Poemas : 

Noite Parda

 
Cai a noite em sombra feia.
Esvai-se toda luminosidade.
Uma mão parda toca a esfericidade
Outra de tantas nuvens o ar semeia...

Frias ondas beijam a areia.
Um antigo deus altitonante
Fogo nas nuvens cinzas ateia
Detrás das montanhas lá adiante.

Em mim, céu sombrio sem estrelas;
Restos de luzes fracas, desmaiadas;
Fazendo minhas lágrimas prateadas
Do pensamento de não mais vê-la...

São fontes cristalinas o meu pranto,
Filhas dos frios rios de melancolia,
Que quero que essa noite dure tanto
Que nunca mais amanheça um novo dia!


Gyl Ferrys

 
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Gyl
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