Poemas : 

Metafísica dadaísta ou do constructo confuso

 
Eu sou
Porque ninguém quis me ser
Também não tenho vontade de ser
Mas sou
Fazer o quê?
Nada, nada, nada...
Senão se afoga
Nesse mar de letras
Irracional como sempre
Em constante procura

Procura besta
Já que nem sabe o quê procurar
Ou como procurar
Mas procura
E quem procura acha
Se tiver o que achar
Se não tiver
Procura mesmo assim
Por fé, esperança (talvez)

É um sonho natural
Ridículo também
Mas é válido
Mesmo sem validade
E quem consome
Se perde em consumismo
Por obras e sobras
Sobras, só sobras

Um invento leigo
Que não esconde
Nem é escondido
(Quanta vergonha alheia)
Sei que não sei
Um dia saberão disso
Saberão?

Mas e quando a razão de ser
Deixar de ser a razão?
Não sobrará o que procurar
Então procuraram sobras?
Obras inacabadas
Chamem de surrealismo...

Mas se chamarem
Aí então abandonarão o propósito
Será um arquivo inacabado
(Será inacabado de qualquer forma)
Vestígios mentais...

Sei, (finjo saber)
Do que estou falando
(A verdade é que todos fingem)
[Há bons mentirosos, melhores que eu]

Filosofia do apego ao desapego
De crianças aprendendo a andar
Engatinham ainda...

A ignorância ainda é o caminho
Continuará sendo

"Quem veio primeiro: o sonho ou a ilusão?"


Jeferson

 
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Jdcc1
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