figura I- E aqui estamos. Ele realmente dorme há três dias. E andou bebendo, veja.

Figura II- Provavelmente já chegou aqui com a bebida e com o charuto. (Observa bem George deitado na poltrona dormindo).

Figura I- E já é a segunda vez que o resgatamos. Será que ele realmente sabe de suas atividades noturnas como ritualista?

Figura II- Ouvi de uma pessoa que o conhece que ele tem flashes de memórias, mas ainda algo muito vago para saber de toda a verdade.

Figura I- Ainda bem que só há nós dois aqui nessa catedral, e mais aquele outro padre que nada desconfia. Porque se ele soubesse, estaríamos em problemas.

Figura II- Ele não diria nada. Ele é discreto. Gosta de ficar sozinho. Não é nenhum problema para nós.

Figura I- Sim, mas você sabe, há tantas histórias nesse povoado, e nós sabemos quando as histórias começam a ganhar um padrão, elas são consistentes e não podem ser negadas.

Figura II- Sim, mas o que... Esse é o primeiro homem que vem até aqui. Você sabe, ele estava em perigo. Não podíamos deixá-lo de ajudar.

Figura I- Sim, claro.

Figura II- O que me preocupa é o vício dele. Todo bêbado acaba sempre falando demais.

Figura I- Sim, devíamos ter tirado a bebida dele quando chegou. Mas ele está tão fraco, e isolado há três dias aqui nessa parte da catedral. Ele não irá a lugar nenhum.

Figura II- Talvez acorde daqui a pouco. A pessoa que o conhece disse que ele dorme no máximo seis horas por noite.

Figura I- Por que não o transferimos para um hospital nosso?

Figura II- Já fiz a solicitação. Ele será levado em dois dias.

Figura I- Eu gostaria que fosse amanhã...

Figura II- Você está com medo demais para uma primeira pessoa envolvida em um culto que aparece aqui na catedral. Por favor, acalme-se.

Figura I- Tudo bem, é que... Esquece. Vamos tomar chá?

Figura II(como se não tivesse outra escolha)- Vamos. Logo ele acorda.

Os dois saem.

George ainda está dormindo quando entra em cena um corvo. Ele para em um banquinho e fica grasnando. George acorda assustado. Vê o corvo. Ele arregala os olhos, pega uma vassoura e começa a espantar o corvo que fica grasnando e voando. O corvo sai de cena. George volta a dormir.

Depois de dois minutos, o corvo volta e fica perto de George. Ele acorda novamente e pega a garrafa e taca no chão e o corvo sai correndo voando. George mais uma vez adormece.

Pela última vez, o corvo vem grasnar diante dele. Dessa vez George quase o pega, o corvo tenta bicá-lo, mas não consegue. George consegue dar um tapa no corvo que cai no chão, levanta e vai embora. Dessa vez as duas figuras entram e vão até George.

George- Ei, quem são...?

As Duas figuras não respondem, eles simplesmente pegam George pelos pés e mãos.

George (voz fraca) - Me soltem! Por que estão fazendo isso? (Ele cai no sono).

As Duas figuras o levam. Depois disso, o padre que havia sido citado no começo entra. Ele olha o ambiente todo bagunçado, deplorável, e sente um frio na espinha, Ele decide se sentar na cadeira em que George estava. Fecha os olhos por um momento, a luz vai ficando cada vez mais escura. Um grasnar de corvo se ouve. Um grito de horror do padre. O pano cai.

FIM
 
A Catedral do Sono(Sketch 10)

Duas Garotas Russas (Sketch 13)

 
Duas Garotas Russas (Sketch 13)
 
Duas Garotas Russas Sonhadoras

A cena se passa em Moscou, Rússia, no inverno de 1919

Cena Única

Uma sala ampla com três sofás, dois armários, seis quadros na parede, um piano, e diante do sofá vemos umas duas pilhas de livros. Há uma janela com uma cortina de cor esmeralda, a janela está entreaberta. Em cima de um dos sofás vemos um rifle. Nos dois sofás há duas garotas deitadas, com as mãos na testa. Uma se chama Annuva, veste um vestido de cor preto, e um colar. Ela tem uma fita azul no cabelo. A outra se chama Aglaya, ela veste um vestido de cor vermelho cardeal. Ela tem um belo rosto, olhos verdes e cabelos ruivos. Ela fica fazendo círculos com o dedo no ar.

