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fatos típicos

 
serve o presente texto para ajuntar as opiniões, notas, observações e bispadas do autor, obtidas através de quase três anos de permanência neste sítio. ciente da possibilidade de receber comentários exasperados, cansados da insistência juvenil, da generalização apressada, da inocuidade de suas obras deste cariz, das possíveis menções inebriadas de engenhosos argumentos de que o mesmo obviamente anda em saga indigesta e maliciosa por atenção, o autor reserva-se o direito ao silêncio. e também de estar redondamente enganado.


§1º

a crítica ou opinião adversa é moralmente ilícita, sendo tomada ora como agravo, ora como invídia. os conceitos podem misturar-se e ainda se aderir a outros, tendo em vista que o comportamento, a moral e os motivos do indivíduo que incorre na prática da crítica e/ou da opinião adversa têm sido alvo de subjetivas análises-relâmpago.

§2º

a pessoa que critica ou opina de forma adversa tem problemas mentais ou sociais: é solitária, amargurada, tem delírios de grandeza ou complexo de inferioridade.

§3º

o autor que critica ou exprime opinião adversa é maniqueísta e tem forte senso de justiça: sua própria. os bons textos devem ser adorados e os maus, repudiados. esta é a verdade com a qual calibra suas palavras.

§4º

para que a opinião contrária à da maioria seja tida como válida, é necessário que seu autor seja formado em letras, com especialização em crítica literária.

§5º

toda opinião contrária à da maioria, quando esta for favorável, será negada direta e/ou indiretamente através de comentários subsequentes.

§6º

caso haja sucessivas opiniões contrárias à da maioria, haverá publicação de textos, em prosa ou poesia, mais comumente em poesia, com conteúdo avesso à opinião crítica/adversa. estes poderão ser sardônicos ou não, a depender do envolvimento de seus autores com o receptor da opinião acima mencionada.

§7º

caso o emissor da opinião adversa/crítica não tenha expostos fotografia, nome e sobrenome e localização próprios, sua opinião será contestada tendo em vista a ausência dos dados mencionados.

§8º

sendo o emissor da opinião adversa/crítica também autor de textos publicados, estes sofrerão uma devassa por parte dos receptores de sua opinião e possíveis amigos dos mesmos.

§9º

a boa intenção do emissor das opiniões extenuamente mencionadas no presente texto será considerada inexistente (vide §1º).

§10

pouquíssimos indivíduos estão dispostos a opinar de forma crítica nos textos publicados neste sítio. muitos dirão que não o fazem por insegurança ou por não se sentirem aptos ou ainda por não quererem ter suas palavras e ações rotuladas pelo que consta nos parágrafos 1º e 2º do presente texto.


considerações finais:


a crítica, seja ela feita através de mera opinião ou tendo base teórica, é costumeiramente rechaçada e tomada como ofensa. é também comum haver altercações, legítimas defesas putativas e acusações de má intenção. através deste texto, podemos perceber que não é vantajoso para o indivíduo, tendo em mãos a liberdade de expressão, fazer uso da mesma.



para o bom convívio neste sítio, é preciso zíper nos lábios: estes devem ser usados para os ósculos comuns à amizade. os braços, fez-se costume, devem estar sempre atados para trás: exceto na hora dos amplexos distribuídos ao largo, metafóricos abraços exercidos em palavras. para aproveitar o ensejo das palavras, estas devem ser carinhosas, amigáveis, maternas. as mãos devem servir para dois únicos propósitos: serem passadas nas cabeças e para tapinhas nas costas, gestos estes que ampliam o alcance das palavras de louvor aos nossos amigos autores.


alguns anos de solidão - blogue

"ah, meu deus do céu, vá ser sério assim no inferno!"
- Tom Zé


 
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Caio
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Enviado por Tópico
LuizMorais
Publicado: 11/04/2013 12:09  Atualizado: 11/04/2013 12:09
Usuário desde: 29/01/2012
Localidade: Piracicaba - SP
Mensagens: 2090
 Re: fatos típicos
caio,

um adendo:
§ 11. Neste sítio cultiva-se o conceito de que o erro está relacionado à inferioridade e a pessoa pensa que admitir o erro é se humilhar. Os que não admitem seus erros, ficam sempre na defensiva ( vide §§ 1º, 2º e 10º). Num segundo momento, partem para um ataque voraz ( vide §§ 6º e 9º), via de regra cometendo os mesmo fatos que dizem ter sido erros praticados pelos criticados.

