Vampira
Vampira
Na escuridão daquela noite tão fria
Pudera sentir teu corpo sobre o meu
Tua boca escarlate que me inebria
Covardemente meu pescoço mordeu
Dor negra! Que em nada se compara
Jorra o sangue e a banha em prazer
A visão escurece... Meu coração para
Condenado a eternidade irei viver?
Ó vampira... Tua sede que elevas
E me levas ao doce delírio obsessivo
Da vida onde só havia dor e trevas
Para um mar de espinhos onde vivo
Caminhos cruzados... Predestinados
Espíritos solitários... Atormentados
MÍSTICA DONZELA
MÍSTICA DONZELA —II
Exposta sob a luz da irradiante lua cheia,
lá está ela, a mística donzela a me olhar
com olhos felinos que a alma incendeia,
prenúncio d’um concupiscente fervilhar.
Aliciando-me com seu jeito natural de ser,
eleva-se ao extremo um anseio abrasador.
Instigantes momentos de delírio e prazer
cujos corpos geram um tufão devastador!
Insólita chance que há tempos procurara.
Poder desfrutar de impudicas sensações,
desde que, enfim, encontrara tal joia rara.
Jamais havia sentido tão grave veemência.
Depois de um breve tempo, as recordações
surgiam em minha mente com frequência.
Minha primeira tentativa de escrever um soneto —escrito em 04/11/08 — publicado em Desígnios & Desejos, 2017
CARÍCIAS LASCIVAS
Deito-te na cama sem pressa, suavemente.
Seguro sua nuca, dou-te beijos demorados
daqueles bastante excitantes e molhados.
Minhas mãos tateiam seu corpo habilmente...
Acaricio suas costas, seu quadril, sua coxa,
paro em seu traseiro e o aperto com força,
fazendo subir sua curta camisola de cetim...
Sua calcinha úmida causa delírios em mim.
Você puxa meus cabelos, acaricia meu rosto,
desabotoa minha camisa, abre minha calça.
Com os dentes, desço sua camisola pela alça.
Seus seios ficam expostos e eu os aprecio,
massageio-os em círculo, um contra o outro.
Sentindo a lascívia em seu corpo tão macio!
• publicada em Desígnios & Desejos, 2017
~Volúpia~
Volúpia
Ao despertar de um sonho a meia-noite, eu me deparo com uma forte luz a me iluminar, em meio clarão, passo lentos vêm caminhando em minha direção, eis uma bela mulher que surge de vestes brancas, deixando expostas suas lascivas curvas, seus cabelos negros o vento vem a soprar espalhando seu doce aroma natural no ar. Seu olhar selvagem ao mesmo tempo sereno revela um silêncio clamoroso que a consome, repleta de desejos ardentes a misteriosa mulher com ar de deusa chega até mim... Agora em seus beijos ávidos eu posso deleitar e em seu corpo esplêndido um calor intenso, provocando gemidos, assim quebrando o silêncio que a sufocava há muito tempo. Suas unhas afiadas que me arranhavam tornando a dor em constante prazer. Até mesmo o frio da noite se entrega ao fervor da volúpia despertada da misteriosa mulher que permaneceu em ardor junto a mim até o amanhecer. Na hora da despedida, eu a dei uma rosa vermelha para lembrar da noite que passara comigo desfrutando de momentos de paixão e sedução, quando ela recebeu, logo fez questão de retribuir, dando-me um de seus véus para recordar que os sentimentos como a paixão onde habitam no silêncio, podem vir a transparecer um dia, de repente, como uma explosão.
por./ Ismael M. Oliveira
primeiro texto que eu fiz,(30/11/08) é inspiração de vários sonetos que eu escrevi, mas só que não estaram disponíveis no site.
Esta obra está licenciada sob uma Licen" rel="nofollow">http://creativecommons.org/licenses/b ... nd/2.5/br/">Licença Creative Commons.
FORTALEZA
FORTALEZA
Nascida no litoral norte do Ceará,
és uma cidade famosa por seu humor.
Foste a terra onde o sol sempre brilhará.
Morada d’um povo alegre e acolhedor.
Tuas belas praias de ventos intensos,
moldam dunas e os cenários enriquecem.
Tua vegetação possui um verde imenso,
brotando a vida em sonhos que florescem.
Teus rios e lagoas de águas claras,
além do clima tropical como grandeza,
assaz atrativa, aos turistas conquistaras.
Foste um lugar que abisma por sua beleza,
e em cultura e talentos tu esbanjaras.
És minha terra, meu doce lar. Fortaleza!
Escrito em 05/11/08
ROSA NEGRA
ROSA NEGRA
Sua fragrância no jardim exalava.
A extinção assistia à sua agonia,
enquanto o medo surgia e a torturava.
Espécie singular, lânguida e vazia.
Murmúrios e lamentos silenciosos
causados por sentimentos ardilosos.
Parcialmente envolvida por espinhos,
sua seiva escorre seguindo caminhos…
Por seu cálice ao caule debilitado,
onde suas pétalas, já dilaceradas,
deixam fluir seu néctar contaminado.
A ruína em seu cerne fora fatal,
suas esperanças foram devastadas,
restando-lhe apenas o suspiro final.
ROSA NEGRA (versão hispânica)
Su sombrío aroma en el jardín exhalaba
La extinción observaba su melancolía
La cruel aflicción la invadía y la torturaba
Especie solitaria, amargamente vacía
Lágrimas de dolor, lamentos silenciosos
Representada por amores mentirosos
Completamente recubierta de espinas
Su néctar se escurre siguiendo en ruinas
Por su cuerpo esbelto al lecho delicado
Donde sus pétalos negros se dilatan
Dejando escurrir su sangre coagulado
Pero el dolor en su alma fue más fuerte
Todas las esperanzas fueron devastadas
Quedando el último suspiro a la muerte
Poema original em “Desígnios & Desejos”, 2017.
Versão hispânica em “Arrebol Acromático”, 2020.
(pub. independente por Ismael Marck)
Poder da mente
"O poder da mente vai além do inconsciente"
Esta obra está licenciada sob uma Licen" rel="nofollow">http://creativecommons.org/licenses/b ... nd/2.5/br/">Licença Creative Commons.