Aglaya- Nunca pensei que este dia fosse ser tão longo. Ele simplesmente não passa. Por que não pode passar mais depressa?

Annuva- Porque deve ser o pior de nossos dias. Claro, não há nada de fantástico e ilusório aqui neste dia. Oh, e não pensamos em cinquenta coisas estranhas hoje.

Aglaya (fazendo círculos no ar com o dedo) - E eu que não estive em sonho nenhum hoje. Oh, apenas nas páginas dos velhos autores.

Annuva- Espero que de noite possamos dar vazão a todos os nossos sonhos. Esse dia! Oh, ele poderia morrer já!

Aglaya- Sim, morrer... Morrer como o gato que imaginei um dia que vivia comigo em uma cesta linda, mas que não miava!

Annuva- Pobrezinho! Um gato que não mia! (Levanta-se, vai até o sofá em que há o rifle, pega nele, desliza o dedo nele todo) - Mas o cãozinho que sonhei era bem atentado! Ele merecia uns belos tiros no traseiro (Vai até a janela, olha para fora) - Oh, lá vai Lalia novamente com essas malditas pastas! Ela não para de espionar o governo russo! (Vai apontando o rifle para fora, depois desiste, e volta ao mesmo lugar, deita no sofá segurando o rifle).

Aglaya (fazendo quadrados com o dedo no ar) - Aposto que só há Zadnitsa e skuchnyy por toda parte. Ah, mas minha mente está muito parada. Onde estão aquelas imagens evanescentes que tanto adoro?

Annuva- Hoje minha mente está totalmente bloqueada, minha cara. É como se... (Coloca o rifle no chão, se levanta, dá alguns passos pela sala).

Aglaya- Sei como se sente. Hoje é um dia que nossas imaginações estão realmente falidas.

Annuva (vai até a janela, fica olhando a rua com um olhar de nostalgia) - Talvez seja apenas minha melancolia, ou talvez uma lembrança de alguém que tanto amei.

Aglaya- Eu tenho apenas sonhos... Você se lembra de nossos sonhos, não?

Annuva (ainda olhando para fora da janela) - Claro, viveremos uma revolução em que vamos limpar a arte e a educação desse país, e também derrubar os corruptos e assassinos dessa máquina burocrática!

Aglaya (bate palmas) - Ainda bem que ainda te lembras...

Annuva (volta para junto do sofá) - O que fizeste com aquele pé de coelho que deixei em meu quarto?

Aglaya- Está junto do meu. Na verdade, eu acho que precisamos de mais quatro.

Annuva- Um apenas é o suficiente, doidinha. (Sorri)

Aglaya- Vou pegar o rifle e treinar alguns tiros. (Levanta-se do sofá, pega o rifle, se afasta da amiga e vai até um canto e começa a atirar na parede. Ela acerta dois vasos e um tiro vai na parede) - Nossa! Como melhorei minha mira!

Annuva bate palmas.

Annuva- Provavelmente sonhaste que estava melhorando sua mira, e eis agora que sua mira está melhor.

Aglaya (segurando o rifle, faz algumas gracinhas com ele. Carrega ele e dá mais dois tiros) - Pronto, meu treino está completo (Ela coloca o rifle perto de uma mesa).

Annuva- Gostaria de sair, mas está tão frio... Eu detesto o frio.

Aglaya- Já eu adoro, mas hoje está um tempo horrível. Acho que teremos que passar aqui mesmo em casa.

Annuva- Sim, a confabular como convenceremos a participar de nossa revolução.

Aglaya- Pela palavra escrita com certeza não será! Teremos que chamar nossos amigos revolucionários.

Annuva- Não te lembras que a maioria deles já estão presos?

Aglaya- Ainda há uns quatro ou cinco. Eles nos servem.

Annuva- Nada, o que sobrou são todos ruins. Precisamos realmente agir sozinhas ou então recrutar agentes.

Aglaya- Como se fosse fácil. Todos parecem adormecidos. (Deixa-se cair no sofá).

Annuva- Ag, eu acho que seria melhor sairmos um pouco. Preciso te mostrar uma fonte belíssima no norte da cidade. Ela pode realizar nossos sonhos.

Aglaya- Oh, excelente ideia! Eu estava começando a me tornar realista demais aqui.

As duas saem juntas. Ouve-se um barulho de pratos caindo em outro lugar. O pano desce.

FIM
 
Duas Garotas Russas (Sketch 13)

Haikai 12(Árvore Velha)

 
Haikai 12(Árvore Velha)
 
Árvore velha
Ela nunca será
Jovem de novo.
 
Haikai 12(Árvore Velha)

Indriso 5(O Escultor de Chicago)

 
Indriso 5(O Escultor de Chicago)
 
O Escultor de Chicago

Na pedra bruta e não trabalhada, ele criava a poesia
Concreta e abstrata, de suas mãos brotava todo
O trabalho que o sonho e a poesia imaginavam.

Beleza, o incrível, o maravilhoso e até o excêntrico
Viriam em suas ideias artísticas, e nada seria
Consumido em parcas ideias ou absurdas fantasias.

Nele a poesia e a escultura se fundiam em uma

Obra grandiosa e bela, sempre fantástica e maravilhosa.
 
Indriso 5(O Escultor de Chicago)

O Falsário de Rouen(Miniconto 15)

 
O Falsário de Rouen(Miniconto 15)
 
O Falsário de Rouen

Patrick era considerado por muitos que conheciam sua vida como falsário, um dos melhores em seu ramo. Ele conseguia falsificar qualquer coisa: Moedas, Documentos, Cartas, ele era exímio em todo tipo de falsificação. Nunca havia sido preso e diziam até que a polícia utilizava de seus serviços e por causa disso nunca havia sido preso. Patrick havia aprendido a ser falsário com seu pai Maurice, que tinha sido um falsário tão ou até mais famoso do que o próprio filho. Patrick continuou no ramo por alguns anos e depois se cansou de enganar as pessoas. Conseguiu ainda pelo resto de vida que lhe restava parar de enganar as pessoas e ter uma profissão mais honesta.
 
O Falsário de Rouen(Miniconto 15)

Mares Enevoados

 
Mares Enevoados
 
[b[i]]Mares Enevoados

Respiram as ondas o ar mais precioso que vive nas águas
Profundas e misteriosas de mares enevoados, mares sempre
Desconhecidos a criaturas de terra, mares enevoados sibilando
Confusas vozes que apenas os doutos conseguem assimilar.

Nas brumas marinhas os sonhos são as visões desfeitas
Nos dias esquecidos de porvires enriquecidos por névoas
Sempre claras, mas de confusões ainda preclaras e nobres...

O véu perfurado das neblinas aquáticas é o coração daqueles
Homens naufragados a milênios, e suas vozes são bolhas
Que estouram nos verões tórridos... E quem são estes corpos
Movendo-se nas falésias diamantinas de mares sombrios?

No vento sibilante, confuso, caótico, as bolhas mergulhadas
Nos dias olvidados serão a nova névoa que cobre o mar de
Misticismo inquieto, insensível, aquelas bolhas perfiladas
Nos altos céus são os mares enevoados da primavera...

Bolhas estouram nos véus dos mares enevoados, elas
São as profecias anunciadas de dias que o mar será
Novamente o profeta de deuses aquáticos do passado![[/b]/i]
 
Mares Enevoados

Viagem Frustrada(Sketch 7)

 
Viagem Frustrada(Sketch 7)
 
Sketch 7

Viagem frustrada

A cena se passa em abril de 1912. Inglaterra.

Cena Única

Um belíssimo quarto de casal. Uma janela aberta. É um belo dia e tudo parece ser perfeito. Em uma cama vemos um homem chamado Charles deitado confortavelmente, e no centro do palco vemos sua mulher, Daisy, se olhando no espelho.

Charles- Você não para de se olhar no espelho desde que acordou. Não sei como consegue ficar tanto tempo diante do espelho.

Daisy (olhando-se no espelho) - Tenho estado muito mal arrumada, meu vestido está amarrotado, minha face pálida, meus lábios descorados, meu colo pouco chamativo, e todo o resto horrível.

Charles- Que exagero! Você tem estado um pouco mal arrumada mesmo, mas nada demais. São os dias de correria por causa da viagem que faremos.

Daisy(radiante)- E que viagem! Uma viagem ao navio que venceu o Mauritânia (De boca cheia) - O Titanic!

Charles- Alguns amigos meus o admiram, outros acham que é apenas uma estratégia de marketing e que logo ele será esquecido. Mas não há como duvidar que ele realmente tem o melhor estilo.

Daisy- Mamãe tem falado dela há semanas, e disse que somos muito sortudos por ter comprado bilhetes para lá. Claro, nós iríamos mesmo em um navio desse, mas para acabar os bilhetes para um navio desse é muito rápido.

Charles- Mandaram-me fotos de nosso camarote. Eu ia te mostrar agora, mas você não para de se olhar no espelho.

Daisy- Oh, eu quero conhecê-lo pessoalmente. Não quero que a surpresa seja estragada por meras fotos (Ajeita os cabelos, morde os lábios de leve).

Charles- O único problema na viagem será o nosso filho Justin. Ele tem me dito para não irmos. Que não gosta do nome do navio, mas sabe como ele é... Ele é muito impressionável.

Daisy- Ele virá conosco. Ele não viaja sem mim.

Charles- Meu irmão estará nos esperando no porto. Como é daqui a quinze minutos, e moramos perto, ainda posso te contemplar por mais alguns minutos.

Daisy- Contemplar essa mulher horrorosa. Viu que ganhei peso?

Charles- Não, e você está exagerando novamente. Você está com o mesmo peso de sempre. Só que anda muito agitada no sono.

Daisy- Toda primavera fico assim. Já fui ao médico e ele não sabe explicar o porquê dessa agitação. Mas prometo, Darling, que vou ser mais cuidadosa.

Charles- Oh, não se cobre tanto. Eu mesmo também tenho estado muito agitado. São os negócios.

Daisy- Sim, e seu fumo excessivo de charutos. Eu gostaria que parasse de fumar.

Charles- Oh, eu não posso prometer me livrar de um gosto, principalmente quando ele me alivia e me faz refletir melhor.

Daisy- Você sabe que tem saúde fraca nos pulmões. Deveria parar. ( Ajeita a parte de trás do vestido).

Charles- Bom, eu já parei com o jogo. É uma grande vitória, não acha?

Daisy- Sim, mas ainda bebe e ainda tem o vício de ficar toda hora mexendo nas coisas que compramos. Ah, Charles, são tantos os teus vicios!( Ri)

Charles- Nasci com muitos, e como todos herdei de família soltá-lo me é muito penoso, inclusive que desistir do que se é prazeroso é outro vício em minha família( Ênfase na palavra família).

Daisy- Pois na minha família somos mais moderados. Mais equilibrados no que fazemos, e....

A porta é aberta. Entra um motorista com o chapéu na mão. Ele tem a expressão de que vai dar notícias ruins.

Marcelo- Senhor, eu não vou poder levá-los ao porto.

Daisy e Charles- Por que não?!

Marcelo- Ambos os carros não funcionam. Eu tentei de tudo, mas eles simplesmente pararam de funcionar.

Charles- E quanto ao carro de minha tia?

Daisy- Ela viajou com ele, senhor. Há quase três horas. Saiu sem dar nenhum aviso de onde ia.

Charles- Que maçada! Os bilhetes já estão comprados! E só tem... Não, claro que não vou de bonde. Ainda tem o carro de meu primo.

Marcelo- Ele também o levou senhor. E parece que ele me disse que não iria ao porto hoje.

Charles- Maldito!

Daisy sai de frente do espelho, senta-se na cama decepcionada, fica em silêncio.

Marcelo- O que devo fazer? pegar o carro emprestado de algum amigo seu, senhor Charles?

Charles- Não. Eu desisti da viagem, e creio que minha mulher também.

Ela assente decepcionada.

Marcelo- Sinto muito, senhor. Sei o quanto significava para você. Vou me retirar.

Charles- Pode ir, Marcelo. Obrigado por tudo.

Marcelo sai.

Charles- Que lástima! A maior viagem que faríamos em toda a nossa vida, e não vamos fazê-la.

Daisy- É terrível a sorte... Ah, que maldição! Ah, falarei mais com minha mãe, agora vou ver como nosso filho está.

Charles- Eu a acompanho. Ele me disse que tinha um sonho para me contar.

Os dois saem tristes. O pano desce.
 
Viagem Frustrada(Sketch 7)

A Melodia do Medo(Sketch 9)

 
A Melodia do Medo(Sketch 9)
 
A Melodia do Medo

A cena se passa na Espanha, em 1913.

Cena Única

Um porão contendo três armários. Um na parede esquerda onde tem uma porta e dois na parede do meio. Umas dez caixas ao lado de uma mesinha, todas fechadas, três banquinhos, um cabide, alguns chapéus velhos, roupas antigas em um cesto, uma velha rabeca, etc. No porão vemos um rapaz moreno, cabelos escuros, olhos negros, de 18 anos. Ele se chama Adolfo. Ele está trancado no porão, e procura um meio de sair.

Adolfo- Madrecita de Dios! Ayuda me! Já é a segunda vez que fico trancado neste porão, e da última vez... Oh, da última vez comecei a ouvir música vinda de fora. Oh, como detesto essas músicas que sempre tocam quando estou em casa! Na verdade, quase nenhuma música me agrada. Ou seja a melodia, o tom, a letra, ou tudo junto! Ayuda, Dios!

Ele vai até um armário e pega umas folhas, revira as folhas para ver se acha uma chave, mas não acha nada, joga tudo no mesmo lugar desorganizadamente. Vai até o primeiro armário do meio. Procura nas gavetas dele, mas não acha nada.

Adolfo- Cáspite! Meus dedos estão todos empoeirados! Isso aqui não se limpa há tempo. Preciso pedir ao Juan para limpar aqui.

Adolfo anda pelo porão olhando para todos os cantos para ver se acha alguma chave. Revira as roupas, mexe em duas caixas e não acha nada.

Adolfo (mãos na cabeça preocupado) - Estou aqui há quase uma hora. Por que fui tirar a siesta aqui? Essa porta sempre emperra, ou sei lá, só pode ser azar mesmo!

Adolfo continua procurando. Logo ouvimos em off um barulho de música popular. Adolfo para estremecido. Ele fica pálido, começa a ficar com medo. Ele se senta em um banquinho.

Adolfo- Não posso acreditar nisso! Não me faltava mais nada! Trancado nesse porão pela segunda vez, e agora a ouvir música! (Coloca as mãos no rosto consternado). Eu... Simplesmente preciso sair daqui e ir para o quarto dos fundos onde não se ouve quase nada!

Adolfo continua a procurar. Ele mexe em mais duas caixas colocando o conteúdo no chão. São alguns livros. Ele revira todos em busca de uma chave. Nada. Ele chuta alguns livros e a música continua tocando o que deixa Adolfo mais preocupado.

Adolfo- Dios! Yo no puedo más! Eu preciso sair desse porão maldito!

Ele vai até o último armário e na gaveta da esquerda para a direita, ele acha três chaves. Sorriso de contentamento. Ele pega as chaves e vai até a porta. Testa uma, não funciona. Testa outra, não funciona. E na última, ele já está totalmente desesperançoso, mas ainda assim tenta, a chave quase funciona, mas a porta que é de ferro não abre.

Adolfo- Bom, se nada funciona... Bom, eu me lembro que da última vez... Bom, meu pai uma vez costumava me dizer que falar Eu crio enquanto falo realmente pode funcionar. Oh, mas eu vou dar mais uma busca por esse porão que adora me pregar peças.

Volta para o fundo do porão e remexe o restante das caixas. Enquanto tudo isso acontece, ainda há música soando. O que impulsiona Adolfo a buscar mais rapidamente para se livrar do som da música. Ele decide ir a porta e diz:

Adolfo- Eu crio enquanto falo! Eu crio enquanto eu falo! Eu crio enquanto eu falo! Eu crio enquanto eu falo! Eu crio enquanto eu falo!

A porta começa a se abrir. Adolfo tem uma expressão de contentamento, mas susto, pois é a primeira vez que pratica tal palavra, mesmo assim ele sai apressadamente do porão que ainda se ouve a música. E o pano desce.

FIM
 
A Melodia do Medo(Sketch 9)

Trova 4(Morte Astral)

 
Trova 4(Morte Astral)
 
Morte astral
Você alcançou
O desenvolvimento
Da próxima etapa.
 
Trova 4(Morte Astral)

O Chicote da Morte

 
O Chicote da Morte
 
O Chicote da Morte

​Nos contos russos de épocas antigas, uma estória
Obscura dizia que a morte caminhava com um
Chicote, era um belo chicote, um chicote que
Deixaria qualquer sádico ansioso por tê-lo.

Mas a Morte era ciumenta de tal objeto, ela
Não deixava nem mesmo a Noite tocar em seu
Chicote, e mesmo Morfeu e Hypnos tinham
Que implorar para que o chicote fosse concedido.

