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À Beira Do Precipício

 
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À Beira Do Precipício
 
Um sentimento esquecido no passado está voltando
Tenho medo, pois da última vez acabei me machucando
Quero sentir ele de novo,
Mas não quero acabar me traumatizando.

Agora estou preocupado com alguém,
Que nem mesmo me conhece bem
Queria que confiasse em mim
Queria que soubesse que estou aqui,
Para quando estiver triste eu a ouvir,
E tentar fazê-la sorrir.

Tenho medo por ela, essa pessoa mal se carrega
Falo isso por conta do coração cheio de sequelas
Não sou um médico, nem um cirurgião
Mas se ela me der a chance,
Tentarei amenizar a dor de seu coração
Quero ajuda-la, mas parece que ela não sabe
Talvez eu seja apenas mais um estranho,
Que as vezes ela usa como capsula de escape
Agora cedo meu sono para escrever pensamentos nada randômicos.

Queria falar para ela me procurar, mas me falta coragem
Ela sempre está cercada por pessoas,
Que ela insiste em dizer que não são amigas de verdade
Mesmo assim, ela sempre está conversando com pelo menos a metade
E mesmo que moremos na mesma cidade,
Quase não nos vemos,
E não quero que seja zerada a sua felicidade
Mas que posso fazer se ela fuma para fugir da realidade?
Não sei como fazê-la escutar minha voz
Seria ótimo termos uma conversa, apenas nós
Sem seus primos e amigos fumantes, nem a vigilância de sua avó.

Tolo foi quem pensou que ela estava normal
Enquanto eu estava lá eu notei, ninguém me falou
Seu rosto estava abatido, o seu olhar perdeu o brilho
Eu compreendi, e não me importei por ela não falar comigo
Ela está prestes a cair em um mundo sombrio,
O que faço, Deus?
Perdoe a insistência do seu filho
Sei que não tenho o direito, pois não tenho fé
Mas ela tem, então te peço, ajude-a, se o senhor puder.

O abraço que recebi dela estava fraco
Suas mãos tremiam,
Como justificativa ela disse que tem isso desde o passado
Me preocupo, não me esqueço do que já aconteceu
A tentativa de suicídio que meu amigo interrompeu
Dos medicamentos pesados que ela engoliu, e quase se foi
Não posso simplesmente deixar de lado, não dá
Estava querendo visita-la, para dar um alô
Mas o problema é que talvez ela não esteja em casa
É difícil convencer alguém que não quer mais nada,
De voltar a viver, e cessar com os vícios que a maltrata.

Tenho medo dela tentar se matar
Quem vai estar lá para a segurar?
Sei que ela irá esperar a mãe ir trabalhar
Espero que alguém chegue, caso isso aconteça
Peço a Deus que a salve desta mortal correnteza
Eu queria ter a certeza que ela está bem, mas não tenho
Eu queria entregar a ela esse texto, mas nunca a tempo
Gostaria de mandar um abraço pela brisa do vento
Mas em nenhum momento eu deixo de me preocupar,
E lotar meus pensamentos a respeito do seu bem-estar.

 
Autor
AteopPensador
 
Texto
Data
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1888
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