Romper o esplendor do dia
Com unhas de alma afiada
Rasgar o casulo do rei sol
Ao frescor sutil da alvorada...
Ver, espelhando azulino, um rio
Correndo entre dois jacintos,
Levando húmus a dois lagartos
Que blasfemavam metafísicas...
Sem portal nem janela no quarto
No meu quinto olho de ametista
Pelo quintal jardinado de begônias
Pelo rio de esmeraldas e turmalinas...
Hindu pobre sem casta, um pária;
Pardal solitário dormindo com o dia
Ter um jardim de azaléias e dálias
Ser mato de decomposição lírica...
Ir mais e mais e mais além...
(Com estética)
Ser humano completo...
(Ser Poeta,
Narciso...)
Gyl Ferrys