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De Noite ou de Dia ou do Outro

 
Vinhaça reles no copo furado,
Corado nas minhas peles
Carcaça ou bifana venha tudo
Faço com a Ana o que não fiz em casa

Baladas baleadas voam pelas casas rasas
Batidas dum som que deixa pensar
Enquanto pensas nelas fodidas
E as deixas de novo num bom ar

Ou julgas tu,
Cerveja reles na litrosa meio vazia,
Parti as outras garrafas todas
Num mano a mano dou uma razia
E para meter a cereja em cima do bolo
Volto para casa e ambos sabemos que marquei um golo

Com os canhões vamos marchar
É óbvio que não é assim que vai acabar
Gira mais da reles porque ainda sinto frio nestas peles
Traz desses canhões temos uma luta para lutar

E no fim vejo o desfile
Do qual faço parte do todo,
Abanco debaixo do toldo e deixo descansar o bicho que se alimentou hoje
As coisas giram, como muita coisa girou, e tudo o que oiço
São vozes na minha cabeça, que dizem de um poço "foge foge"

E eu bandido, curto bué dessa cena
Deixa-nos descansar já só trabalho por pena
Não preciso de tostões mas se deres uma tosta já aceito
Parece que vivo numa montanha onde o ar é rarefeito

 
Autor
AnnRoy
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