pisoteei a árvore do amor
no meu peito enquanto pude
despejei sobre ela as brasas dos infernos
e o vômito de mil demônios sem saúde
meti o machado na árvore dos caralhos
e espirrou sangue na minha cara
desbastei-lhe todos os galhos
de modo que sobrou-se-lhe só uma vara
ateei fogo na árvore das vaginas
de modo que ela findou pelada
assim ficaram as meninas
quando souberam da queimada
destruí a árvore do amor
e plantei a árvore da malícia
no solo dos relacionamentos
arado com as lâminas da carícia
Úmero Card'Osso