Honra
Escuridão submersa depois de um surto na queda de um abraço!!
Tenho os pés no silêncio quando antes o grito era soro nas veias;
Abri os olhos na primeira vez que me vi certa na alvorada.
Regressei ao meu destino, deitei-me no amor e carimbei-o com o peso do meu corpo.
O vento que nada suspende nem os degraus do céu!
Sou livre e chamo-me amor. Desatei os nós apreendidos troquei-os por uma folhagem mais quente.
Polvilhei os meus ombros de amor e cá estou eu, identificada com honra.
Mudança
Não era uma miragem nem um eco. Nem sucumbi à estranheza de tal aparecimento.
Aprendi a entoar uns cânticos, mais melodiosos, talvez me ajudassem a divulgar melhor toda a metamorfose.
Tudo derivava das artérias por onde o sangue quente se conduzia, e eu percebi que a mudança estava mais do que perto.
Fenecia a antiga disposição para alterar tudo.
Encontrei a solução para dispensar o medo. A aceitação é a aceitação que corresponde à melhoria do momento e do alívio do contacto com o stress.
Conquistas medalhadas, um princípio de coragem e atrevimento.
Renascimento
É estridente o silêncio que se move nas minhas lágrimas…
Paralisia da alvorada, e o sol não o vi.
Soubesse eu viajar na resistência!!
A saída estava asfixiada, esquecida e contaminada pela sentinela há muito.
Vesti o fato da fuga, alonguei os braços, enquanto o estomago me feria de fome;
Dizer o que senti, não é nada, dizer que tudo isto é AMOR é verdade!!!!!!!!!!!!
Cansada limitei-me a renascer de novo.
Renascimento
Quando vieres ao meu encontro eu dou-te um gesto de amor... Quantas milhas já percorri para me identificar!!?
Dá-me essa chave para fechar a solidão.
Disfarçado sonho que me conquista a ansiedade. Viver fora das paredes e com os versos justificados!!
Rimas sem opressões. O tempo é um corpo que respira fora do ventre.
Eu quero paz, eu quero o renascimento!!!
Grito a certeza mesmo que perca, mas tenho sede. Cada vez mais quebro a brecha... Chego perto...
Resgate
Eu preciso, eu preciso de te escrever estas palavras que me são tão formosas…
Enlouqueço, ando desvairada pensando em ti. Saberás tu o quanto és para mim?!
Tenho que rasgar do pensamento a dor da saudade!
Anda, vem ter comigo estou a sair de mim!!!
Versos que mendigo só para me libertar, vem adormecer nos meus abraços, e fazeres latejar os meus lábios de prazer!!
Eu preciso, eu preciso de te escrever estas palavras para que me resgates.
Enlouqueço, se te ausentas dos meus recantos!!
Ama-me sabendo amar-me…
Armadilha
Tenho a minha voz armadilhada, surripiei palavras que cozi umas às outras e fiz um diálogo!!
Quis falar para não azedar a minha saliva cativa na boca.
De facto, precisava de dizer que a cama estava fria, de novo.
A loucura não é vergonha deixa um artista mais apresentável!!
Quem me levou a minha passagem para lá?
Engordei a minha ansiedade, sei que os meus pensamentos pedem aplausos mas é necessário alimenta-los. Vou tentar desabotoar a dor da minha alma.
Olhar
Onde brilham os olhos? Fora da timidez olho-me em ti.
O amor dentro do coração é luz, que aprendeu a restaurar a eternidade.
Dentro de meu corpo tenho os teus gestos!!
Tenho um ápice de desejo. Fixei-me na clareira do teu corpo.
Que gentileza servires-me a esperança, e o amor… Com os beijos que me deste.
O silêncio é uma sinfonia apenas de carinhos…
O tempo não foi combinado, cada enlace no teu corpo é uma curiosidade para o descobrir…
Amar-te mais já não é possível.
Oh amor, serei sempre o que estará dentro de ti.
Bálsamo
Fora capaz de ser voluntária, mesmo na desconfiança da partida e da saudade.
Desconhecia, fugi, encontrei.
Esforço guerreiro
Consegui repor a paz e a intimidade… Oh! Bálsamo que te derramaste sobre o meu esquecimento.
Já passou o fim, e as perguntas já não arranham em cada madrugada.
Arranquei-te revolta. Agora vou arrumar-te num lugar sem detalhes.
A aridez da minha vinda era uma presença invasiva;
No depois, nunca tinha tacteado em tal perfeição.
Sementeira
Antes de me alcançar escorreguei no trilho, estava a semear o campo… A sementeira deixou-me livre do meu quarto.
Se fosse algo assim tão fácil dragar os meus pensamentos, dava-me ao sono!
Quero-me ver de novo, não aquilo que tinha na mão ainda podre, aquelas sementes…
Decidi pintar-te, eu. A melhor atitude.
Telefonei e morei nesse telefonema tão visceral!!
Esperava saber o que se passava, se a fronteira ainda existia?!
O tempo foi meu amigo, gastei-o e deixei-o levar-me até ti.
Corri, arranjei umas pernas novas, e alguém se cruzou no meu oceano de saudades… Sou escritora e não nada peço para escrever.
Arranjei os meus ossos e ficaram articulados e decidi continuar a correr até chegar até ti.
Teu Nome
Aliviei o peso das minhas saudades com a verdade, a tua decisão convenceu-me - adoras-me há muito tempo. Sabes que cuidas dos espectros mais frágeis da minha alma, tu és a onda na qual flutuo, meus lábios naufragam nos teus e meu corpo descansa sobre o teu. Nossos corpos têm os contornos das planícies, nossos abraços abrem-se devagar como as nuvens do céu e mudam de forma consoante os desejos...
Pressinto a tua presença sempre lado a lado como um privilégio, vestes-me de alegria devolveste-me tempo e inocência.
Confio-te os meus pensamentos os meus pequenos enganos, quando caio das falésias!
Sobre a minha pele murmura o teu nome, gasta os teus gestos com ela...