...por vezes!

Mel,
caríssima poetisa,

Quando a palavra é assim certa na afinação, vibra tensa e suave...É o sortilégio de fazer sentir as veias a latejar nos tímpanos, de repentinamente secar a garganta e de fluir, lembrando-me os versos de um poema meu* que, com a sua licença, tomo a liberdade de citar:
«água da raiz do tempo/num silêncio de rumores/que vêm do modo lento/com que se abrem as flores».

A Mel no seu melhor.
Um abraço.

*«Canção das searas», postado aqui no luso.

Distingue-se facilmente quem nasceu com o dom da palavra e quem a usa por amor e necessidade.
No seu caso acho que tudo isto se junta e então acontece beleza com naturalidade...

Poema delicioso.
Sensibilidade feminina.
Por isso noventa e tal por cento dos poemas que leio são escritos por mulheres, não desfazendo nos meus colegas!

Beijinhos

...por vezes, as palavras se entendem e os poemas de amor deixam de ser apenas poemas de amor e se transformam em diamantes raros. é o caso deste teu poema. é o caso da tua lírica, minha amiga, onde o que podia ser comum, não é.

afeto, mel.

júlio