Labirinto
Paredes infinitas
Muito esquisitas
Já estou a ficar baralhada
E também cansada
Onde estou, onde estou
Parece que não me lembro quem sou
Tonta estou a ficar
Ou será até mesmo a alucinar
Agora até ando de lado
Preciso de algo fresco como um gelado
Os olhos já não vêm claramente
Já não estou de saúde como antigamente
No final disto tudo caio
E desmaio
AnaFlor
Cachoeiras
Cachoeiras lindas,
Que me fazem sonhar,
Ao longo do dia,
O som das águas límpidas,
Que refrescam o meu coração,
Frescas lavam a minha alma,
E suaves, fazem me massagens,
Nos pés, com a sua doce água.
Matar
Assassino, da tua boca sai um M
Mas como gostas do A,também o disseste
Um T sangrento saiu de ti
Tal como um outro A, mas mais maléfico
E para terminar, gritaste um R
E eu bem sei, que tu só sabes dizer Matar.
AnaFlor
Destino
Homem de fósforo na mão
Que acendeste uma vela
Em cima dela há uma chama
Uma chama que a faz triste
Pois sabe que irá derreter
O seu pavio se queimará
E quando toda arder
Imagina que para nada mais servirá
Por isso agora a vela chora
Com lágrimas de cera
E a vida que lhe parecia curta
Foi uma grande vida de luz repleta.
AnaFlor
Acordes
Há uns Maiores e outros menores
Uns feitos com alguns sustenidos
Outros com alguns bemóis
Existem assim muitas famílias
Irmãs umas das outras
Cada uma com o seu som
Saem limpas e belas
São todas diferentes em tipo e tom
Às vezes chateiam-se umas com as outras
E assim saem os menores
Normalmente têm sons esquisitos
Mesmo assim com eles consegue-se
Fazer textos de música escritos
Ao contrário os Maiores
Reflectem sons mais bonitos
Mais belos e mais perfeitos
Fazem assim um poema engraçado ,
E Cheio de cores!
AnaFlor
Solidão
Não acreditamos na realidade
Mas, na verdade
Quando estamos sós,
Morre uma parte de nós.
Um vazio interior
E exterior faz com que tudo
Pareça pior.
A Solidão
É quando se está sozinho
De Alma e de Coração.