Já te disse hoje que gosto de ti?
Um café! Acordou-me devagar, ainda não refeito de uma noite dormida à pressa. Dei os primeiros passos cruzando-me com pessoas conhecidas, que, alegremente, me davam um inusitado “Bom – Dia”. Respondi a todas com um gémeo cumprimento. Ficou-me a energia, revigorante, das pessoas com que me cruzei!
Meditei… antes nunca tinha pensado nesses pormenores, levava a vida a correr, num contra relógio contra o tempo, o meu tempo, em suma, contra mim.
Deixava passar os minutos, sem reparar neles, apenas reparava em algumas horas porque a sociedade me habituara aos horários preestabelecidos…
Não era eu! Não o verdadeiro eu…
Mas naquele dia, tudo seria diferente, mesmo que o meu exterior não o revelasse, mesmo que o meu rosto não o expressasse, era um dia diferente.
O dia da consciência! O dia que quebrava a barreira das oposições e conseguia entrar na essência do meu Ser, concedido pelos meus semelhantes que comigo conviviam diariamente.
Um café, mais um, para competir com tamanha alegria que sentia. Tinha-me revelado. Finalmente tinha entendido o sinal…o simples sinal de que podes ser tu mesmo se assim quiseres!
De alegria incontida, procurei-te, sim a ti que lês as minhas singelas palavras, a ti e a ele, e a ela, pela mensagem que não cheguei a mandar e pelo telefonema que pensei fazer, pelo e-mail que ficou por escrever, pelas várias possibilidades… mas acredita que te procurei, sei que sentiste essa energia e não ligaste, um arrepio, um vento suave ou um calor passageiro, era eu a tentar abrir a linha da nossa comunicação para te questionar, livre e abertamente, sem malícias ou secretos desejos, sem que fosse preciso uma resposta pronta e composta… e no tempo livre que gastei a viajar pelas pessoas, uma a uma, adornando as suas qualidades, deixei-me ficar aqui, sentado neste banco de jardim, etéreo, de lápis na mão a escrever no meu caderno dos desejos… vezes sem conta a frase repetida na minha mente…
Já?
Já te?
Já te disse?
Já te disse hoje?
Já te disse hoje que?
Já te disse hoje que gosto?
Já te disse hoje que gosto de?
Já te disse hoje que gosto de ti?
Já te disse hoje que gosto de ti? Já te disse hoje que gosto de ti? Já te disse hoje que gosto de ti?
E o meu pensamento, afectuoso, sussurrou ao teu ouvido…
Aurora
É o teu nome de apresentação
trazes esperanças de cetim
alegrias e ilusão
aos molhos para mim…
Cedo passeias o teu sorriso
de flor de jasmim
olhas-me de igual esplendor
e de indiferença
contundindo-me a dor…
Julguei-te minha
musa molhada de lágrimas
julguei-te…
história do meu imaginário
minha…
e (afinal) de toda a gente!
Outrora…
Já foste um olhar degredo
uma voz de solidão
um mar bem presente
e uma colina que ama no chão…
Aurora
Meu segredo…
minha rotina de ilusão
és simplesmente…minha
e da multidão!
Bom dia…
Na foto de Zarco
(foto tirada da Internet)
Qual navegador fidalgo
De Zarco como nome estreito
Padecendo de algo
Enclausurado no peito.
No silêncio do olhar
Secreto. Elege a faceta
Concreto. Não se deixa resignar
Nesta posse de atleta.
Há uma cara camuflada
Pela barba das tempestades
Onde o pensamento passeia.
Há desígnio de camarada
Na ternura das idades
Mas é a voz que se alteia.
Quero-te...
Estejas onde estiveres, nesse mundo fantasia, quero-te nas profundezas do amor e nas intimidades do acto consumado, para que saibas que a paixão é um mero caminho para a consolidação dos corpos extasiados pela magna noção da épica condição do Ser.
Quero-te… despida de preconceitos na magia do luar que abrilhanta a nossa condição de dois amantes da vertente lunática do mundo que gira em movimentos iguais, e nós, em gestos ritmados fugimos a esse mundo em viagens lunares como dois… elementos da terra prometida. Procuramos, em segredo, construir o nosso próprio…paraíso.
Quero-te… sedenta de palavras, as que embalo para oferecer-te como uma flor ou como um castelo para que possas viver nesse mundo principesco das maratonas da fantasia.
Ainda que o tempo, esse marasmo que se apodera das nossas horas perdidas nos afaste dos nossos desejos, nos invada com barreiras reais que a vida nos faz nascer, ainda que os atropelos possam protelar a nossa conquista feita de persistência, ainda assim, quero-te… enquanto souber que poderás existir escondida num corpo qualquer, enquanto sentir que também me queres, Musa vestida de amor, despida pela carícia cor do sol, serás o meu luar das minhas noites de solidão, enquanto o nosso caminho não se cruzar na utopia do segredo em sequencias mágicas que adornam o nosso querer.
Quero-te … Musa vestida de poetisa nesse corpo de mulher!
Um poema diluído
Tenho os sons de uma boa música. Tenho o ardor de a sentir como minha mesmo sabendo que não é… Envolvo-me nessa onda de frescura e aprecio a sua loucura que me encanta e me eleva aos píncaros dos desejos.
Tenho um poema que dança no meu coração. Sinto-o e sei que não é só meu.
Tenho as palavras que percorrem o meu corpo e se alongam no imaginário do meu mundo por acontecer.
Eis o meu poema diluído!
Poema que amo em segredo e onde me perco nas profundezas do anseio dos sentidos. Destemidos. Ébrios pela fragrância de um amor quase prometido.
Poema grito de liberdade ou voz húmida de lágrimas roucas, quase surdas que o silêncio prende em rituais escondidos.