e um esclarecimento necessário:

" ... receber comentários exasperados, cansados da insistência juvenil, da generalização apressada .." cansados refere-se à comentários?

luiz


Enviado por Tópico
Srimilton
Publicado: 11/04/2013 12:51  Atualizado: 11/04/2013 12:54
Membro de honra
Usuário desde: 15/02/2013
Localidade: Nenhuma
Mensagens: 1830
 Re: fatos típicos
O bacana desse site ou de outros iguais a este, é isso: O choque de ideias. Daí nascem os pensamentos, insights, mudanças e, por aí vai. Aqui o burilamento no espírito acontece. Uns gostam, outros não. Diversidade de convicções gera desconstruções, que gera novas construções, sadias ou não.
Sempre haverá quem o defenda e quem o ataque, por motivos óbvios, não tão óbvios e até confusos e, boa parte das vezes, equivocados. Mas os melindres e os melindrosos sempre irão existir. Mas aqueles que são elegantes, observe, são um refresco para os “olhos”. Digo elegantes não porque negociam seus elogios, mas porque, faça chuva ou faça sol, eles, os elegantes, entram e saem de uma forma que deixa um rastro de luz.
O crítico não precisa ferir usando construções frasais, que bem poderiam ser delicadas sem ter que perder ou enviesar sua opinião, sua assertiva. Aliás, ajudaria muito. O outro, ao ouvir a crítica, se sentiria agradecido, se não for, esse ouvinte, aquele melindroso chato que vê em tudo um motivo para achar que está sendo perseguido.
Já vi Vc sendo atado de uma forma equivocada e vi também sendo defendido. Me atacaram de forma bem dura quando escrevi aquela brincadeira logo no início de minhas postagens aqui no Luso. Achei divertido e não entrei na frequência negativa e equivocada desses. Tá lá. Curti e segui em frente.
Não raras vezes o crítico diz coisas que o hipócrita quer dizer, mas não tem coragem. Eu sou um deles e não raras vezes me divirto, acho bacana, quando um ou outro ouve uma boa crítica e se torce todo. Fico imaginando, daqui, os berros do melindroso e vaidoso escritor. E assim caminha a humanidade, não tão humana assim.
Mas, veja, quem faz a crítica, deve também saber receber o retorno, que pode também ser equivocado, melindroso, violento ou bem educado e elegante. Há de tudo. O menu é vasto.
O bumerangue vai arrasando o quarteirão, mas volta para terminar o estrago. Justamente no finalzinho, quando está para terminar o tour é que não se pode reclamar. É o momento de rir e de aprender. Penso assim ou, talvez não. Talvez seja só uma chinfra minha, floreio.
O debate é bom, no final das contas. Eu gostei.

PAZ!

Milton


Enviado por Tópico
VIDEIRA
Publicado: 11/04/2013 13:21  Atualizado: 11/04/2013 13:27
Colaborador
Usuário desde: 30/10/2009
Localidade: Profundo Portugal
Mensagens: 502
 Re: fatos típicos


cá no meu Minho e Douro (afugirprolitoral...) os fatos típicos são mais assim:

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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/04/2013 16:52  Atualizado: 11/04/2013 16:59
 Re: fatos típicos
(infelizmente,)

o teu texto é irrisório.
o teu texto é supérfluo.
o teu texto é incompatível.. e apenas porque diz a verdade.(diz umas verdades, enfim)

agora, eu te pergunto.. vale à pena?
vale à pena termos opiniões sobre particularidades de uns textos e deixarmos à nossa parte registrada em meados de consulta, diria puta, mas não quero exceder-me, de consulta-nula destes que se intitulam..

