Hopeful Suicidal
Today I don't want to laugh,
Today I don't want to cry,
Today I want an epitaph,
Today I want to die.
In a quest for the sun
My heart was sent to spy,
But it was going to burn,
It was going to dry.
I don't want to lie,
I just want a gun
And a shot in the eye.
But then I want a son
And a reason to fly.
Hope, I thought there was none.
(But I was wrong.)
Tell me
Tell me a short story
About simple joy or magic,
Or an epic tale of glory,
Doesn't matter if it's tragic.
Tell me the ways of the heart
And kill my hunger at last.
Imprison my will to depart
But be cautious for it may blast.
Tell me whatever you need,
I'll search for it in the dark
Until my eyes start to bleed.
Increase the bright of your spark,
Give me feelings to feed
And memories to remark.
Eterna Promessa
Vivia em permanente procura
De algo modesto absoluto,
Numa vida de aventura
Neste mundo irresoluto.
Em constante aprendizagem,
Procurava definições,
Mas prudente camuflagem,
Amparava as soluções.
Algo fugia furtivamente,
Desta ágil curiosidade,
Mas não podia facilmente
Esconder-se na eternidade.
Explorador que se interessa,
Nasce já com a vontade,
E com a eterna promessa
De desvendar a verdade.
Então numa tarde ensolarada...
Por entre um jardim de rosas,
Vi um querubim a passar
E intriguei-me sobre as causas,
Ou se estava a alucinar.
Nessa noite me deitei,
Relembrando a alucinação...
Foi então que reparei
Na seta em meu coração.
Amaldiçoada criatura
Me havia tentado matar!
Oh, tamanha diabrura...
Parto agora pra te caçar!
Exaltado, empunho a catana,
Dirijo-me ao vasto jardim...
Sinto o cheiro que emana
Do malvado querubim!
Só findando as belas rosas,
Vi como era ruim.
E chorando pelas formosas,
Vi que o mal estava em mim.
Volto seco pro meu ninho,
Cultivando arrependimento
Pelo pequeno pobrezinho
Agora sem acampamento.
Reflecti e resolvi
Corrigir a situação,
Abriguei e acolhi
Um querubim no coração.
Vendo uma casa tão escura,
Resolveu me clarificar:
Entregou-me a cara cura,
A pureza que era amar.
Parti então à procura
De algo mais pra dar valor,
Com esta pura criatura
Que me enchia de amor.
- Mas como nada é perfeito, o querubim, também não o era, então sempre que alguém tentava amar o explorador, este lembrava-se de quem lhe havia destruído a casa, e em vingança cega, afastava tudo o que cobiçava este seu novo coração aconchegante.
Permanente procura falhada.
O desespero junta-se à luta,
A alma confusa e fechada
Solitária em escura gruta.
Demorou a perceber
A malvadez no peito,
Passando a cometer
Loucuras de qualquer jeito.
Mas sabia precisar
De voltar a ser quem era
Pra poder enfim amar.
Longe daquela quimera!
Continuando a procurar,
Correndo sempre depressa,
Um dia se vai libertar.
Esta é a eterna promessa!
Rui Araújo 25/11/2009
A história de um explorador que procura amar, sem que o seu próprio coração o faça errar de forma a afastar toda a possível felicidade.
Baseado em mim próprio.
Partirei
Está quase...
Estou quase...
Aquela que nunca volta,
Já a sinto vir aí...
The Mask
Little smiles lie as lies
In a face full of scars.
They cover people's eyes
And keep truth behind bars.
Always seem pretty good
Without a care in the world,
But there's a secret to this mood:
Many things go untold!
You're ok? What's wrong?
It's all they will ask.
Tho' none knows the song...
It's not an easy task,
But all that makes me strong
Is my unpenetrable mask.
Exclamação
Procuro-te vida fora
Na minha carruagem sem roda e sem hora.
E sem demora,
Encontro o que já à muito tempo em mim mora.
Pergunto à brisa do mar e ao vento,
Se o que me deixa sem tento vem agora.
Dizem-me que te viram ontem a dormir ao relento,
E que tinhas um leve aroma de amora.
Te perdi, mas minh'alma te procura,
E nos trilhos desta vida perdura...
Então exclamo!
Quando te encontro num sonho de ternura...
Olho pró céu e reclamo
Por não poder dizer novamente: Eu te amo.
Soneto inspirado no seguinte poema de outro autor: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=234822 ;P
Nothingness
No smile in the face
No joy in the street
No car for the race
No goal to defeat
No stars to gaze
No wars to embrace
No end to the maze
And no evil to grace
Vacuum of darkness
All around me
Trip.
It's everything and nothingness
All around me
Trip.
To love again
Now I'm sure I had forgotten
How good certain things taste,
Life's like a soft ball of cotton,
Surely not meant to waste.
Change your ways while you can.
Move forward with no haste!
Grab your friends and a van
And don't forget the toothpaste!
Let your barefoot touch the ground,
Relax and elaborate a plan
To survive the next round...
And then one can be the man
Who was nowhere to be found
When asked to love again.
A dor da morte
Um dia a vida parou,
Olhou pra mim e falou.
Dizia ela que os dias são incertezas,
Que o desconhecido preenche o futuro.
Poderá haver muitas belezas,
Mas com um futuro sem certezas,
O mundo pode ser duro.
Apenas uma coisa é certa;
O dia que será o último,
Em que todos sabemos o que acontece.
É o dia em que a morte desperta,
E toda a vida se desvanece.
Por isto cito sabiamente:
"Carpe diem, quam minimum credula postero." *1
Pois conhecemos nosso último dia,
Mas não a sua data.
Eu não tive tudo o que queria,
Mas tento ter tudo o que preciso.
Tudo o que desejo agora,
É deixar o passado de fora,
E enfim ganhar juízo.
Então quando nascer o dia,
Quando se revelar a data,
Estarei preparado pra tudo,
E com a morte em concordata.
A vida é curta,
A morte é para sempre,
Nunca se esqueçam,
É certo que o futuro mata!
E a dor da morte permanece eternamente.
Rui Araújo, 02/03/2007
*1 Carpe diem, quam minimum credula postero.
Expressão em latim, traduzindo: Aproveita o dia, confia o mínimo no amanhã.
Moral: Todos sabemos e temos certeza, aliás, a única certeza que temos verdadeiramente é esta, a morte irá bater à porta um dia. Mas toda a verdade tem um mistério, por mais verdadeira que seja, o mistério da morte é a sua data, a sua imprevisibilidade.
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje!
Não esperes para corrigir os erros!
Pensa e age racionalmente, de forma a não despertar a imprevisibilidade da morte, adiantando a sua data.
Vive, aproveita e goza o momento imediato!
Não sinto mais
Na vida mergulho intrépido e só.
Nada mais sinto por ninguém.
De nada me orgulho, até dá dó.
E só em sonho imerjo mais além.
Perdi do começo o término,
E da loucura a razão.
Tudo caiu em efeito dominó
Quando do tecto, perdi o chão.
Anseio pela ansiedade
De sentir de novo de verdade
O que quer que seja, no coração.
Mas não há mais emoção!
Nem sequer dor ou paixão.
Já nem de sentir tenho vontade.