Poemas, frases e mensagens de FernandoTeixeira88

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de FernandoTeixeira88

Sinto-me triste

 
Imerso à solidão que me demora
À dor presente que apavora e prevalece
Sinto um vazio. E sei que sinto ora a ora
Um amor que me devora e me entristece

Porvir incerto. Por sofrer vezes afora
Outrora deixei o amor me consumir
Agora tarde por pensar que me ignora
A felicidade vai embora e mais desgosto a de me vir

Sinto-me insignificante, abominável,
Sinto-me aprisionado em lembranças sofridas
Sinto-me infeliz e meu estado deplorável

Faz fugir de mim o restante da minha vida
Restou-me aflição, ansiedade, descontentamento, agonia,
Amargura, tristeza e nada, nada de alegria.
 
Sinto-me triste

Ora, eu sou

 
Eu sou o que viste
Ora em amor desmancho-me, ora não,
Ora sorrio, ora sou triste,
Ora sou contradição

Ora em esperanças insisto,
Ora vivo pelos cantos,
Ora encerro-me, inexisto,
Ora desisto e ardo em prantos

Ora falo, ora calo, ora esqueço,
Ora lembro, ora sigo, embora em vão,
Paro e reconheço
Sou sempre, a toda hora, imperfeição
 
Ora, eu sou

Viver por viver?

 
Eu de sofrer não posso viver
Porque pra viver é preciso lutar,
É preciso sorrir, é preciso sonhar,
É preciso um motivo para caminhar

E eu por não ter não posso viver
Porque pra viver é preciso um buscar,
É preciso sentir e assim se doar
É preciso perdão e também perdoar

Não posso viver! Viver por viver?
Viver pra morrer? Viver sem amar?
Viver sem agir? Viver sem ganhar?
Viver por aí sem onde chegar?

Não posso viver, viver de sofrer,
Viver sem saber como me encontrar
Viver é existir, mas sorriso é chorar!
Não posso dar tempo pra o tempo passar

Porém por viver não posso esquecer
Que este sofrer é o porquê que há
Viver é insistir! Viver é esperar!
Esperança é a vida que a vida me dá.
 
Viver por viver?

Oração a são Lulinha

 
Pai nosso que estais no planalto
Santificado seja o vosso mandato
Vem a nós no vosso avião
Seja aceita tua proposta
Tanto em Brasília como no Sertão
O pão para nossa alegria nos dai hoje
E esqueceremos o mensalão
Assim como nós te elegemos
Não nos deixeis morrer na opressão
E para continuar na presidência
Dai-nos o bolsa família também
Perdoai a nossa insistência
Mas livra-nos do caos. Amém!
 
Oração a são Lulinha

Dor que não finda

 
A caminho do amor, em meio, ando
Sem saber na vida sua essência
Sem conhecer seu sabor, nem mesmo quando
Sentirei, enfim, sua existência

Vinte anos vividos, quanto é triste
Fingir que o sorriso é verdadeiro
Tamanha é a tristeza que me insiste
Que o dia parece o derradeiro!

Na imensa solidão que me tortura
Peito cravado, meu Deus! Dor que não finda
Preces faço, cheio de amargura
Com a pouca fé que trago ainda

Nada mais me resta. Tudo me apavora!
E lentamente em mim a mágoa se derrama
Comprovando o desespero de quem chora,
Comprovando a desventura de quem ama.
 
Dor que não finda

Tristeza em versos

 
Choro a dor e ao meu pranto
Ó tristeza, em ti me assento
E em tamanho desencanto
Vivo, mas, nenhum momento

Toda essa desventura,
Certo, eu sei, não me desiste
E cá os versos é a cura
Desse meu coração triste

Em poemas represento essa tristeza,
Enquanto a dor em mim se faz ferina
E as palavras me vêm com tal fineza

Que esqueço toda vida desatina
Tudo em mim já não mais incertezas
Como outrora, tudo já não mais ruínas.
 
Tristeza em versos

Sorriso raso

 
Ao cair da vida o amor me faz descaso
E a felicidade aos poucos se dilui
À face forjada de um sorriso raso
A dor imensa no peito se conclui

Vejo-me como o sol em pleno ocaso
Aquele brilho de outrora, levemente diminui
Mais triste que angústia é saber que não aprazo
O amor infelicita-me, o desgosto me anui

E esse meu sofrer, que triste, ora extravaso
É todo o porquê exato que me alui
Mas, se no amor pudesse por acaso
De novo ser amado... Se é que um dia fui.
 
