Poemas : 

Abortos

 
Pego lápis e papel.
Risco rabiscos pequenos:
O sol sorrindo no céu
Atrás de montes terrenos...

Pego a borracha e apago.
Do nada mudo o intento:
Desenho um barco num lago
Dentro ponho o pensamento...

Lago em pouca dimensão
Não cabe no meu coração.
Desanimo, mudo a tez:
Apago tudo outra vez.

Brinco com os riscos tortos.
Faço contornos na mão:
Gigante a desilusão!
Navios em mares sem portos!

Meus sonhos são natimortos.
Sequer ouso uma canção.
Se me falta inspiração
Meu poema sofre... Abortos!



Gyl Ferrys

 
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Gyl
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