[ … por vezes não sinto o que sinto

por vezes não sinto o que sinto,
tento esquecer-me.
Esperguiço-me num mar chão

e como o mar chão descansa o pensamento, acalma a alma, mesmo que as palavras se assemelhem a ondas que se espraiam pelo areal deserto. Sinto então.

Poeta Amigo, como hei-de responder às palavras com que me honras? Agradeço-te o comentário, o maravilhoso. Obrigado.

Abraço-te

como se para sentir tivesse de saber, ser,
ser-me-ei apenas, tão longe tantas as vezes de mim

sim, tantas vezes a saudade bate, como o ondear do mar batido pela brisa de terra, que transporta o aroma do rosmaninho.

Poeta agradeço-te o comentário, as palavras, pela maravilha. Obrigado.

Abraço-te

Esperguiço-me num mar chão, ondula-se o corpo
que voga pela mansa maré,

como se para sentir tivesse de saber, ser,

e como me esqueço, algumas vezes para não sentir o que sinto quando penso, quando sou, como se desfizesse um sonho algures no tempo.

Querida Poetisa Jessica, agradeço-te as palavras, a reflexão, pelo belíssimo. Obrigado.

Abraço-te

renascia da promessa, da saudade,
das despedidas que sangravam pelo outono,

[… verão mar, outono terra …]

as promessas que renascem a cada momento, como saudades que cravam espinhos que jamais serão retirados nem pelo verão, nem pelo outono...

Poetisa, agradeço-te o olhar, as palavras, o sentir. Obrigado.

Abraço-te

que no final da rota inversa que seguimos,
as mãos se voltem a tocar, sem tempo,

[… mar terra …].

e tantas são as profecias que desejaríamos que se realizassem, "apenas um sonho e o vento me levar", apenas o mar e "logo eu serei livre" até de mim.

Poetisa, tantas são as vezes que não estou aqui, tantas, agradeço-te o olhar, as palavras, a reflexão. Obrigado.

Abraço-te

mas,

que no final da rota inversa que seguimos,
as mãos se voltem a tocar,

sim, por vezes não sinto o que sinto, e nesta repetição da palavra enfatiza-se o ser, o sentido, as viagens encerram em si uma esperança, o regresso. Pudesse parar o mundo um segundo que fosse, regressar poderei sempre.

Poetisa que admiro, agradeço-te a leitura, a releitura, honras-me com o teu comentário, com o belíssimo. Obrigado.

Abraço-te

e o grito trespassava as paredes amarelecidas pelo sol de verão,
um corpo único metamorfoseado
renascia da promessa

e a promessa revelava-se como um luar sem nuvens, restava o mar sempre por perto e o seu marulhar envolvia o grito, os corpos, os seres.

Poetisa agradeço-te o comentário, as palavras, os parabéns. Obrigado.

Abraço-te

como se para sentir tivesse de saber, ser,
ser-me-ei apenas, tão longe tantas as vezes de mim,
ser-te-às assim, tão perto tantas as vezes foste de mim.


como se para sentir me tivesses de despojar de mim espreguiçando-me pelo areal deserto sem os pássaros que entretanto migraram. Ao longe o sempre perto mar e as viagens continuarão sem as estrelas que orientam o navegante.

Poetisa , como eu admiro o que escreves, por isso deixas-me sem muitas palavras para agradecer este comentário com que me honras. Obrigado do fundo de mim.

Abraço-te (em azul céu, em azul mar)

por vezes não sinto o que sinto,
tento esquecer-me.
Esperguiço-me num mar chão, ondula-se o corpo
que voga pela mansa maré,

e tantas são as vezes que deixo de sentir forçando o esquecimento, desejando um porto de abrigo, uma chegada, sim tantas são as vezes...

Poetisa que admiro, agradeço-te o olhar, as palavras (jamais as perderás tenho a certeza). Obrigado.

Abraço-te.