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BREVE NOTA A QUEM ME LÊ

 




Ao homem o que ao homem pertence,
Nem mais nem menos, que a justa medida.
Mas se ele nem a si próprio se vence,
Como dar-lhe minha mão aqui estendida?

Esconjuro toda a fé, que tanto traumatizou
O bom como o menos bom, em sua incongruência
Desmedida e infértil, que não tardou,
Em reclamar do justo, a sã e parca inocência.

Está tudo explicado pela ciência, ó senhores,
Ninguém ama o que não existe nem se vê…
Que me dizem a mim, os senhores doutores,

Que eu já não saiba? O homem é garante
De sapiência, quer o que lê e o que não lê,
Inda assim, insistem no verso, de turbante.

Jorge Humberto
12/10/07



 
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jorgehumberto
 
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Enviado por Tópico
Raul Cordeiro
Publicado: 13/10/2007 19:02  Atualizado: 13/10/2007 19:02
Membro de honra
Usuário desde: 23/07/2007
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Mensagens: 598
 Re: BREVE NOTA A QUEM ME LÊ
Sempre eloquente a sua escrita. Parabéns.
A minha habitual oferta:

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=19861

Raul Cordeiro

Enviado por Tópico
Hisalena
Publicado: 13/10/2007 22:47  Atualizado: 13/10/2007 22:47
Membro de honra
Usuário desde: 30/09/2007
Localidade: Leiria
Mensagens: 734
 Re: BREVE NOTA A QUEM ME LÊ
Interessante esta sua nota.
Gostei de a ler... e apreciei as entrelinhas.
Bjs