Sonetos : 

Túmulo

 
Túmulo
 
Eis que longe se ouve a cavar, o coveiro
Ao silenciar do cemitério, andas cavaleiro
A abrir a sepultura, nos teus olhos o vazio
Refletindo o vago e incessante sombrio.

Quem serás? Eis de habitar esta cova impura?
Que fim se dará a pobre alma dona desta tumba?
És ti, ceifada pela morte, a mercê das escuras
Levantando-se e caindo, ao som do abrir que retumba...

Não serás túmulo adornado, para este espírito sofrido...
És negado, isolado, de todo amedrontado,
Pela dor e sofrimento, agora sucumbido.

Levanta-te e cai, sem medo, és hora, encontrado
Tu espírito perecerá na tua índole, está marcado
No teu destino... És prometido ao túmulo do pecado.


Acho que estou apaixonada pela minha tristeza....

 
Autor
msrdany
Autor
 
Texto
Data
Leituras
844
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
NEUSA
Publicado: 26/02/2011 13:09  Atualizado: 26/02/2011 13:09
Colaborador
Usuário desde: 19/05/2010
Localidade: Rio Verde - Goiás Brasil
Mensagens: 1431
 Re: Túmulo
Gostei do conteúdo do soneto.
Parabéns!
Beijos
Neusa


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/02/2011 14:06  Atualizado: 26/02/2011 14:06
 Re: Túmulo
Este ficou forte e intenso numa dor sem medida!
Parabéns,amei!
Beijos ternos!