.."autores?"

acho que torna-se inútil, sabe?
o fake-gadanha escreveu no fórum, certa vez, que achava piada "aqueles que ali vinham para alvitrar que as discussões são inúteis.." e, acho que, ao passar desses tempos, essa discussão a que nos debatemos, torna-se pela medida em cáracter daqueles que que à intervém, como infrutífera.. banal e incolor(até..)

a crítica, por estas bases de autores e novos-autores e poetas e novos-poetas e o diabo que os sejam, é baseada na coletividade de seus argumentos em resposta à uma adversidade pelas suas direcções propostas.

a crítica é tida qual um parâmetro de elogio. só isto! e nada mais..

a crítica é intitulada por aqueles elementos que a determinam em um prato compartilhado em vários dizeres e/ou iguarias similares por retratação e elogio(vezes iguais).

a crítica é servida em porções férteis de uma hipocrisia nivelada ao consumo de seus pares(vezes iguais).

a crítica é nulificada quando em desacordo com a idéia do tal autor, ou de seus "semelhantes". quando a este ponto: a crítica torna-se ofensiva, ditada em estravagâncias de ego, é: suja, até..

para criticar, é preciso ser hipócrita.
para criticar, é preciso ter história entre aos ditos quais("escritores..")
para criticar, é preciso ter educação, ter: "finesse"

aff,


vê?
é uma discussão quase à beira do "inútil."


dando-lhe exemplos clássicos:




"(...)§ 11. Neste sítio cultiva-se o conceito de que o erro está relacionado à inferioridade e a pessoa pensa que admitir o erro é se humilhar. Os que não admitem seus erros, ficam sempre na defensiva ( vide §§ 1º, 2º e 10º). Num segundo momento, partem para um ataque voraz ( vide §§ 6º e 9º), via de regra cometendo os mesmo fatos que dizem ter sido erros praticados pelos criticados(...)"

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/ne ... ryid=245587#ixzz2QAhwwSh7
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives



porventura o erro, a que se refere o tal autor, deflagre à idéia, à proposta de livre pensamento a que TODOS nós temos direito. acho q o maior erro é não aceitar as opiniões(quando não ofensivas) dos demais utentes deste sítio. o erro é, na pior das hipóteses, não aceitar a opinião e calar-se à ela. e.. pró-activamente(falando), depois defender-se por meios de meta-poemas(chamo-os de poema de merda tb..) e comentários "posteriores" em própria divagação da "coragem" deixada.

um outro exemplo, e agora sendo claro à negação/afirmativa(?)/indicação do autor(acima):

quando criticado por mim, em sua página, absteve-se de responder-me, mas através de seus meta-poemas dirigidos, respondeu mmmmmm a todos, mas:

.. com um "adendo":

melhoria.
aceitação posterior de crítica.
pois,

parou com as riminhas de "ar", "er", "ir" tão repetitivas e indicadas como base da crítica que lhe fiz, isto é: não me respondeu prontamente. indignou-se. atacou de forma "nivelada/mascarada" e, por fim:

aceitou-a(a crítica) e manteve-se à sua (nova)formação..
(fez exactamente o que eu disse..)


hahahah



..


outro exemplo:(este pior!)






"(...)Sempre haverá quem o defenda e quem o ataque, por motivos óbvios, não tão óbvios e até confusos e, boa parte das vezes, equivocados. Mas os melindres e os melindrosos sempre irão existir. Mas aqueles que são elegantes, observe, são um refresco para os “olhos”. Digo elegantes não porque negociam seus elogios, mas porque, faça chuva ou faça sol, eles, os elegantes, entram e saem de uma forma que deixa um rastro de luz.(...)"

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/ne ... ryid=245587#ixzz2QAkHGcfL
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives





(a sério.. eu, Alex/Azke. começo a enojar-me disto)


a crítica é vista por este âmbito, qual a um ataque, vê bem..
é deformada a idéia de opinião contrária, bastando-a em carapuça víl e inapta: qual um ataque. "ao melindre.." pois,

ser elegante, pra esses elementos, converge à idéia de: "comunismo-literário"(ahahahahahah)

quer dizer:

o autor do texto criticado, será "elegante" com o seu crítico(do seu texto, claro!) e não lhe dará as respostas que "realmente" quer.. o autor deste texto em "críticas", deixará o caminho aberto, por meio de palavras falseadas, a este crítico que vem à sua porta com "melindres", mas..

esse mesmo autor(junto ao seu cariz "social) dará, em um comentário seguinte, uma conotação desfavorável ao crítico anterior, elevando o que o elogia a uma categoria(utópica/irreal) acima daqueles que lhe são/foram.. "deselegantes".
(resumindo: ele "ataca" o crítico no comentário elogioso que vem após..)



