Poemas, frases e mensagens de Notlimer

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Notlimer

Poesia Curtinha I

 
Longevidade

Ja nao conto historias
Conto memorias

Gosto muito de poemas curtinhos... Adoro o Paulo Leminski e as dele!
 
Poesia Curtinha I

Silenciosa 2

 
Silenciosa 2

Que destino ou Deus suposto
Fizesse tamanha injustiça
E gracejo de tão mau gosto

Numa pele lisa e olhos acastanhados
Em cabelos negros e suaves lábios
Uma só formosura de mulher...

Tão bela e jeitosa, fosse esculpida
Com marfim no sorriso e safira nos olhos
Fosse um perfeito soneto de palavras contadas...

Mas que destino ou Deus suposto
Tendo feito tão belo rosto e tão belo ser
Colocasse a alma da mais perversa mulher

E ao vê-la assim calada
Tendo-a como namorada
Fiz de minha vida alçada para um fim que ninguém quer.
 
Silenciosa 2

A ultima Poesia

 
Minhas poesias andam reclamando
Sentem-se muito solitarias, as minhas poesias
Caladinhas na tela do computador
Escondidas e esquecidas, ate mesmo por mim

Elas querem gritar e dancar pelo vento
Disseram-me que vao me abandonar
E que deveras nunca foram minhas, as poesias
Precisam de companhia, poesias em depressao

Sera que um dia um outro poeta solidario
Vai se comunicar com elas?
Ou um pintor carinhoso lhes dedicara um quadro?

Poesia triste e sem voz:
O som de sua tristeza chegou a meus ouvidos
De tal modo que lhe dedico essa ultima poesia

Pessoal, sou novo aqui e ainda nao sei como se faz para aparecerem os acentos graficos, assim sendo, postei a poesia sem os acentinhos :(

Fiquei por tempos tentando escolher a minha primeira poesia a ser posta aqui... Procurei umas pelas rimas... Outra por metaforas... Conteudistas... E entao escolhi: Escolhi a Poesia pela SINCERIDADE.

É exatamente isto que elas sentem, tadinha, e achei um excelente lugar, onde elas podem arrumar coleguinhas...

Abraços a Todos os verdadeiros Poetas!
 
A ultima Poesia

Poesia Viva

 
Começou a nascer aqui uma Poesia
Dor de parto é não saber o que escrever
Vai se desenvolvendo - linhas como anos
E vai aprendendo e ensinando – as estrófes

Já na adolescencia sente-se confusa
Quer fugir, quer morrer - deletar
Mas eu dou um suporte - mais umas palavras
Metáfora bonita é ser debudante!

Volta-se no tempo, dando um traço na forma
Aprendendo com o passado
Escrevendo o futuro

Enfim adulta, já crescida, corpuda
Deve seguir seu próprio caminho
Salvo o arquivo e a esqueço pelo mundo

Publicada pela Editora Andross, de São Paulo.
 
Poesia Viva

Mais uma rapidinha...

 
Escrever Poesia nem sempre é ser Poeta na pele
Mas viver Poeta é na pele da vida escrever uma Poesia
 
Mais uma rapidinha...

Estrela Cadente

 
Quantas estrelas! Quantas!
Gotas luminosas no negro céu
E a maior de todas, o borrão,
Dorme tranquilo – sabe-se lá onde...

Observo da ponte as pessoas
E são tantas e tantas...
Fazendo da cidade um ninho
Ou rio de gotas de gente...

Enquanto escorre de minha face
Despencando ao chão uma gota
E ao olhar, um inocente menino,
Diz à mãe: “Ali! Uma estrela cadente...”.
 
Estrela Cadente

Mais um pensamentinho

 
Um dia para se chegar à revolução.
E uma vida para se chegar a este dia.
 
Mais um pensamentinho

Shhhhhhhhh...

 
Eu achei chato chamar ela
E a chama que acende do cigarro - tão singela
É choro de chinelada em menina xereta
Se rasga, se morde, se marca, se deita
Risada gostosa na cama depois da canseira
Que faz um quarto de família virar uma cancela
Eu confesso que achei chato chamar ela
Rolava, roncava, sonhava em plena quarta-feira
E cessa o choro da filhinha xereta
Em seu quarto de fronte pro espelho fazendo careta
Tão logo mulher - espero não aconteça
É troço que bate rodando na tua cabeça
Me deito, me dobro, não sinto, anoiteço
No desfecho eu achei chato chamar ela
Que dormia ao meu lado tão serena
Por Deus espero que tão logo não amanheça.

