Luso-Poemas
Poemas : 

Tributo a Camões (Volume 2, Estrofe 62)

 
Mais abaixo os menores se assentavam

Mais perfume tinham que as flores do chão
Ali iam foices, chuços, varapaus e coragem
Indignação feita do luto que traziam na voz
Suplício e dor num pranto de povo sem pão
As saudades embutidas no olhar selvagem
Bravuras e lusa loucura por heranças avós

Atentem à catraia de Simães em rubra veste
Irada qu’ia mulher moça de fusca na cintura
Xacocos esses mofinos por tão lusíada visão
Olhai bem o destrato que ao bom povo deste
Ó vós Cabrais e pais dessa infame ditadura
Sedentos de tal ouro que ao povo fora ilusão

Milagres assim dão-nos homens e mulheres
E deles se escreve tão heroic’o seu caminho
Nota Luiz Vaz quantos lusos te são o futuro
Os que sem espada te dão o que lhes deres
Recamada alma igual entre teu sul e Minho
E os que validos dela te fazem o chão puro

Saiba a história de tais donzelas sua graça
Saiba Portugal a cor de seu sangue valioso
E que no dilúculo ecoe a fome de liberdade
A Angelina que erguia esta pátria na praça
Secando corpos e almas dum ócio injurioso
Seguida por tantas matronas sem vaidade

Eram iguais Joaquina Carneira e Milagreta
Novas e velhas e pares de Custódia Teresa
Também umas Marias, qual Mota e a Vidas
Aliadas à Joana Ana de tanta vida secreta
Vozes todas na taberna a inebriar a defesa
À conta da Luiza Balaio e quentes bebidas

Muitos caminhos se fizeram assim imortais

A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
Autor
Alemtagus
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
54
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
14 pontos
4
1
1
Recentes
Tributo a Camões (Volume 2, Estrofe 62)
Para Dila Santos (115ª Poesia de um Canalha)
Para goretidias (114ª Poesia de um Canalha)
Para 52 (113ª Poesia de um Canalha)
Para as minhas amantes (112ª Poesia de um Canalha)
Aleatórios
Tantas Coisas
Abstracto
Beijo
Primavera
A Quem Matou a Rima
Favoritos
Pó
Caleidoscópio
já não sei o que vale uma ideia "entre um poema e a parede"
"amor com amor se paga"
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
HorrorisCausa
Publicado: 05/06/2025 12:11  Atualizado: 05/06/2025 12:11
Administrador
Usuário desde: 15/02/2007
Localidade: Porto
Mensagens: 3817
 Re: Tributo a Camões (Volume 2, Estrofe 62)/ Alemtagus
Olá Alemtagus

E mais um do 2. Volume " cá canta"

Sem esquecer tantos nomes de quem fez história do que somos que no seus momentos fizeram a diferença.




Neste tributo a Camões , com uma roupagem muito tua, abordas outros" heróis", outros momentos históricos que são o ADN Luso. O que me enche de orgulho.

Atenciosamente
HC


Enviado por Tópico
AlexandreCosta
Publicado: 05/06/2025 16:28  Atualizado: 05/06/2025 16:28
Colaborador
Usuário desde: 06/05/2024
Localidade: Braga
Mensagens: 883
 Re: Tributo a Camões (Volume 2, Estrofe 62)
Com tudo isto só espero que nunca percas um olho, nem vires naufrago em mar alto, a ter que nadar até terra com o Tributo sempre a salvo...
salva-se a poesia, mas a poesia também salva!

um abraço

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre