Desabafo
Hoje estou aqui,
tentando encontrar explicações,
motivos que levaram você,
a me abandonar!
Tantos sorrisos, tantos sonhos,
muitos planos,
aqueles carinhos,
sentimentos que falávamos pelo olhar.
Se foi por falta de amor,
não sei, ou talvez o excesso de amar!
Cada um tem seu limite,
não fui o homem certo para descobrir.
Se foi uma palavra dita em vão,
ou talvez um silêncio
em uma hora que deveria falar?
Não sei, sinceramente não sei,
não quero me prender a solidão,
não quero me sentir culpado,
quero colocar uma vírgula em minha vida,
um tempo para reflexão!
E se ela vier e dizer para voltar com ponto de interrogação?
Desculpe, estou em tempo de reflexão...
Um único Louco
Ser louco é pouco
Tampouco sendo louco,
Não vivo sem ser visto,
Sou um ser vivo sem risco.
Venha comigo mulher,
Não sou um louco qualquer,
Sou um louco sem saber
No limite, pode crer!
Sou louco, não sou bicho,
Não sou louco jogado no lixo,
Sou louco no capricho,
Com espinhos de ouriço.
Ter alegria é pra louco,
Sou um louco e não sei disso,
Ninguém é louco como eu,
Sou um louco por oficio;
Uso a loucura no dia – a – dia,
Só loucura, sem folia,
Sou loco sem ironia,
Na medida da loucura.
Sou louco por alguém
Que é louca também,
Ninguém é louco:
Eu sou ninguém.
Corpo Insano
Espere, e escute o barulho das cigarras,
São risadas de um corpo que vive
Sem precisar trabalhar
Que as formigas, suas escravas,
Trabalham, sem precisar descansar.
O seu sorriso diverte a todos
A sua risada é muito contagiosa
Cantam sem precisar receber
Dinheiro ou ouro,
Gostam de ser chamadas de poderosas.
Não há um limite
Para esta canção terminar
As formigas carregam sementes
Com um simples desejo,
O desejo de plantar.
Os olhos das cigarras são câmeras
Que filmam as formigas sem culpa
No pensamento de cada uma
Nasce uma formiga louca.
Patrick Spolti
Quero o sol sorrindo
Espero que o sol,
venha com risos,
clarear o meu só,
meu chão, meu destino.
Espero o tempo,
as flores no chão,
traz meu amor,
pra dentro do meu coração.
Não quero a dor,
me tira do chão,
da escuridão,
lhe peço a mão.
Me faz um favor,
me leva pro céu,
me faz o teu mel
me chama de amor.
Será que entendeu,
que é você e eu,
o resto pra mim,
será o meu fim.
Frio e nublado
Um dia frio e nublado,
na mais pura brisa,
na profunda reflexão,
em um dia frio,
a garoa cai la fora
os pensamentos voam longe,
nuvens galopando sob o céu,
a procura de um aconchego.
É um dia triste,
é uma forma de se recompor,
desejo, força,
tudo aquilo que fortalece.
Em um dia frio e nublado,
pensamentos gritam alto,
tudo que em um dia comum é bom,
no dia frio, tudo fica nublado,
Invisivel...
Morte Inspirada
Instantes profundos,
Ares sobre chuva,
Lugares que escolhemos ir,
Aprendendo que um sorriso
Transforma-se em um amigo.
Vamos dar uma volta,
Em volta de nós,
Esperando o acontecido acontecer
Não parecendo ser o que se queres dizer.
Vamos olhar para o abismo,
Sentindo-se estranho entre insuportável calor;
Sentes um amigo odor,
Contemplado com uma amiga chuva,
Irritado,
Com desejo de morrer.
Espere, aonde vais?
Morreras se pular no abismo,
Encontrara-se com o fogo,
Súdito e profundo
Perigoso parece ser,
A fuga dos espíritos,
Sua alma será engolida,
Sua vida será interrompida,
Por um momento em que quer morrer.
TempO Bom
Eu vejo meus pensamentos em pequenas formas,
Eu quero que o deserto se transforme em água.
Pretendo conseguir um lugar no espaço,
Possuindo um só veneno em pequenos frascos.
Sabendo que um raio não cai no mesmo lugar,
Com simples sapatos,
Podendo andar,
Olhando para a lua,
Com sua manta serena,
Esperando o sol com sua chama acesa.
A chuva que cai sobre um humilde homem,
Não sabe com que vontade dela se consome
A forma com que o homem cuida da água,
O futuro se transformará em furiosas almas.
Eu sou um jovem andante,
Que estou parado, em uma cama,
Pois a saudade é tanta,
Das risadas de um tempo bom que já se foi,
Das chuvas que alegravam as noites de ilusões.
O lado silencioso da morte,
Transforma-se em duas partes,
A descida do altar,
E a subida até marte.
O vinho Livre
Este é o vinho da eternidade,
O vinho dos deuses,
Brindamos o presente, o real,
Buscamos o passado durante um momento.
Choramos nós mortais,
Condenemos – nos por gestos tão normais,
Brincando com os sentidos e ruídos,
Do sabor, doce ou suave,
Do subconsciente diluído,
Controlado pelo poder de certo vinho,
O vinho da aurora, da cor branda,
O tempo da longevidade,
Uma espera com recompensa,
O sentido da vida sobre uma mesa.
Animal Retardado
Muitas vezes sou perseguido
Dando voltas na imaginação
Sempre ando protegido
Mas nem sempre estou vivo
Sou preso, solto, livre.
Tenho asas, cauda, chifres.
Às vezes corro e ando
Em alguns pontos eu comando
Tento não ser visto
O fogo é o meu lar
Meu lar não é perigo
Perigo é não saber nadar.
Sou rico por completo
Tenho o que eu quero
Não sei falar correto
Eu sempre como quieto
Sempre odiei quiabo
Nunca estive atrasado
Tenho muitos pecados
Prazer, eu sou o diabo!
Do Ruim ao que fascina
Neste quarto,
quantos fatos,
que mudaram os meus quadros,
dos retratos que falavam,
um absurdo,
inexplicável.
Neste mundo,
muitos loucos,
tantos poucos vagabundos,
entre outros oriundos,
de outros mundos loucos...
Das paredes,
muitas vezes,
sombras de uma tristeza,
que me prende,
me condena,
um viajante até as estrelas.
Esta chuva que me lava,
minha alma,
minha vida,
do meu quarto,
do meu mundo,
onde a lua me ilumina,
do meu céu,
do meu DEUS,
HOJE É TUDO O QUE FASCINA!