Sonetos : 

ELA E ELE – acto segundo: Os amantes TONS SOBRE TONS

 
Tags:  SONETOS 1994  
 
ELA E ELE

ACTO SEGUNDO: Os amantes

TONS SOBRE TONS

Ela chora. Dois olhos d'água ao rosto.
Ele lhe bebe as lágrimas... E sorri!...
Beija-a violentamente aqui e ali
Até da própria dor ela ter gosto.

Ele toma do cinto ao largo posto
E ata seus pulsos bem junto de si.
Cheira-lhe o pescoço, a colibri...
Após, rasga o vestido descomposto.

Suga faminto, pálidos, seus seios...
Mais torturando-a até sentir anseios:
Faz com que implore ser toda desnuda.

Ele a olha... Ela é mais bela que a beleza!
Vê em seus olhos sós a chama acesa
E afinal a possui, confusa e muda.

* * *


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
511
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
11 pontos
5
3
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/01/2016 00:13  Atualizado: 06/01/2016 00:13
 Re: TOM SOBRE TOM
*Eita! De uma luxúria sem vulgaridade.
Versos passionais em uma incendiada obra.
Um jogo perigoso e por que nao fascinante entre o prazer e a rendição.
Muito bom!
Abraçoka*


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/01/2016 10:57  Atualizado: 06/01/2016 10:57
 Re: TOM SOBRE TOM
Encantos que se pedem em desejo onde o prazer de aquela sedução excita os meism belos dos sentimentos.

lindo poema


Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 17/01/2016 12:56  Atualizado: 17/01/2016 12:56
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4864
 Re: ELA E ELE – acto segundo: Os amantes TONS SOBRE TONS
Concluo com "EPÍLOGO" a publicação da série de sonetos "ELA E ELE - amor em três actos" que apresenta onze sonetos em estrutura de entremez:

PROÊMIO

ACTO PRIMEIRO: O enamoro
- PRAZER EM CONHECER
- ATÉ BREVE
- POR OBSÉQUIO

ACTO SEGUNDO: Os amantes
- ANTEGOZO
- TONS SOBRE TONS
- ÊXTASE

ACTO TERCEIRO: O desenlace
- DEPOIS DO AMOR
- ANTES DA DOR
- ENTREOLHOS

EPÍLOGO