Poemas : 

à jusante

 
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Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.

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pegou dedos
d’alguns penedos
quebrou pedaços
abriu os braços
deixou-se largo

para arrancados
para perdidos
para derriços
fez-se regaço

e desses vinhas
retinha pétalas
e gramíneas
desgarradas
dos seus viços

e (ainda) caules
choramingando
em reboliços

e vinham andrajos
e peitos quebrados
e luar pingando
por todo lado
seus feitiços


e vinham
letras
pululadas
atraindo
palavras
entre um
mergulho
e um sorriso

um pouco vivas
meio afogadas
querendo arrimo
sem compromisso

 
Autor
MarySSantos
 
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