Poemas, frases e mensagens de Gisele

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Gisele

Sol

 
Era sol, sol e carícias de mar
Aos pés da brincadeira
Era brisa em flor a alardear
Uma bandeira...
Nos olhos uma fogueira
E o amor...
...à beira...
 
Sol

Valente

 
Era valente, brioso e poeta
Cavalo alado, sem sombra, só luz
Era o sentido em cauda cometa
Tropel sem sela, garra que conduz.
Horizonte meta, ferrado na cruz.
O amor…
…seduz?...
 
Valente

Lua

 
Era a lua, a maré, o lume brando
Nos socalcos do teu ser
Era o teu corpo vibrando
Em mim mulher
O fogo soprando
E o amor…
…quando?…
 
Lua

Estrela

 
Era a estrela polar da vela em desnorte
A corda do cais ao alcance do ser
Era o tempo a marinhar a desdita e a sorte
Um ir e voltar e sempre a perder
Nesta espera com corda, se colher
O amor
…pode ser?...
 
Estrela

Opostos sobrepostos

 
Coexistem verdades absolutas incertas.
Coexistem verdades opostas sobrepostas.
Como um veneno que se prende liberto na caixa
e dentro o gato se expõe ao universo…
Sai de lá o gato, meio morto, meio vivo,
provavelmente, possível, o nunca chegou…
Será isto a prova da simetria dos opostos?
Será que me percebi?
 
Opostos sobrepostos

Beijo

 
Era o beijo, o sopro, a sede de alma
Duas pétalas coladas numa sombra
Era a sede, a chuva, a doce palma
Aberta em dádiva, o voar da pomba
Nas asas do olhar. No encalço
O amor…
…percalço?...
 
Beijo

Cruz

 
Cruz
 
Era a cruz, o sangue, a inanição
A causa, a consequência, a demência
Era a fenda funda o núcleo da fusão
A cria, o rebento, em mim, dolência
Espasmo sem cura, ai turbulência
O amor…
…penitência…
 
Cruz

Como se faz o poeta (Inspiração de Flávio Silver)

 
No poema maluco
As aves vão na carreira
Para a praia da palavreira

Entre o gato e o rato
Está um feijão a suar estuprado pelas pombas
- rompe-se a casca e da raiz nos diz-

Oh águias destemperadas
Nómadas do fim do verbo
A candeia está apagada, a vela desmoronada.

O poeta só tem treta feita de vinho em proveta
Será que nasce no céu, ou é do feijão a inspiração?
 
Como se faz o poeta (Inspiração de Flávio Silver)

Era o não

 
Era o não, o nunca a latejar prementes
Em águas perdidos, uma espera, assim
Era a falha o abismo em queda dementes
O abraço dos dois contrários de mim
Persigo-me em fuga, agarro-me enfim
Ao amor…
…sim, sim, sim...
 
Era o não

Tempo

 
Era o tempo, a espera, o desespero
O desencontro fatal, o desvario
Era a alma desalmada, o exaspero
Queixume, queda e calafrio.
Na troca do nada p’lo vazio,
O amor…
…silencio?…
 
Tempo