Sorriso raso

Invento

 
Invento versos de amor que não sinto,
Falo do futuro e só conheço a saudade
Dos meus momentos sucintos
De felicidade

E em mim há algum contentamento
Nessa vida abatida de vaga mocidade
São os versos de amor que invento
De felicidade

Aprendi, assim, que hoje a vida
É morte amanhã e que é verdade
A tristeza ou outra coisa parecida

De felicidade
Fazem-se quando invento. Às vezes minto
Invento versos de amor que não sinto.
 
Invento

A Família Brasileira

 
Era uma vez uma linda família de sobrenome Brasileira.
Era composta por nove pessoas:
Brasil e sua esposa Riqueza e seus filhos
Ninguém, Alguém, Nóstôdos, Violência,Desemprego, Fome(que não morava com eles) e Esperança.
Certo dia, cansada da vida depreciável que tinha a Riqueza foi embora e levou a filha mais nova a Esperança.
O Brasil ficou muito triste...
Nóstôdos, vendo o Brasil solitário e magoado, resolveu lhe dar um presente.
Então ele chamou Alguém e perguntou:
- O que eu dou pro pai?
E Alguém disse:
- Por que você não dá um burro para ajudar na roça?
-Boa idéia! Mas onde eu consigo um burro?
- Em qualquer lugar.
Não demorou muito para que ele encontrasse muitos burros em seu caminho, mas, ele tinha de escolher um para dar ao Brasil.
Nóstôdos pensou, pensou, até que escolheu um burro.
Com o presente, Brasil ficou muito contente e empolgado...
- Como eu vou chamar esse burro?
E Alguém falou:
-Por que o senhor não o chama de Lula?
- Muito bom nome meu filho, é assim que o burro vai ser chamado, Lula.
Com o novo burro tudo melhorou: a Violência foi para escola,
Ninguém ganhava muito dinheiro,
A Fome voltou para casa,o Desemprego cresceu forte como nunca,
Alguém ficava muito feliz, enquanto Nóstôdos alimentava o burro.
E é assim há vários anos.
Nesse meio tempo, Brasil encontrou um novo amor, a Miséria, e resolveu casar de novo. Tudo prosperou na família Brasileira...

Ouvi dizer que a Riqueza também casou de novo com um europeu e a Esperança de saudades faleceu.
 
A Família Brasileira

O mais triste do mundo

 
Meus olhos tristes, tão profundamente
Ainda choram e cada vez mais fundo
A solidão abraça-me. Quem entende
Que sou, assim, quem sabe, o mais triste do mundo?

Em uma dor, talvez, que aos olhos não se meça
A angústia sem fim no peito se avoluma
Em avanço feroz, a mágoa já não cessa.
Esse meu sofrer se viu, em época nenhuma

Tira-me a vida e, eu tanto mesquinho
Consternado choro, num culto de saudade
Ao sepulcro do amor que me deixou sozinho
Esperando à vida tudo, menos a felicidade.
 
O mais triste do mundo

Doação

 
Dilatava-se o peito em tristes frestas
A lacrimar uma plena solidão,
E o amor perenal em ingenuidade
Levou embora toda desesperação

Levou as dores mais funestas
Em seu dulçor mister de paixão.
Trouxe-me sentimentalidades,
Calma, encanto, enleio, sedução...

Trouxe-me aventuras, trouxe estas
Afáveis manhãs, no escuro, seu clarão,
Trouxe-me muito mais vivacidade
Muito mais alegria e emoção.

Contudo, quando tudo se fez festa
Adeus me disse, sem nenhuma explicação
E eu no inicio de mais infelicidades
Preparo minha vida a uma nova doação.
 
Doação

Amar, em suma

 
Nesse pôr do sol que encerra mais um dia,
Célere vem deserta, a sombra que consola
Este peito isento de paz, de alegria,
E, assim triste, declino à dor cedo imola

Se já depois do ocaso, à luz quase apagada,
Num desespero sem medida, arfa o coração
Que horrível dia – transbordando nada
Em vão vivido! Ai! Que desilusão!

Há, então somente, pranto em vez de riso
E as tantas desventuras, caem de uma a uma
Vêm-me à míngua, sem qualquer aviso
Desgraçada vida eu te direi! Amar, em suma.
 
Amar, em suma

Para que falar sobre mim, para quê?
Para abandonar-me logo agora,
Para julgar-me antes da hora,
Para me esquecer?