Poemas : 

Não há censura quando se permite a besta

 

Um poema de Miqué Di L'Atrólloggus



A vela vai queimar,
deixando o cachorro latindo
divertindo-se com prostitutas;
talvez tenha sido decisão errada,
matar e roubar sempre serão pecados...
Dizem que é uma matrona venerável,
a mãe dos que estão no poder.
.
.
.
.
...
eventos trágicos,
emoções gloriosas,
aquecem
temores:
paixão,
desespero
e esperança ...
loucura,
sorrisos trágicos
um brilho
incrível alegria.

.
.
.


Tédio e sangue correm nas veias,
líquido azul escuro causa angústia;
tanto sentimento de impotência,
como motor diesel de barco velho,
falhando, vendo desesperado timoneiro,
aproximarem-se recifes e o inferno,
removendo restos da maquiagem.
.
.
.
...


Quando o pai
cortou
o fio de cobre,
a quinzena
estava no início.
Ninguém
conduzia
alegremente
os bondes
e a luz
não acendia
em casa.


.
.
.

Contudo, jamais tente sair,
nem queira divertir-se com prostitutas.
Mesmo olhando fixamente nos olhos,
não há saída nem escapatória,
não há censura, quando se permite,
uma besta dentro do mundo humano
- talvez seja melhor nem pensar nisso...




 
Autor
Atrólogo
Autor
 
Texto
Data
Leituras
429
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
1
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/04/2016 01:36  Atualizado: 09/04/2016 01:36
 Re: Não há censura quando se permite a besta
Estou de acordo que a besta sob alguns aspectos deve mesmo permanecer adormecida no mais profundo do ser.