Poemas : 

Para AlexandreCosta (70ª Poesia de um Canalha)

 
De vez em quando escrevo-te
Depois descrevo-me a fazê-lo
Cenas de gaiato quase adulto
Embebedo-me de ti e beijo-te
Derretido num pedaço de gelo
Quase nu num amar-te oculto

Estas coisas quando são coisas
Que nos condimentam os egos
E rodopiam num ziguezaguear
Esvoaçam mentes onde poisas
Difíceis como a dor dos pregos
Não sei se me entendes o mar

Podia explicar-te noutro idioma
Mas depois não te entendia eu
Sei que não te valho mais nada
Disse-mo sábia e velha paloma
Que de tão velha nunca morreu
Ficas-me doce na língua calada

Dóis quando partes e não vens
Deste sol caído da noite escura
Com o nosso olhar sussurrado
Dóis se me dizes que não tens
De outro querer a vida impura
De mim peito só e trespassado


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
Autor
Alemtagus
Autor
 
Texto
Data
Leituras
196
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
22 pontos
2
2
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
AlexandreCosta
Publicado: 15/01/2025 12:29  Atualizado: 15/01/2025 12:29
Colaborador
Usuário desde: 06/05/2024
Localidade: Braga
Mensagens: 559
 Re: Para AlexandreCosta (70ª Poesia de um Canalha)
não há forma de te ler
senão de olhos abertos
mesmo quando (me)nos lês!

é que o teu olhar
(aquele de mergulho a pique...)
tem a precisão de compreender(-se)
é tão incisivo
que desdobra asas em asas
como se um poema fosse mil e mais o um

és quem (se) sente e faz sentir
sem travar na (de)mão

e ai de quem ouse travar-te!

um forte abraço :)