Ela tirava gotas de sangue e palor negro com
O chicote, e sorria às largas com cada
Sofrimento que aquele precioso chicote
A Fazia sentir.

Aquele chicote será a relíquia de épocas
Distantes, ele viverá como uma lembrança
De que a morte tinha um caráter masculino,
Sádico e totalmente voltado para a Dor.
 
O Chicote da Morte

Haikai 8(Sirianos)

 
Haikai 8(Sirianos)
 
Sirianos criaram as
Antigas civilizações
Mentores espirituais.
 
Haikai 8(Sirianos)

Karma-Taylor Swift(1)

 
 
[i] Têm-se a impressão na música que Taylor Swift está falando com uma pessoa. A música mostra que nossas relações com o karma são próximas. A música tem um tom de ensinamento. A Música é bela, mas nos faz pensar o quanto desconhecemos sobre o nosso próprio karma. A música nos faz pensar em como o karma está em tudo na nossa vida. É impossível não ver no karma nesta música o poder total. Vemos na música e no clipe que devemos sempre ter um relacionamento próximo e harmonioso com o nosso karma. Karma pode ser bom ou ruim, e é isso o que a música e o clipe mostram.[/i]
 
Karma-Taylor Swift(1)

Trova 1(Tempos do Passado)

 
Trova 1(Tempos do Passado)
 
Tempos imemoriais
Onde nós éramos
Seres e animais
Tempos passados.
 
Trova 1(Tempos do Passado)

Haikai 9(Sangue dos Alt)

 
Haikai 9(Sangue dos Alt)
 
Sangue dos Alt
Dentro de nosso
Sangue e DNA.
 
Haikai 9(Sangue dos Alt)

A Noite do Incêndio(Sketch 15)

 
A Noite do Incêndio(Sketch 15)
 
A Noite do Incêndio

Sketch em uma cena
Parte externa do palácio na Babilônia. Data: 612 A.C

Dois homens estão em frente ao palácio.

Homem I- Sabe, andam dizendo que a nossa cidade cairá. Uma mão misteriosa escreveu em uma língua totalmente diferente. Você acredita?

Homem II- Sim, e estou com medo. Esse rei não sabe administrar. Se Nabucodonosor ainda estivesse vivo, poderíamos ficar tranquilos. Ele sabia governar. Tinha mão forte, mas esse rei só pensa em banquetes e luxos. Ele é fraco.

Homem I- Acho que estão falando demais. Uma mão escrevendo uma língua diferente no banquete é incomum, mas pode ser um aviso dos deuses a nosso favor.

Homem II- A vida é estranha... Eu não gostaria de presenciar uma cena de batalha dentro da cidade.

Homem I- Nem eu. Bom, eu vou voltar para casa. Não gosto de ficar andando a noite. Até, meu caro colega.

Homem II- Até.

Os dois saem por caminhos diferentes. Um som de trombeta começa a soar. Barulho de espada e de luta dentro do palácio. Gritos e uma chama de fogo começa a sair do castelo. Alguns soldados saem do palácio ensanguentados e caem mortos. O rei sai do palácio com as vestes rasgadas.

Rei- Oh, meus deuses! Por que permitiram isso? Babilônia sempre foi grata aos vossos favores! Por que tudo isso? (Cai no chão e começa a chorar. Ele vê uma faca no chão, arrasta-se até ela. Pega) - Não serei escravo ou prisioneiro (Corta a garganta e cai morto. Soldados invasores correndo com tochas nas mãos e colocando fogo no palácio).

O pano desce com gritos saídos do palácio.
 
A Noite do Incêndio(Sketch 15)

Haikai 18-Chopin

 
Haikai 18-Chopin
 
Chopin morre
Dizem que esteve
Em angústia.
 
Haikai 18-Chopin

Indriso 8(Caius Ligarius)

 
Indriso 8(Caius Ligarius)
 
Caius Ligarius

Nas mãos de Caius Ligarius há uma faca,
Faca que irá tirar a vida do grande César,
Como um dos conspiradores ele tem

Diante de si tal infecunda e altiva atividade,
Tal atitude levará o homem a se perguntar
Se realmente vivemos em mundo de amor.

Oh, Shakespeare, cria este personagem com

Força e que ele nunca deixe de conspirar contra César.
 
Indriso 8(Caius Ligarius)