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Onde os fracos não têm vez

 
No caminho silencioso que trilho
Nas horas sombrias que a vida reserva
A dor de uma ausência sentida
De olhos que se foram na escuridão.
Sonhos que se desfazem
Nas agruras de dias tenebrosos
Qual castelo de areia
Demolido pelas águas do mar.
Porque chorar pela fuga desenfreada
De ilusões tão patentes
Na esperança de dias melhores
Quando nunca houve dias assim?
Nas paragens desse caminho
Sento-me sozinho e triste
Onde os fracos não têm vez
De chorar sua desilusão.
Não se pode recriar fantasia
De que o pesadelo não é real
Quando a dor é passageira
E uma nova aurora surge no horizonte.
A alma, no entanto, nisso não crê.
Quando desperta nas noites frias
Sem sentir o calor daquele corpo
Que do frio o aquecia.
Lembranças que fazem doerem
A sensação do esquecimento
De olhos marejados
Que sofriam na prisão.


Odair José
Poeta e Escritor Cacerense

http://odairpoetacacerense.blogspot.com
 
Autor
Odairjsilva
 
Texto
Data
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1924
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 24/04/2021 14:45  Atualizado: 24/04/2021 14:45
 Re: Onde os fracos não têm vez
Que rica inspiração. Saudações poéticas!

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