Sonho-te...
Hoje sonhei-te…
Vestida de arco-íris
Colorindo de lindas cores
O meu sonho
Sempre ofuscado, pela neblina
E escuridão.
Percorro as margens do sonho
Onde te despes para mim
Não as vestes
Que te cobrem tão belo corpo
Mas a tua alma
O teu ser
As tuas emoções.
Sonho-te…
Despida de preconceitos
De dúvidas
De medos
De inquietações.
Sonho-te…
Sorrindo para mim
Com esse teu sorriso luminoso
E belo…
Sonho-te…
Juntinha a mim
Inebriando-me com o teu perfume
Aquecendo-me com o teu calor…
Sonho-te…
Como sempre quis, meu amor…
Junto de mim
Beijando meus lábios…
Encostando a cabeça ao meu ombro
E depois…murmurando baixinho
Dizes-me…Amo-te…
Gil Moura
NESTE SONHO QUE ME INVADE
Neste infinito de emoções
Neste universo onde flutuo
Neste sonho que me invade
A cada instante
Sigo na estrada da esperança
Ao encontro de ti.
Nesta teia de emoções
Neste turbilhão de sentimentos
Que se cruzam e nos absorvem
Viajamos neste sonho
Dentro das emoções
Que o sustenta
E me faz voar…
Neste universo de cumplicidade
Onde o amor flutua em nós…
Onde voamos
Nas asas do sonho
Nas nuvens do nosso sentir
Na galáxia…
Das nossas emoções.
Pudera eu ser
Pássaro veloz
Vento que fustiga forte
Mas que nunca perde o norte
Para junto de ti
Me levar…
E juntos voarmos
No céu azul infinito
E num sussurro
Num grito
O nosso amor…consumar.
Gil Moura
LOUCO, EU SOU...
Loucos são os ventos
Que dentro de mim sopram
Sem parar
Loucas são as noites
De insónias constantes
Onde o amor se instala
Me inquieta
Me alimenta
Me faz sonhar acordado.
Loucos são os dias
Que em noites de insónias
Me esperam
Não me deixando dormir.
Loucas são as águas
Que afundam as mágoas
As inquietações, as incertezas
Lavando-as.
Louco, eu sou...
Por te amar!
Gil Moura
NAS VEREDAS DO ESQUECIMENTO
Nas veredas do esquecimento
Gritam gargantas sufocadas
Pela dor da indiferença
E abandono
Moram corpos moribundos
Sente-se o cheiro da tristeza
Pairam almas destroçadas.
Nas veredas do esquecimento
Vêm-se rostos perdidos
Corpos vestidos de nada
Despidos de tudo
Esperanças perdidas
Sonhos esquecidos
Vidas cerceadas.
Nas veredas do esquecimento
Morre-se dia-a-dia…lentamente.
Gil Moura
GRITOS SILENCIOSOS
Junto ao rio da indiferença
Onde mergulha a desilusão
Estava deitada a quimera
Ao pé da inquietação.
Junto ao vale do infortúnio
Sentada em pose de musa
Estava a tristeza, coitada!
Sozinha, muito confusa.
Ao lado, estava o lamento
Trazendo o amor que fenece
De olhos semi-cerrados
Pousando os braços cansados
Sobre os joelhos em prece.
Por fim, lá estava a agonia
Com a alma a sangrar
Deitada sobre um manto
Sufocada em mudo pranto
Sem vontade de chorar…
Gil Moura
NÃO QUERO, NEM VOU EXPLICAR-TE
Não quero, nem vou explicar-te
Porque razão, o meu coração
Continua a amar-te
Pois não é necessário explicação
Apenas sei que te amo
Sinto-o com toda a emoção.
Quero-te sentir-te nos meus braços
Num abraçar carinhoso e terno
Onde a chama do nosso amor
Queime mais, que o Inferno.
Atenderei as súplicas dos teus olhos...
Os sussurros dos teus lábios
O bater do teu coração.
Agora quero amar-te
Sem nenhum preconceito
De todo, e qualquer jeito
Aqui, e em toda parte
Não quero, nem vou explicar-te
Quero sim, é amar-te.
Gil Moura
NO VENTRE DO TEU MAR SEM FIM
Gostava de te ter aqui
Sentada no colo do vento
Onde o barulho não se ouve
E a dor não se sente
Gostava de estar ai
No ventre do teu mar sem fim
Mergulhar nas tuas ondas
E deixar-me flutuar
Ao sabor da maré
Que me levará ao infinito do tempo
Do tempo que o tempo
Nunca poderá alcançar
Viajar através do sol
Que nasce no horizonte dos sonhos
No mar das ilusões
Onde as Sereias cantam
Canções de embalar
Onde adormeço
Num sono sem fim
Onde um Cavalo alado
Me levará
Até ao jardim verdejante
Onde Unicórnios azuis
Galopam livremente
Em cavalgadas compassadas
Pelas planícies da esperança.
Gil Moura
COMO TE AMO...AMOR!
A chama do amor…
Acendeu-se em mim
Em ti, em nós…
Este fogo que arde sem se ver
Mas que se sente
Que nos queima
Nos absorve
Nos domina
Nos controla…
Nos inebria a alma
Nos exalta as emoções
Nos embebeda os sentidos
Nos transporta às sensações.
Ah! Bendito amor
Que corres nas minhas veias
Que me invades as entranhas
Que percorres a minha pele.
Sentimento belo…
Sublime!
Como te amo…Amor!
Gil Moura
VOU ABRIR...PORTAS E JANELAS
Rompo o silêncio que cala...
Nubloso e cinzento
Falo com a voz da esperança
Da alegria
Rasgo horizontes perdidos
Adormecidos
Rompo o marasmo do conformismo
E da inércia
Abro portas e janelas
Para que uma nova aragem
Entre e refresque
Numa casa...
Onde o cheiro o bolor
E a melancolia
Há muito...
Se instalou
Vou abrir...
Portas e janelas
Para a claridade...
Entrar.
Gil Moura
SENTES MEU AMOR?
Sentes meu amor?
O perfume no ar
Que o nosso amor deixou?
Sentes meu amor?
O cheiro da ternura
Que em nós ficou?
Sentes meu amor?
O cheiro da paixão,
Em nosso redor?
Sentes meu amor?
O calor no ar
Que dentro de nós
Tem tanto fervor
E nos faz vibrar
Sentes meu amor, sentes?
Gil Moura