..


"(...)Digo elegantes não porque negociam seus elogios, mas porque, faça chuva ou faça sol, eles, os elegantes, entram e saem de uma forma que deixa um rastro de luz.(...)"

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/ne ... ryid=245587#ixzz2QAmWTNC1
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives


(aff..)



e tem mais(!) um pouco:

"(...)Me atacaram de forma bem dura quando escrevi aquela brincadeira logo no início de minhas postagens aqui no Luso. Achei divertido e não entrei na frequência negativa e equivocada desses. Tá lá. Curti e segui em frente.(...)"

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/ne ... ryid=245587#ixzz2QAmj5DdZ
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives



o ataque, referido por tal elemento, sugere-se a partir da opinião contrária a de quase todos os que lá foram em disposição de "análises". isto é: enquanto todos que concordavam com tal idéia trazida eram/são tratados por elegantes, o oposto lhe tornava(ao autor) qual um.. agressor.

(...)Achei divertido e não entrei na frequência negativa e equivocada desses. Tá lá. Curti e segui em frente.(...)"

a seguir em frente, por tais lados, diga-se:

- meta-poemas, poemas de merda, comentários alusivos, e mais e mais.. porém,
sempre aleatóriamente, e. nunca(ou quase nunca..) em frontalidade.




é triste, isso..
é o retrato que temos de nossos..
.."próximos."






..





e vc mesmo, caio..
como autor e "crítico" que é atende-se pelas mesmas conotações a que lhe inferem. veja o caso do poema que vc criticou abertamente com base apenas no que lá havia escrito. em verdade, vc ganhou: meta-poema, comentários posteriores e tudo aquilo q eu disse lá atrás..

às vezes é como dar murro em ponta de faca.

mas não podemos deixar de ter a nossas idéias influenciadas por uma maioria(infelizmente) que repudia a verdade. não podemos manipular as nossas opiniões de acordo com o pensamento "pró-social" a que tendem uns certos anônimos de si.. embora o processo de digerir a opinião contrária seja assim, efectivamente, difícil de conciliar à condição "social", nós. não. podemos. nos. calar.


nunca!
jamais..


chama-se: liberdade de expressão.
chama-se:



liberdade,





Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 11/04/2013 21:42  Atualizado: 11/04/2013 21:48
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: fatos típicos
Boa noite Caio eu não sou um catedrático, de modos que posso cometer erros gramaticais, ou de concordância, também não sou adepto da rigidez da poesia Clássica, então cometo erros que podem parecer grosseiros aos olhos de alguns, e não tenho problema algum com criticas, ou sugestões, porem abomino o desrespeito ao autor, por pior que seja sua obra.
Um grande abraço, MJ.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/04/2013 03:36  Atualizado: 12/04/2013 06:00
 Re: fatos típicos
...


Enviado por Tópico
Caio
Publicado: 13/04/2013 13:00  Atualizado: 13/04/2013 13:00
Membro de honra
Usuário desde: 28/09/2011
Localidade: Olinda, Pernambuco
Mensagens: 898
 Re: fatos típicos
alex, vou deixar este espaço aqui para responder seu comentário, mas não quero me meter na discussão entre você e o milton porque creio não ser o correto a se fazer. ainda assim, comentarei sobre também.

abraço





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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/04/2013 18:06  Atualizado: 13/04/2013 18:06
 Re: fatos típicos
De todo o texto o que mais me interessou e chamou atenção foi:

"o autor reserva-se o direito ao silêncio. e também de estar redondamente enganado."

Este 'redondamente enganado' cai bem, super malicioso,rs.


Um abraço