Enviado por | Tópico |
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Alemtagus | Publicado: 24/09/2024 16:27 Atualizado: 24/09/2024 16:27 |
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Re: Olhar Cego nº 21
O cheio e o vazio, sem que o sejam pelo meio, ou é ou não é!
A envolvência que nos traz a soma de dois saberes que, em desequilíbrio (por não poderem coexistir em simultâneo), se digladiam, é violenta, levando o leitor a um transe linguístico e depois devolvendo-o a uma realidade já diferente, porque, sem darmos conta disso, enveredámos por um caminho que não nos era destinado. Este texto parece ter a capacidade de moldar certos aspectos de um futuro supostamente fixo. Viver e conviver com o que nunca se sonhou e encher tudo de nada ou nada de tudo, são conceitos complexos, merecedores de dedicado estudo. Duas coisas que gostava que acontecessem a este texto, nem que fosse num universo paralelo (ou numa página ao lado): primeiro que houvesse alguma preocupação com a rima (poderia engrandecê-lo ainda mais), segundo que tivesse continuação em iguais moldes. |
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MariaMorena | Publicado: 24/09/2024 17:52 Atualizado: 24/09/2024 17:52 |
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Re: Olhar Cego nº 21
…Um punhado, de nada….(Gostei dessa vírgula no meio, podemos ter um punhado de muitas coisas, eu tenho muitos nadas)
…Esse vazio palpável feito de ausências…( temos mais que um sentido para saber que algo existe e sendo assim palpável) …É o espaço entre as palavras não ditas…( um espaço que não traz vida e nem se concretiza, cheios de se que parecem se assombrações cheias de vida) …Percebendo que ele contém tudo…( engolindo um pedaço da vida, um parasita que não morre enquanto em nós existe vida) …promessa e possibilidade!...( Esperar algo por muito tempo e alimentar do vento) Bem faz eu que vivo |
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antóniobotelho | Publicado: 26/09/2024 09:49 Atualizado: 26/09/2024 09:49 |
Da casa!
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Re: Olhar Cego nº 21
Bem conseguida uma promessa de tudo e nada!
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Benjamin Pó | Publicado: 26/09/2024 12:10 Atualizado: 26/09/2024 12:10 |
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Re: Olhar Cego nº 21
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O Alemtagus e a MariaMorena já analisaram muito bem o poema, mas deixo aqui mais uns apontamentos: - a expressividade da vírgula no título, que pode parecer um erro ou distração, mas que desta forma sugere que as palavras "de nada" funcionam como a resposta a um "obrigado", dito por algo ou alguém. - as ausências, os intervalos, os vazios, as pausas... -- são esses os elementos onde, muitas vezes, surge a poesia, essa "promessa e possibilidade" que, sendo punhado, também é imensidão. |
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Abissal | Publicado: 30/09/2024 23:55 Atualizado: 30/09/2024 23:55 |
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Re: Olhar Cego nº 21
Um punhado, de nada, não é verdade?
O que é nada, para o que contém tudo? |
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Aline Lima | Publicado: 04/10/2024 23:37 Atualizado: 04/10/2024 23:37 |
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Re: Olhar Cego nº 21
É interessante como o vazio pode ser palpável e o nada, tão cheio de significados.
Gostei de ler. |