Tenho as amarras dentro de mim, assim bem juntas aos versos, que flutuam neste poema de corpo e alma do que me resta…
Poema tatuado. Germinado. Jamais apagado.
Tenho os sons do grito dado no calor da emoção da loucura de estar num corpo diluído!
Tenho um texto perdido, na prosa que era para ser um poema, guardado, escondido, neste gesto assumido.
Resta-me pouco…
Resta-me este meu poema diluído. Decrépito. Culpado.
Eis o meu poema diluído!
26 de Abril de 2008
O Prefácio de um dia...
Agora que estou distante, uma lágrima tonta, foge do meu segredo e deixa-se diluir nas profundezas do espaço abstracto…
Tu que me lês… perguntas a ti mesmo, pela tristeza que embala este texto, numa aflição desconhecida e simultaneamente curiosa, e eu, adivinhando essa carência, aproximo-me do teu ouvido, sem que o teu olhar me toque e baixinho digo-te: - Não é tristeza! É alegria…
E assim, contemplo o dia que passou, que encheu a minha vida de gestos maravilhados e no abraço das palavras, todos, sem excepção embarcamos na viagem de união, que em silêncio selamos o nosso propósito, quando trocamos os olhares de cada universo…
António Paiva
Carolina
Cleo
Flávio Silver
Fly
Freudnãomorreu
João Vasco
José Torres
Laura Gil
Luís F.
Margarete
Pedra Filosofal
Rosa Maria
Tália
Trabis
ValdevinoXis
Resta-me o silêncio que as palavras não contemplam e em que as imagens não sentem, para que na meditação do meu momento, possa sentir-vos novamente, entre sorrisos…
Para os presentes uma pequena frase de emoção:
- O homem da palavra
- Trouxe no coração as crianças
- Um sorriso tímido mas constante
- Uma viola no saco e música no ar
- Aquele abraço prometido
- A voz surpresa
- Uma viola em acção
- O dom da comunicação
- A timidez da coragem
- A amizade na presença
- O olhar redentor
- O riso libertino
- A presença que faz a Dama
- Generosidade na grandeza de Ser
- O Pai silencioso
- O amigo de sempre
Que no próximo encontro, as presenças cresçam vertiginosamente, para que atinjam um número nunca imaginado.
Beijos e Abraços
Beijo Ausente
Levito na ânsia do teu beijo!
Percorri as ausências dos espaços
ultrapassei as barreiras da inépcia
e formulei o meu desejo
bordado na acácia
dos meus pensamentos escassos.
Imaginei o momento
que tanto almejo
construído de muito sofrimento
e algum lampejo.
Sonho que se repete constantemente
que domina a minha mente
e acalentado me vejo.
Oh! Híbrido estar…
Oh! Imagem que se confunde
e me dá asas e me faz voar.
Levito na ânsia do teu beijo!
Espreito o caminho
que percorro sozinho.
Descobre-te...
Cruzo as palavras… em sequências apetecidas para que o efeito seja mais perceptível, amontoo-as em forma de pirâmide como se fossem uma arma com a qual defendo o meu castelo de ilusões, concebo o projecto da ideias para que possa vestir cada palavra e para que cada frase possa ser adornada por múltiplos efeitos com o desejo comum de faze-las felizes, para que brinquem umas com as outras, estejam onde tiverem… letra após letra, como velhas amigas de sempre!
Mas existem vezes em que a vontade é de esconder as palavras ou expô-las mascaradas para que confundam os olhos que as espreitem…como se de um jogo se tratasse!
A vida é mesmo assim, uma mensagem que sai de um jogo… e a vantagem é ganha por quem consegue perceber o jogo e os predestinados são aqueles que depressa entendem a mensagem de cada jogo… de cada vida.
Devemos aproveitar os momentos, com a mesma energia e o mesmo rigor, saborear cada instante com uma vontade indubitável, quem sabe se os poderemos repetir?
Devemos escrever sempre que o desejo pedir, quem sabe se poderemos enviar cada mensagem?
Com a magia das palavras e a simplicidade de cada partilha podemos jogar, brincar com cada letra, na construção de cada momento que não se repete, com a consciência do que somos… (11918818121322189128 – 2312 – 722141112). Descobre-te nos números! Descobre-nos… com as palavras faz o jogo contigo através dos números… para que possas dizer cada letra, construindo cada palavra para que consigas a frase!
Como na vida… é uma questão de oportunidade e de rapidez de resposta…
Depois pinta as letras, cada letra de uma cor mais luzidia… acrescenta flores em cada palavra circundando-a como de jardins se tratassem e na frase feita deixa suspensa no trapézio do circo da vida, á espera que os aplausos recomecem… dia após dia!
Errar é Humano...
Hoje mascarrei-me no embuste do disfarce de uma personagem emprestada. Passei um carvão perdido pela face inocente e deixei-a abandonada á sua sorte. Abandonada e triste, com a alma destruída de jeitos repentinos e impróprios…
Esta cara, sujeita de personalidade própria não pediu nada e não lhe foi questionado o seu querer. Ninguém gosta destas coisas imprevisíveis e instáveis…
Se ao menos, tivesse avisado a minha cara para a guerra, sempre sairia um sorriso espontâneo de recusa e de alerta para o engano que se poderia evitar…
Hoje errei, ao pensar que mandava no meu corpo. Ao agir sem perguntar a sua opinião!
São tantas as vezes que erro e tão poucas as que percebo…
(Valeu-me hoje ter reconhecido o erro, assim aumentei a esperança de amanhã poder errar menos, ser melhor…)
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Gente Nova
Há tanta gente nova por aqui que pensei que este sítio já não é o mesmo do meu tempo...