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Como desamar essa confusão

 
Vezes sem fim tenho vontade de lhe dizer:
- Pode parar e voltar para casa agora...
Mas essa casa nunca foi sua, era minha
Eu perdi meu abrigo, minha morada quando você foi.
Eu não morava no seu coração,
Você permaneceu no meu como sombra
Sobra, incompleto, vazio, agoniado.
Toda vez que tento lhe dizer:
- Pode parar e voltar para casa agora...
Agora, acho que sei que quero dizer:
- Deixe-me voltar, sentir, acalentar

A chuva, a lua confortam
O teto, as paredes são frias
A noite, companheira, é solicita na solidão
Na falta que você (?) faz.

Muitas vezes quero te esquecer
Me conforta lembrar os bons momentos
Muitas vezes quero lembrar
Mas o vazio vem junto.

Como desamar, já que a ti não posso me forçar
Como me forçar, se meu coração e mente, sente
São, eram (pois você é outra) seus.
Você é a mesma? Eu deixei de ser
Sou um amargurado infeliz
Que em noites chuvosas, nem lhe diz:
Sinto saudades.


Oh ego Laevus!

A ideia do trocadilho de desarmar e desamar essa confusão é propositado.
 
Autor
Raul de Oliveira
 
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