Nossa, essa Poesia é muito antiga... Que site maravilhoso! Fazendo reler textos quase esquecidos!
 
Shhhhhhhhh...

Desde que a porta bateu...

 
Silencioso quarto, as paredes sentem falta
O neon nunca mais rasgou a luz

Desde que a porta bateu...

É frio, É fogo, É foda
É o tempo que não anda
- o relógio tá com pilhas -

Fitzgerald filho da puta
O tempo como seu cúmplice
era ele quem eu matava
Foi ele quem me matou

É frio, É fogo, É foda
É o tempo que não anda
- os ponteiros sempre giram -

Minha cabeça sempre gira
Jack Daniel, analgésico pesado
Sem bula nem receita

Guarda-roupas tão vazio
Porta-retrato com vergonha
Alguns copos quebrados...

Desde que a porta bateu...
 
Desde que a porta bateu...

O Vício

 
Eu pedi mais um trago
Pois eu trago pra ti
Eu trago pra ti mais uma canção

Faz parte do destino, faz parte
Da minha história - faz parte
a parte que me cabe nessa situação

Não é parte de um filme
Me parte, sem comercial
Sem clichê, romance astral
Bomba relógio, droga ilícita
Você é meu vício...
E eu insisto...
Que droga! Eu insisto!

Faz parte do destino, faz parte
Parte de mim, algo que me parte
E partes, sem ao menos dizer "tchau"

Sem poder, sem pudor
Sem frase nenhuma
Um ponto final
Ponto final da partida
Faz parte de um todo
E não é quase nada
É um vício... Eu insisto!
Eu existo!

Algumas referências a banda Engenheiros do Hawaii... acho que vale ir lá pescar as intertextualidades.

Abraços a todos!
 
O Vício

Poesia Lastimosa, Maria

 
Embora não mais a via
Sentia o toque da mão
E não restara o perdão
Embora não mais havia

Eu lhe mostro a calmaria
Pra esse seu furacão
Mas só não me diga não
Só pra eu te ter, Maria

Fossem apenas suspiros
Dessas lágrimas ditosas
Eu desfazendo em delírios

Você me fazendo em prosa
Pois, desses tristes gemidos:
Poesia lastimosa
 
Poesia Lastimosa, Maria

Poesia Curtinha II

 
Eu não sei bem, mas quanto mais cores, mais os Beatles me pareciam tristes.

Vejam os clipes... Ainda não sei colocá-los aqui.
 
Poesia Curtinha II

Sou um mentiroso

 
Sou mesmo um mentiroso, um mentiroso dos piores e não me envergonho disso. São mentiras que produzem verdades. São mentiras

que germinam sonhos, que acalentam as dores... Sou mesmo um mentiroso: Sou Poeta.
 
Sou um mentiroso

Milagre

 
Assim como meus antepassados, que acreditavam que a Terra era infinita, posso morrer como um tolo achando que o mundo o é. E no futuro estarão rindo de mim. Mas que saibam os que riem, que não há nada mais gratificante do que viver com esperança
 
Milagre

Soma

 
Ó, eu preciso...
Dá-me um pouco mais,
Odiável Mundo Novo!
Tão antigo...

É, eu preciso...
Dá-me um pouco mais
Entorpeçar-me-ei
Esquecerei... Enfim!

Os carros ainda não voam
E você ainda não vem
Os pássaros cada vez mais raros
Suma... Soma... Suma... Soma...
Eu preciso...

Dá-me um pouco mais
Uma dose letal,
Odiável Mundo Novo!
 
Soma

Das Impossibilidades (Rapidinha)

 
Impossível: Um romance não pingar ao menos uma Poeisa!
 
Das Impossibilidades (Rapidinha)

Versos Insetos

 
Poesia de versos incertos
Não sei se são delírios
Ou se são concretos!

Observando umas formigas andando e trombando umas com as outras, corri ao computador para escrever esses versos.
Não sei porque o movimento das formigas me fez pensar nos versos, mas o som "inseto" logo se confundiu com "incerto" e nada mais incerto que o andar das formigas e dos versos.
E essa reflexão me levou mais ao "subsolo" de mim e às referências de Poetas que tenho dessas duas gerações citadas indiretamente: Ultrarromantismo e Concretismo.
A aliteração (confesso ter saído aleatoriamente), deu um ar de certo cansaço... é muito som de "s"...
 
Versos Insetos

A Poesia e o Beijo

 
O tocar dos lábios é o verso.
E a poesia: O beijo por completo.
 
A Poesia e o Beijo