Daqui só desço por necessidade, Porque me queima a chama desse mundo. Daqui do alto não sou vagabundo E vejo todas as luzes da cidade. Daqui só saio por sobrevivência, Porque, enfim, não há outra saída. Enxergo a volta no romper da ida, Pois me maltrata a subserviência A esse jogo de cartas marcadas, A esse baile de faces mascaradas, A esse mar de forças divididas. Aqui no alto, sopra a liberdade, Que me sustenta, lança claridade, Planta a verdade, cura as feridas.