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( Desequilíbrio)

De copo na mão

De copo em copo vou naufragando
Acendo cigarros tal arma na mão
Morro de amores, devaneio e paixão
Doutrina de vida, que me vai matando

Abraço a pena, vou escrevendo voando
Estátuas que me olham sem asas, ou ilusão
Piedosamente cultivo retalhos em abolição
Na fragrância em que me vou observando

As fraquezas que passo, os dias sem almoço
A janta que não chega, no pão que se definha
A cada dia que passa sou um cão sem osso

Labaredas que me consomem sem
Resistência, morte que se avizinha
Poema de todos que não é de ninguém

Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

O período de homem regrado que Bocage viveu depois de sair do hospício durou pouco tempo,decadente sente que o fim está próximo.

Na foto uma tela de Malhoa (os bêbados)
 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 05/12/2009 21:30  Atualizado: 06/12/2009 16:17
 Re: «« O poeta aos meus olhos ( XVI ) ««
BOA IMAGEM POIS SEMPRE É BOM VER E FICAR OLHANDO NA PODRIDÃO DO MUNDO QUE NOS FEZ MALHOA.
JULGO SER BOCAGE O MAIOR POETA PORTUGUÊS MASCULINO E NÃO CAMÕES DOS CONHECIDOS. APENAS O TEMPO NOS DEIXA LER E VER MELHOR O SEU SEGREDO. MAS NUNCA ME ENGANO MUITO NAS MINHAS CONSIDERAÇÕES. CONCERTEZA NÃO SE COMPARA MUITO A NENHUMA MULHER E ISSO SE PODE LER EM SI TAMBÉM POIS A VEJO MELHOR.
O PROBLEMA MUITAS VEZES SÃO ALGUNS QUE DUVIDAM DA CIÊNCIA NÃO OS QUE ISSO ESTUDAM.
O MUNDO A SE ESTRELAR EM SI MESMO. É DE VERDADE É DE BOCAGE A SUA RIMA.
UM ABRAÇO PARA SI ANTÓNIA.
AMANDU